A Herdeira

5 - Luz em anos de escuridão

Zeus

 . Sentado em meu trono, espero a mensagem de Íris de Dionísio, desde aquele maldito dia Dionísio me trás notícias se descobriu onde ela pode estar, por menor que seja a pista, até hoje tentamos descobrir como alguém conseguiu invadir o Olimpo, é realmente algo impossível, ou deveria ser. Hera entra apressadamente no Salão e se senta em seu trono ao meu lado, estava apreensiva.

- Ele já ligou? - ela pergunta

- Ainda não... - respondo.

- Estou tão preocupada.... Zeus... será que ela- - Eu a interrompo, me recuso a sequer cogitar tal possibilidade.

- Não! Ela está bem e logo voltará para casa - digo pegando em sua mão, numa tentativa de conforta-la.

- Só queria que nossa garotinha estivesse conosco... - ela diz cabisbaixa, seu sofrimento era visível em todos esses anos, sua maior preocupação quando Perseu apareceu e a luta contra Cronos começou foi sempre Catarina, se ela estava sofrendo no mundo mortal com a luta.

- É só questão de tempo até estarmos juntos de novo - respondo, esperançoso. Uma fumaça aparece no meio do salão e a imagem de Dionísio aparece no meio dela.

- Zeus, Hera - ele nos reverencia com a cabeça rapidamente.

- E então Dionísio? - pergunta Hera, a mesma pergunta muda que fazemos a doze anos.

- Uma nova semideusa chegou hoje no acampamento...achamos que é ela - diz ele. Arregalo levemente os olhos e sinto Hera apertar minha mão.

- Como ela é? Porque suspeita dela? - questiono.

- Ela tem a idade certa e a presilha.... ela é idêntica à Hera... - ele conta.

- Minha garotinha... - sussurra Hera com os olhos marejados - Dionísio, no jantar de amanhã, a reclamarei com minha filha - ela diz decidida.

- Entendido, tenham uma boa noite - ele se despede e a fumaça desaparece, como se nunca estivesse ali, como se aquela notícia pudesse ter sido apenas um sonho bom.

- Zeus... - ela chama me olhando sorrindo, via esperança em seus olhos.

- Nossa garotinha Hera - digo com um largo sorriso - Vamos jantar e contar a novidade a todos - digo me levantando e estendendo a mão para ela.

- Vamos - ela ela concorda e se levanta segurando minha mão, nunca a vi tão radiante em anos.

 . Andamos até o salão de jantar, ambos com sorrisos radiantes no rosto, os servos que passavam não pareciam entender nossa alegria. As portas se abrem e vemos todos em seus lugares, Ares estava bravo com algo que Atena disse, Apolo estava mexendo em um... como se chama? Ah! Não lembro, um aparelho mortal, Ártemis conversava com Héstia e Deméter, Hefesto estava quieto na dele e Afrodite estava se olhando em um espelho com uma revista ao lado. Eu e Hera nos sentamos em nossos devidos lugares, a mesa se enche de comida e todos comem e conversam.

- Vocês dois parecem felizes, oque aconteceu? - pergunta Deméter dando uma garfada em seu prato.

- Eu e Hera temos uma notícia à dar - digo sério e todos param o que estão fazendo e olham para nós, pego na mão de Hera e finalmente falo -... Dionísio pensa que a encontrou, nós a achamos - Todos param e ficam com expressões chocadas, exceto Poseidon, que fica com uma confusa.

- Acharam oque? - ele pergunta confuso, Ártemis coloca sua mão na testa e balança a cabeça em negação.

- Por nós mesmos Poseidon! Acharam Catarina! - ela diz olhando para Poseidon. Ele parece entender e abre um grande sorriso.

- Isso é maravilhoso! Onde ela está? - ele pergunta animado.

- Está no acampamento meio-sangue, a confundiram com uma semideusa - responde Hera - Amanhã a assumirem como minha filha e depois de amanhã direi a Qíron para a trazer ao Olimpo. Ares levanta sua taça e diz.

- Um brinde à essa notícia maravilhosa! Todos participam alegremente do brinde.

" Minha menina, nunca mais deixarei que a tirem de mim"

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