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𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐒𝐞𝐢𝐬: 𝐔𝐦𝐚 𝐆𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚 𝐃𝐞 𝐒𝐨𝐫𝐭𝐞

𝑺𝒐𝒐𝒌𝒊𝒆

𝑨 𝒄𝒐𝒎𝒊𝒅𝒂 𝒔𝒐 𝒄𝒉𝒆𝒈𝒐𝒖 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔, quando seu estômago já doía de fome.

Sookiee resistiu antes de enfiar a primeira colher daquela pasta cinzenta na boca, fazendo careta e se esforçando para não vomitar. Era um mingau empapado, com caroço e sem muito sabor.

Bebeu a última gota de água para ajudar a descer aquela gororoba, e também para limpar a boca daquele gosto empastado.

Uma corrente de ar frio rodopiava pela cela, não o suficiente para fazer a garota tremer mas o suficiente para arrepiar seus pelos.

Um homem forte, musculoso, com roupas desgastadas pretas e um capuz que cobria metade de seu rosto chegou para arrastar Sookie até a superfície.

Subiram vários degraus até que a luz do dia fez os olhos da menina arderem. Ela se sentiu como um gato assustado, com seus sentidos bagunçados e desnorteada.

A mão do homem era grande, se fechava por completo ao redor de seu braço fino. Ela tropeçou durante o caminho, sentindo o pé descalço acumular poeira e terra enquanto caminhava pelas ruas da Cidadela.

A população tinha se organizado em fileiras laterais, abrindo espaço para que ela e o homem passassem pelo meio livremente. Alguns lhe atiravam mais terra e lama, outros vaiavam enquanto ela passava.

Sookie tentou identificar os rostos na multidão, em busca de seus pais e de sua irmã. Então se lembrou da cena terrível em casa, de Dusan caído em volta de uma poça de sangue, de sua irmã tentando salva-lo e de sua mãe implorando o guarda para não levá-la.

Uma bola de lama atingiu a lateral de sua cabeça, desequilibrando-a. O homem não permitiu que ela caísse, segurando-na com força e obrigando-na a seguir em frente.

Sookie teve vontade de chorar diante tamanha humilhação. Mais ainda quando prestou atenção ao que o povo gritava: "Monstro!" "Volte para sua terra, criatura do mal!" " Aberração!" "Queimem-na"

Quando chegaram num palanque, o homem a ergueu até alcançar o chão de madeira no qual havia um quadrado com grilhões que a esperavam. Assim que fecharam as algemas, cornetas soaram e o povo se aquietou. Um homem mascarado atou a menina a um poste de madeira no centro do palanque.

No céu, borboletas gigantes voavam puxando a liteira do rei. Do alto ele podia ver o aglomerado de pessoas ao redor do palanque onde uma garota suja aguardava por seu julgamento.

A população vibrou com o aceno do rei.

Uma estrutura havia sido montada a alguns metros de distancia do palanque, onde a realeza aguardava a entrada triunfal do rei acabar para darem início ao julgamento.

O rei desceu da liteira, e caminhou calmamente até o parapeito da estrutura.

- Povoado da Cidadela! Fadas de todos os tipos! Da nobreza até os camponeses! Seu rei está aqui hoje em nome das Sagradas Escrituras para promover o julgamento de um crime que ameaça a ordem de nosso Mundo! - Anunciou ele do alto, fazendo a população ir ao delírio com gritos e adorações.

Sookie reconheceu bem a figura encapuzada que se materializou ao seu lado, fazendo a população emitir uma surpresa unissona.

Juniper, a Serva do Destino e Fada dos Primórdios da Sabedoria.

𝐀 𝐄𝐬𝐩𝐢ã 𝐃𝐨 𝐒𝐨𝐧𝐡𝐚𝐝𝐨𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora