Capítulo 16

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Não sei se vocês perceberam mas Alana tem claramente transtornos alimentares, não repitam isso nem usem como inspiração, ISSO É UM ALERTA!!! Se vocês se torturam ou deixam de comer em busca de um corpo perfeito procurem ajuda! Isso não faz bem para o seu corpo e mente. Se cuidem ♡

A Melody abriu a porta e olhou confusa para os lados procurando quem tocou a campainha, bufou e fechou a porta, provavelmente pensando que foram crianças fazendo pegadinhas.

Eu estrangulei um grito ao perceber que ela é a culpada.

Como eu não suspeitei? Ela era uma ótima opção.

- Por que vocês dois estão com essa cara? - o Armin perguntou ao ver o meu rosto irritado e o do Castiel curioso. - vocês conhecem ela? - perguntou se referindo a Melody.

- Você não? - perguntei e ele negou com a cabeça. - ela é da nossa escola.

- Faz sentido, não gravei muitos rostos. - respondeu coçando o queixo - Enfim, fiz a minha parte, agora vou para casa. - Me despedi dele e agradeci toda a sua ajuda. Não teria descoberto sem ele.

Eu e o ruivo ficamos alguns minutos em completo silêncio analisando o que rolou. Peguei uma plantinha próxima do local que eu estava e comecei a desfiá-la, como se isso fosse me tranquilizar.

- Está perguntando para a pobre planta bem me quer ou mal te quer? Eu te repudio. - respondeu me tirando do foco.

- Isso se faz com flores, não folhas, burro. - respondi o encarando.

- O que você vai fazer? - perguntou mudando de assunto.

O olhei nos olhos novamente e não sabia o que responder.

- A princípio nada, queria confrontá-la e saber por que fez isso, mas acho que só vai piorar as coisas. Vou dizer amanhã ao Nathaniel tudo que fizemos. Espero que ele acredite em mim. - respondi com os pensamentos a mil e ele só assentiu.

- Não acredito que você me forçou a participar disso tudo e nem vou ver uma briguinha, puxão de cabelo. - reclamou. - Perda de tempo, pensei que seria mais emocionante.

- Nunca é tarde para uma briga. - respondi.

- Espero eu.

Voltamos para casa com cada um focado em um ponto específico da rua. Eu conseguia ver no semblante do ruivo que ele gostaria de estar em qualquer lugar menos ali, e comigo. Não julgo, eu também não quero estar aqui com ele. Quando chegamos na minha rua ele só olhou para o meu prédio e subiu na sua moto, arrancou rapidamente sem olhar para trás.

O vi partir e entrei no apartamento, meu irmão estava apoiado na ilha da cozinha com o telefone entre o ombro e a orelha, enquanto anotava algo em um caderno. Deitei preguiçosamente no sofá e coloquei em um documentário sobre animais.
O mais interessante que eu consegui tirar do programa foi que as mariposas da família Esfingidae são um dos insetos mais velozes, conseguem atingir até 54 km/h.

Absurdas.

Eu amo curiosidades inúteis para me ocupar e não lidar com os problemas da vida.

O Lucas desligou o telefone e empurrou as minhas pernas para se sentar no sofá, me fazendo tombar.

- Advinha. - disse animado.

- Não tenho bola de cristal.

- Tenta. - ele insistiu.

- Hmm - pensei bem, odeio advinhações ou surpresas. - você criou vergonha na cara?. - ele deu um tapinha na minha canela.

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