8

112 22 45
                                    

Aurora entrou no apartamento e foi correndo dar um abraço nos nossos filhos, sem ao menos fazer um contato visual comigo, mas mesmo assim eu consigo ver que ela aproveitou que eu fiquei com os gêmeos.

- Mamãe - Elisa é a primeira a falar - E verdade que o Piter é nosso papai?

- Era segredo - Caio repreendeu a irmã.

- Sim, ele é o papai de você.

Quanto Aurora falou que eu era o pai deles, meu coração parou imediatamente e voltou a bater com mais força e rapidez. No fundo, eu sabia que eles eram os meus filhos, mas quando Aurora falou, foi como se ela estivesse me entregando um teste de paternidade com o resultado positivo.

- O pai de você já colocou você para tomar banho?

- Já - disse Caio, todo animado - Ele até colocou a gente dentro dessa roupa peluda - soltei uma risada, pelo modo que Caio referiu ao roupão.

Aurora segurou a mão dos pequenos e foram para o quarto, no fundo eu sabia que Aurora não ia olhar no meu rosto, porque no dia que ela descobriu que nós transamos, ela foi embora sem dar tchau. Fui para o meu quarto e comecei a arrumar.

Não sou fã número um de parque de diversão, mas eu quero fazer parte da vida dos meus filhos e dar para eles tudo que o meu pai me deu. Ser pai era tudo que eu queria e quando eu vi os gêmeos, meu mundo parou de girar e escutar eles me chamarem de papai, foi o sentimento mais forte da minha vida.

- Papai, vamos! Eu já estou pronto.

Caio entrou correndo no meu quarto, me tirando dos meus pensamentos. O peguei no colo, evitando amassar a roupa.

- A mamãe e a Elisa estão prontas.

- Sim.

Dei um beijo na bochecha dele e fomos para a sala e Aurora está segurando Elisa no colo, minhas duas princesas estão maravilhosas, mas Aurora ainda não olhou no meu rosto. Fomos para o elevador e Caio ficou brincando com o meu colar de ouro branco.

- Quer um desse para você? - perguntei para o meu filho.

- Sim.

- O pai vai comprar um para você - olhei para Elisa - Vou comprar alguma coisa para você também.

Atravessamos o asfalto e eu comprei os tickets para os brinquedos, fomos para o carrossel e eu coloquei os meus filhos sentados no carrinho e o carrossel começou a girar, fui para perto da Aurora e ela tentou fugir de mim, mas eu a segurei pela cintura a trazendo para perto de mim.

- Para fugir de mim, o que aconteceu foi a coisa mais natural do mundo.

- Mas...

- Não tem, mas. Você está solteira, eu estou solteiro, nós estamos solteiros, então por favor pare de me evitar - dei um sorriso para os gêmeos que estão se divertindo - Agora se você quiser ficar com outros homens, vai fundo, mas por favor não tire os meus filhos de mim - cheguei a minha boca perto da sua orelha - Mas eu espero que você me escolha dessa vez, para eu poder fazer você gozar no meu pau, boca e dedo.

- Pai tira a gente daqui! - Elisa gritou.

- Já estou indo - olhei para Aurora - Pense nisso.

Tirei os meus filhos do carrossel e entreguei um ticket para cada um, Caio e Elisa foram correndo para outro brinquedo infantil e eu saí correndo atrás deles. Os pequenos entregaram o ticket para o moço e entraram no aviãozinho.

- Você é um fracasso como pai.

- Hoje é o meu segundo dia como pai e os meus filhos já correm e falam.

O Melhor De Nós Dois Onde histórias criam vida. Descubra agora