Um raio de sol. Dois raios de sol. Sim. Hoje é o dia. Hoje é o dia que ser enviada para o palácio. Não sei se estou feliz ou triste. Não quero deixar a minha família, não quero deixar de ser quem sou.
Mas também quero deixar esta tristeza da vida para trás.
Pego na minha mochila e guardo lá dentro um par de ténis, umas calças de ganga e uma camisola. Guardo também o meu pijama, os meus pertences higiénicos e o bloco de notas que Mel me deu.Vou ao quarto da mãe uma última vez com uma lágrima no canto do olho.
- Rose? - Oiço a mãe a chamar-me e dirijo-me a ela - Querida, não te preocupes, vai ficar tudo bem. Olha, quero que me faças um favor - eu assinto com a cabeça - Não quero que te estejas sempre a preocupar como é que eu estou. Quero que sejas feliz. E quero que saibas que eu te amo. Nunca te esqueças disso!
- Não me vou esquecer. - Eu abraço-a já a chorar.
Dirijo-me a Mel e abano-a.
- Rose... Rose não te esqueças de me escrever. Quero saber tudo sobre o palácio, quero saber tudo sobre o príncipe. Adoro-te maninha!
- Adoro-te também, pirralha!
Damos um abraço e eu digo um último adeus à medida que saio do quarto.
Saio de casa e à porta lá estão os guardas reais.
Respiro uma última vez. Enquanto posso. Sim, porque sei lá, uma das 'situações em que não podemos concordar' pode ser não respirar.
Sento-me num grande banco de pele dentro da limusine e pouco tempo depois estamos no aeroporto. Entro num avião privado e deparo-me com Amanda lá sentada. Claro. Como somos da mesma cidade temos de ir juntas para o castelo. Que bom.
Amanda finalmente se apercebe que eu lá estou e dá-me um olhar mortífero:
- Quê, tu também foste selecionada? Ahah tenho ali roupa suja criadita!
Agora estou furiosa.
- Ouve bem, Amanda! Não sou mais a tua criada, por isso posso dizer aquilo que bem me quiser e apetecer! Não tens o direito de me tratar desta forma, eu nunca te fiz nada! Pelo contrário, tu sempre tiveste prazer em irritar-me e eu nunca, mas nunca levantei a voz contigo. Mas fica descansada que isso não volta a acontecer!
Sento-me, furiosa.
-Queriduxa, não penses que isto fica assim - Ela ameaça.
- Estou borradinha de medo.
- Ainda bem, porque devias!
E depois, silêncio.
Ela deve achar que eu tenho medo dela. Ahaha, como está enganada.
E assim o avião parte.
Agora posso dizer que estou com medo, mas não de Amanda: do avião. Agrrrr, acho que vou vomitar!
As horas passam rapidamente e... Ufa.
O Avião finalmente aterra.
Um guarda vem abrir-nos a porta e assim que saímos começo a ouvir gritos. Uma multidão imensa grita o meu nome e o de Amanda.
Eu aceno e sorrio enquanto ando. Assino uns cartazes aqui e ali, agradecendo sempre o apoio de todos.
Ao passo que Amanda ignora completamente os seus 'fans' e caminha enquanto lima as unhas. O quão snob.
Acabamos por entrar para outra limusine, e espero que esta finalmente nos leve ao palácio.
Leva mesmo.
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A Seleção de Sebastian
Roman d'amourNuma realidade futurística e num país recente denominado Illéa , o casamento do herdeiro do trono com uma plebeia ajuda a controlar as rebeliões do povo, dando-lhes esperança de que qualquer rapariga pode vir a ser princesa. Assim, trinta e cinco ra...