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𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐃𝐨𝐢𝐬: 𝐍𝐚𝐨 𝐄𝐬𝐜𝐮𝐭𝐞 𝐎 𝐕𝐞𝐧𝐭𝐨

𝑺𝒐𝒐𝒌𝒊𝒆

𝑨𝒈𝒐𝒓𝒂 𝒆𝒍𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒗𝒂 𝒅𝒆𝒊𝒕𝒂𝒅𝒐 sobre a cama dela.

— O que? Quem é você e o que está fazendo aqui? — Ele se levanta repentinamente, com uma sobrancelha levemente arqueada e um olhar cético.

— Essa não é a pergunta certa. Quem é você e como conseguiu entrar? — Retrucou ela, semicerrando os olhos. A mão percorreu a lateral da perna, onde escondia uma pequena lâmina em um compartimento invisível.

— Esta é a minha cabine para esta noite.

Ela o avaliou.

Um homem jovem a julgar pela aparência, talvez um ou dois anos mais velho já que era um Guiador dos Sonhos com experiência suficiente para participar das missões.

Seu cabelo estava preso em uma trança que alcançava pouca coisa além do ombro.

— Não vou ficar muito tempo — disse ela por fim, encarando o pequeno quadrado que permitia visão para o mundo externo.

Ótimo! Já decolaram.

— Não vai mesmo. Vou chamar o Lyra.

O garoto era bem mais alto que Sookie. Ela lutou contra o impulso de se sentir intimidada.

Sookie deslizou um passo para trás, bloqueando a porta.

— Não sou uma ameaça. Só preciso que finja que não me viu para que eu possa continuar a minha noite como o planejado — explicou ela com a voz baixa, tentando manter a postura reta e a expressão vazia.

Ele cruzou os braços e a encarou. Seus olhos

— Quem, exatamente, é você?

Ela pigarreia.

— Não quero revelar minha identidade. É insignificante. Tudo que precisa saber é que gosto de ver vocês, Guiadores, voando pelo céu e espalhando a Areia por nossas cabeças, e digamos que eu tenha feito mais do que apenas assistir da minha janela — contou Sookie, ainda imóvel quase grudada na porta.

Ele continua a encara-la com um olhar desconfiado.

— Invadiu o Barco Voador para acompanhar uma missão?

Ela resmunga contradições, mas simplesmente diz:

— Chame como quiser, porém eu prefiro chamar de "alcançar sonhos" — justifica com ironia.

Ele suspira, não convencido.

— Olha garota, não sei como entrou aqui, ou o porquê de ser tão atrevida a esse ponto, mas tenho certeza de que isso não vai acabar bem.

Já acabou bem. Faço isso com frequência. Só preciso que vá lá fora e faça seu trabalho sem me dedurar. Quando o navio aterrizar, você segue seu caminho e eu o meu. Pronto, sem mistério. Agora poderia, por favor, levantar da minha cama? — Ela indica o lugar com o dedo e ele quase dá uma risada.

𝐀 𝐄𝐬𝐩𝐢ã 𝐃𝐨 𝐒𝐨𝐧𝐡𝐚𝐝𝐨𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora