Boiolices e uma voz familiar

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Cerca de 20 minutos depois, Felix acordou um pouco confuso, já não era o mesmo lugar que eles estavam antes, eles já haviam chegado no parque.

-Acordou, algodão doce? -perguntou sorridente.

-Porra... pensei que tinha esquecido desse apelido...-disse com um tom de falsa ofensa e ainda sonolento- Não, ainda não acordei, sou sonâmbulo -debochou com um sorriso travesso no rosto.

-Desgraçado -riu levemente- Vem, vamos nos divertir um pouco -deu um selinho no cupido, que sorriu bobo, e saiu do carro.

Ao sair também, brincou mais um pouco com o mais novo: -Mal acordo e você já me beija, que clichê!

-Clichê? Quer que eu te beije de novo, algodão doce? -disse se inclinando um pouco para a frente.

-Sai! -deu um leve tapinha no ombro do garoto e logo depois foi em direção a uma árvore belíssima que havia ali e o Hwang o seguiu com um sorriso doce.

-Queria que você tivesse por mim o mesmo amor que tem pelas plantas -falou como se estivesse profundamente chateado enquanto assistia Felix acariciar as folhas das árvores.

-Eu não posso te amar mais que as árvores, se não a mãe natureza me mata.

-Mãe natureza? Como ela vai saber que você me ama mais do que a árvore?

-Eu sou amigo dela -disse simples enquanto o garoto ria, mas não era mentira- Ela já me ajudou muito -também não era mentira- Inclusive, já falei de você pra ela -isso sim era mentira- Ela te acha chato e insuportável.

-Pelo menos eu não sou feio -falou em meio a risos enquanto abraçava a cintura do mais velho.

-Que grude é esse? Tu nasceste grudado comigo? -perguntou debochando quando o garoto o abraçou- Sai.

-Não. Você é meu namorado, e não da árvore -ele tinha um biquinho de birra nos lábios, o que o deixava extremamente fofo.

-Você está com ciúmes da árvore?

-Não, por que eu sei que a árvore não pode te beijar -agora ele já estava convencido, com um tom confiante.

-Quem disse? -se soltou do abraço e foi em direção a árvore para beija-la, mas o garoto que tinha ficado surpreso o impediu.

-Você quer engolir formiga?! Tá doido? Você não pode beijar a árvore!

-Por que não? -provocou.

-Eu desisto...-se virou e saiu.

O cupido riu vendo o garoto saindo como se realmente estivesse desistindo de tudo, mas ao ver que ele provavelmente ia pra longe, o Lee correu em sua direção e o abraçou forte enquanto ria e pedia desculpas, cessando um pouco o drama, Hyunjin se virou e retribuiu o abraço enquanto dava beijinhos carinhosos e estalados por todo o rosto de Felix, começando pela testa, logo depois indo para o nariz, bochechas e por último, os lábios.

E mais uma vez eles iniciaram um beijo doce e apaixonado, sem nem ao menos se importar com as pessoas que estavam ali, não ligavam para o senhor de idade que os xingava, ou para a garotinha que apontava para eles curiosa enquanto a mãe explicava para ela que aquilo era apenas uma pequena amostra do que era amar.

Ao separarem os lábios, ofegantes e com a respiração acelerada, ambos sorriram enquanto escutavam diversos comentários, bons e ruins, de admiração e de nojo, mas eles não ligavam, estavam no próprio mundinho, onde eles e somente eles importavam.

Enquanto se olhavam apaixonadamente, uma voz feminina chamou: -Felix! -parecia que estava correndo a um bom tempo, o cupido conhecia aquela voz como conhecia a palma da sua mão, então assustado, se virou em direção dela e viu uma adolescente de cabelos negros e olhos brilhantes indo até ele- Felix! -ela o abraçou fortemente- Ainda bem que você está bem! Eu necessito falar com você, urgentemente.

-O que houve? -perguntou preocupado.

-Eu não posso falar aqui, Lix, por favor, é urgente a gente realmente precisa conversar -ela estava claramente implorando para ambos conversarem, o Lee também estava a olhando com uma expressão complicada, mas que não era boa.

-Algodão doce, vai falar com ela, eu espero aqui, não tenha pressa -apoiou e viu o outro sorrir levemente.

-Oh! Quem é esse garoto? -perguntou um pouco surpresa.

-É quem eu te falei a um tempo atrás -disse simples e a garota se mostrou ainda mais surpresa.

Depois que havia ido ao mundo humano, ele só tinha entrado em contato com ela uma vez, mas tinha contado tudo que havia acontecido de maneira resumida.

-Ele é muito bonito! -ela nem mesmo parecia a mesma adolescente desesperada de antes.

-Eu sei, por isso é meu namorado, agora vamos -a puxou para um canto bem afastado dali enquanto a garota ainda mantinha o olhar fixo no Hwang como se pensasse: 'o desgraçado tem bom gosto'.

Hyunjin estava fortemente confuso, eram diversas perguntas, mas a principal era: 'quem é essa menina?'.


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Olá, aqui é Ariel!

Quase que a att de hoje não saiakkk, mas já que eu lembrei nas últimas horas, tamo aí.

Enfim, desculpa pelo capitulo pequeno, a criatividade decidiu dar uma sumida de uma hora para outra, e eu também quero agradecer a todos que estão votando, comentando e apoiando a história.

Em breve entraremos na reta final, e eu realmente não estou preparado para dar um fim em 'Oh cupido! Vai longe de mim!', mas todo começo tem que ter um fim, infelizmente.

Como já disse o sábio Hua Cheng: 'Não há banquete nesse mundo que não chegue a um fim'.

De qualquer forma, obrigado pelo apoio, até a próxima att! :)<3

Oh cupido! Vai longe de mim! -HyunLix-Onde histórias criam vida. Descubra agora