11 - Caça-Bandeira

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Catarina Allen

 . Estou indo para o meu chalé, não estou com muito sono, minha cabeça está a mil pensando em como será amanhã anoite e no sonho que tive. Entro no chalé e respiro fundo, finalmente posso relaxar, olho ao redor e vejo algo que não tinha antes, uma mesa de xadrez com duas cadeiras, a mesa era feita de mármore cinza e o tabuleiro era um quadriculado preto e branco também de mármore, assim como as peças eram feitas do mesmo material adornado com detalhes em ouro, as cadeiras eram de uma madeira nobre e eram acolchoadas, franzi o cenho, quem colocou aquilo ali, minha dúvida é sanada assim que ouço uma voz atrás de mim.


- Filha, como está? Vim te visitar - ela fala, eu sorrio e me viro para ela.


- Mãe, estou ótima, fico feliz que veio me ver - respondo animada indo em sua direção para abraça-la, que corresponde o gesto.


- Também estou feliz em te ver, vim passar um tempo com você, oque acha de jogarmos? - pergunta se afastando um pouco enquanto me olha.


- Claro - respondo. Nós dirigimos até a mesa, ela fica com as peças brancas e eu com as negras.


- Sabe jogar? - me pergunta.


- Sei, mas faz tempo que não jogo - respondo.


 . Ela assente e move a primeira peça, penso um pouco e movimento uma minha, ficamos jogando alguns minutos em silêncio concentradas, somente aproveitando a companhia uma da outra, ela quebra o silêncio enquanto faz uma jogada.


- Oque está pensando? Esta preocupada com algo - pergunta.


 . Suspiro e a observo, mas logo volto minha atenção ao jogo e movo uma peça.


- Eu tive um sonho.


- Entendo - ela diz enquanto observa o tabuleiro - como foi?


- Estava escuro, mas tinha uma planta que brilhava então... uma voz começou a falar - conto e ela move uma peça.


- Oque ela disse? - pergunta me olhando.


- Disse que eu deveria me juntar a ela, que eu deveria conhecer meus antepassados, que...o Olimpo iria cair - termino - tem ideia de quem poderia ser essa voz? - pergunto.


- Tenho, mas não deveria ser possível - ela diz e eu movo uma peça, em seguida ela faz uma jogada arriscada.


- Essa é uma jogada arriscada - falo franzindo o cenho e movo minha peça derrubando a dela.


- As vezes é necessário se arriscar para conseguir algo - dito isso ela me dá um xeque-mate que eu nem tinha percebido. Abro minha boca em um perfeito "O" e a olho.


- Como fez isso? - pergunto surpresa e curiosa.


A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora