Capítulo 8

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Mais um capítulo lançado, to doida pra postar o próximo. Boa leitura ;)

   Estava ficando tarde e escurecendo, acho que há um risco em ficar sozinha nesse horário, e daqui a pouco recebo as meninas, é melhor eu ir para casa.

   Vesti o casaco que tinha tirado para ficar mais a vontade, mas infelizmente tinha medo de sair sem ele e algum homem me pertubar, nem em outro país a mulher tem paz perante o assédio.
   Corri num ritmo médio e cheguei rapidamente no apartamento, meu irmão estava novamente com os amigos idiotas. A sala estava um caos, lotada de salgados franceses, bebidas, papéis e copos, a maior desorganização. Comecei a arrumar tudo rapidamente, deixei as bebidas e comidas arrumadas na bancada da cozinha e joguei fora o que não estava mais em uso. Revistei o apartamento com o olhar e achei o meu irmão beijando um garoto num canto da sala, eu não queria ser empata foda, mas a situação pedia.

- Lucas. - falei tentando chamar a sua atenção.

   Nada.

- Lucas. - tentei novamente catucando o seu ombro.

   Nada de novo.

   Perdi a paciência e gritei perto do seu ouvido, fazendo-o virar-se na minha direção, ele me olhou assustado, juntamente com o garoto.

- N-não é o que você está pensando - Disse se embolando e se referindo ao menino, que sorriu sem graça.

- Era apenas um desafio bobo - o garoto falou para tentar acobertá-lo.

   Olhei para a cara dos dois com a expressão bem chateada. Eu estou pouco me fodendo com quem o meu irmão sem envolve. Na verdade eu já suspeitava que ele se envolvia com homens, mas como ele nunca me disse nada, não achava de bom tom catucar.

- Lana? - Me chamou carinhosamente, provavelmente preocupado com a minha reação.

- Eu não ligo pra quem você beija ou deixa de beijar, isso é problema seu. Só estou bolada porque eu te disse que ia trazer algumas amigas aqui e está tudo um caos. E olha sua alimentação - disse apontando para a comida. - você tem colesterol alto e me prometeu que ia beber menos.

- Quer dizer que você não está decepcionada sobre eu beijar homens? - perguntou ignorando o meu sermão.

- Por acaso você prestou atenção no que eu disse? Não, eu não ligo.

- Desculpa por fazer uma bagunça aqui. Mas eu não bebi nada com álcool - respondeu apontando para uma garrafinha de água na mesa de centro. - E sobre os salgadinhos, a minha nutricionista permitiu besteira em dois dias da semana, fica tranquila.

   Eu não gosto de parecer a irmã controladora, mas ele é tudo que eu tenho. Há um tempo atrás ele esteve num quadro fodido no hospital, e ter a chance de perder o meu irmão me apavorou. Desde então gosto de cuidar da sua saúde, e dar uns puxões de orelha nele quando necessário.

- E cadê aquele seu amigo que dizia estar sempre cuidando de você? - falei mudando de assunto.

- Aqui atrás. - alguém respondeu e eu logo reconheci a sua voz.

- Oi, Raul.

- Olá, Alana.

   Olhei na direção dos garotos que estavam se pegando há minutos atrás, e resolvi sair dali para os dar privacidade. Raul me seguiu até a cozinha.

- O seu irmão ama reunir essas pessoas, não aguento mais.

- Isso porque não é na sua casa.

- Você tem um ótimo ponto. - disse sorrindo.

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