Advogado

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Morgan

 Conseguimos trazer algumas caixas, as mais importantes pelo menos. Não demorou para que o Happy chegasse com May.

 — Peter! — Ela deixou o carro correndo o abraçando com força. — Você está bem?

— Estou.

— Morgan... Suas mãos. — Happy se aproximou pegando com cuidado as minhas mãos.

— Vamos entrar... Eu explico tudo lá dentro.

Ao entrarmos tentei explicar tudo que havia acontecido com o meu laboratório e na Stark. Só não falei sobre a mudança de linha temporal. Já havia bagunçado o tempo o suficiente...

Conseguimos ter poucos dias de paz naquela casa até o Peter ter de se apresentar a polícia assim como eu...

— Então Srta. Stark. Os drones usados ao ataque em Londres pertenciam as Indústrias Stark? — Começou o investigador.

— Não falo nada sem o meu advogado. — Permaneci séria.

— Você tem quantos anos mesmo? 16? Deve ser difícil ser tão nova e já ter perdido os pais duas vezes... Sim, eu li sobre a morte dos seus pais biológicos em Sokovia. — Cerrei os punhos por baixo da mesa, mas me mantive séria. — E deve ser mais difícil ainda ver que alguém se tornaria o novo homem de ferro, tomar o lugar do seu pai. Com tanto poder em suas mãos poderia facilmente poderia resolver isso...

— Você tem um QI de dois dígitos? Já disse que não falo sem a presença do meu advogado!

Algumas batidas na porta e pude ver Lia entrando vestindo uma roupa social e com a aparecia de uma mulher na casa dos 30.

— Quem é você? — Questionou o detetive.

— Elizabeth Torres. Sou a advogada ds Srta. Stark. — Respondeu tomando o lugar ao meu lado.

— Sua cliente esta encrencada.

— Tem provas diretas contra ela?

— Temos os drones que foram recolhidos de Londres. Comprovamos que pertencem as Indústrias Stark. —Ele abriu a pasta deslizando a foto dos drones na minha direção.

— Esses drones possuem diretrizes claras de proteger a Srta. Stark e o Sr. Parker caso estivessem em perigo. Diretrizes dadas diretamente pelo o Sr. Stark em vida.

— Está ensinunado que o Mistério que os atacou?

— Estou afirmando.

— Vamos ver se conseguirá convencer um tribunal dessa ideia ridícula.

Queria socar a cara dele... Saímos todos da delegacia acompanhados pelo advogado que protegia o Peter. Fomos direto para a casa no lago que havia sido mobiliada recentemente.

— Não tem acusações formais contra você Peter então não precisará passar por um tribunal. — Explicou emquanto eu servia café para eles.

— E a Morgan? — Ele me olhou com o cenho franzido.

— Vão querer começar uma investigação nas Indústrias Stark.

— Não vou permitir... — Eles olharam pra mim. — A Stark é o legado do meu pai. Sou a responsável por ela e não vou deixar que esses urubus acabem com ela...

— Se conseguirem um mandado...

— Não vão. — O interrompi. — O departamento de segurança vai precisar de bem mais que um pedaço de papel para invadir aquela empresa. Lia já colocou em prática as diretrizes de segurança, apenas os funcionários estão permitidos a entrar com crachá e reconhecimento facial.

— Pode acabar encrencada com isso Morgan. — Explicou o advogado calmamente.

— Não se preocupe Sr. Murdock. Tenho tudo sob controle... Se me derem licença... — Deixando a cafeteira sobre a mesa desci até o porão onde havia estabelecido o laboratório.

Me sentei em uma cadeira pegando a foto que tinha com o meu pai. Estávamos comendo cheeseburger depois de comemorar o primeiro voo com a Resgate. As extremidades da foto estavam chamuscadas devido o incêndio do meu antigo laboratório.

— Vou corrigir as coisas papai... Prometo. — Sussurrei beijando ssu rosto na foto e a devolvendo ao seu lugar.

— Como estamos nos saindo no projeto TM 2 Lia?

— Sem sucesso por enquanto.

— Droga... — Respirei fundo me levantando e caminhando até a mesa onde havia hologramas em cima.

Sem as diretrizes principais era difícil criar uma máquina do tempo do zero levando em consideração que a última não funcionou mesmo com as diretrizes.

— O que eu faço Lia? Parece que o mundo vai desmoronar nas minhas costas... — Eu olhava fixamente para o holograma. Senti ela se aproximando até me abraçar. — O que está fazendo?

— De acordo com pesquisas abraços ajudam pessoas tristes. Pronto... pronto. — Disse dando leves batidinhas no alto da minha cabeça.

— Valeu. — Não pude conter um riso nasal.

Ouvimos passos na escada quando ela me soltou e logo vimos que se tratava do Happy.

— Está tudo bem? — Perguntei sentindo meu coração dar fortes batidas.

— Sim, está. Só queria saber como você está?

— Bem. — Dei de ombros me afastando da mesa.

Happy veio até mim me virando para ele e segurando meus braços para me manter daquela forma.

— Não precisa bancar a durona comigo.

Eu não queria desabar mais uma vez, talvez eu nem tenha água o suficiente no corpo para isso.

— Eu perdi meu pai, minha mãe, Peter está em apuros por minha causa, a Stark corre risco de ser interditada e terei que me praparar para uma audiência em dois dias na qual terei que proteger todo o legado do meu pai... Eu... Eu nem sei mais o que eu estou sentindo. — Soltei um riso nasal sentindo meus olhos arderem.

Happy me olhava apertando os lábios como se pensasse em algo que pudesse me dizer.

— Aconteça o que acontecer o legado do seu pai vai muito além das Indústrias Stark. Você é o maior legado que ele deixou Morgan. — Ele tocou meu rosto secando uma lágrima que escorreu com o polegar. — Vejo muito dele em você.

— Tipo o sarcasmo e teimosia? — Ambos rimos.

— Também. Mas seu coração bom, inteligência e empatia. — Ambos sorrimos. — O que acha de subir e comer alguma coisa?

— É uma boa ideia...

A Hacker: Realidade Do Caos (Livro2)Onde histórias criam vida. Descubra agora