Prólogo

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Aurora
Quatro anos atrás.

Entrei no apartamento de Piter, com lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas. Meu amigo apareceu correndo na sala e me pegou no colo, me levando para o sofá. Minhas lágrimas só aumentam ao sentir a segurança que só Piter consegue me transmitir.

- O que aconteceu à minha princesa? 

A mão grande de Piter, passeia pelos fios pretos do meu cabelo. Os soluços começaram a sair da minha garganta, enquanto as lágrimas escorrem sem parar pelas minhas bochechas, molhando a calça de Piter.

- O Leo terminou comigo - um soluço involuntário me interrompeu - Ele falou que uma garota que tem problema, não é uma boa pessoa para apresentar os investidores com noiva.

- Eu vou dar um soco naquele imbecil.

- NÃO! Por favor!

Se Piter saísse desse apartamento, eu não duvidaria de nada. Mesmo Piter e Leo estarem na mesma classe social, Leo sempre preferiu esbanjar todo o dinheiro que tinha e Piter ao contrário prefere não mostrar o tanto de dinheiro que tem, mesmo ele morando em uma cobertura em um prédio de luxo e andando em um carro importado.

- Eu ainda vou providenciar uma medida restritiva, para o Leo não poder chegar perto de você.

Piter sempre foi exagerado, mas quando ele colocava uma coisa na cabeça, ia até o fim. Da última vez que ele colocou algo na cabeça, Piter me convenceu a colocar anticoncepcional na minha veia e me fez prometer que usaria sempre camisinha,  porque eu não podia estragar o meu futuro. Agora eu não uso mais anticoncepcional, mas uso camisinha todas as vezes, que ultimamente estão sendo poucas.

- Quer saber? Eu conheço a melhor forma para esquecer um babaca como o Leonardo.

Piter se levantou e foi até a adega, pegou duas garrafas de vinho rosé e colocou em cima da mesa de centro. Ele pegou duas taças de cristal e uma garrafa de champanhe, Piter se sentou ao meu lado e serviu o vinho até a metade das taças.

- Um brinde ao babaca, que perdeu a garota mais linda da face dessa terra.

Ele me entregou a taça e fizemos um brinde, virei quase todo o vinho da taça. Piter ligou a tela plana e colocou um filme que resumia em duas pessoas que mal se conhecem e transam igual coelho.

Deitei no ombro dele e acabei de beber o resto do vinho que estava na taça em uma golada. Peguei a garrafa e bebi direto do bico, Piter tirou a garrafa de mim e bebeu direito da boca da garrafa, igual a mim.

No final da tarde estaremos nós dois um mais, bêbado do que o outro e eu não vou nem me lembrar quem é Leo. Abri a outra garrafa e comecei a beber direto dela.

A mão de Piter começou a alisar a minha coxa e o gesto que antes sempre pareceu afeto, agora parece mais que isso. Sentir a mão dele, na minha pele me faz ficar toda arrepiada e o meu clitóris com certeza está pulsando para que esses grandes dedos o descem um pouco de atenção, mas isso não poderia acontecer, eu e Piter somos apenas amigos.

 Sentir a mão dele, na minha pele me faz ficar toda arrepiada e o meu clitóris com certeza está pulsando para que esses grandes dedos o descem um pouco de atenção, mas isso não poderia acontecer, eu e Piter somos apenas amigos

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Acordo quando os poucos raios de sol entraram pela janela do quarto, estou vestindo apenas a blusa do Piter e a minha lingerie branca de renda. Tirei o edredom de cima de mim e foi em direção ao banheiro, meus produtos de cabelo, pele e unhas, estão organizados na ordem da paleta de cor e na ordem do menor para o maior.

Tomo um banho relaxante e começo a me arrumar, coloquei um vestido vermelho que marca todas as minhas curvas e um salto agulha, fiz uma maquiagem básica e arrumei o meu cabelo em um coque desarrumado.

Fui para o quarto de Piter e abri a porta, ele está deitado em sua cama olhando o horizonte pela janela, o seu corpo definido está sendo banhado pelos raios do sol. Piter está digitando alguma coisa no iPad.

Quem não conhece Piter Mendez Albuquerque acharia que ele está fazendo um dos seus relatórios, mas eu sei muito bem o que ele está fazendo, me sentei na cama e Piter me olhou por trás das lentes dos óculos de leitura.

- Eu estava pensando em fazer o café, mas não tenho certeza se você comeria alguma coisa que eu faria.

Piter deu um sorriso triste e me entregou o tablet, comecei a ler o parágrafo destacado, cada palavra escrita mostra uma intensidade diferente e um calor se espalhou por todo o meu corpo e cruzei as minhas pernas, tentando conter a excitação que se espalha pela minha zona de prazer.

- Me desculpe, não devia ter acontecido, você estava vulnerável e bêbada - Piter volta a olhar para o topo das árvores do parque.

- Do que você está falando? 

- Você acabou de ler a nossa noite de sexo.

Isso é o que eu mais acho impressionante no Piter, sua facilidade de se lembrar das coisas que fez quando estava bêbado, mas esse não é o ponto, nós dois transamos. Eu transei com o meu melhor amigo e não me lembro de nada.

- Me desculpe, deveria ter me segurado.

- A culpa é de nós dois.

- Não! Eu consigo me controlar quando estou bêbado, mas não sei o que deu em mim ontem.

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