Taehyung nunca se sentiu no controle total de sua vida, desde que saiu do controle de seus pais passou a se entregar na mão de pessoas não tão boas que ao menos faziam o trabalho de ser responsável por si. Agora com quase vinte e cinco anos decide q...
Um mês se atualização e eu finalmente to de volta. minha intenção não era ficar tanto tempo assim longe mas acontecerem algumas coisinhas chatas, li comentarios que me deixaram desanimada demais pra continuar escrevendo voice of my soul, mas lembrando dos motivos que me levaram a escrever essa historia eu decide continuar, to tentando usar desses problemas pra me fortalecer e não pra me destruir...
Pra compensar essa saudade de um mês e agradecendo os 15k de leitura vai rolar atualização duplaaaa, uma hoje (esse capítulo aqui) e uma amanhã, assim não da nem tempo de sentir saudade kkkkkk
Chega de conversinha porque o capítulo ta grande, vejo vocês lá embaixo...
TW: MENÇÕES A AUTOMULTILAÇÃO (sem descrição)
"Oh, com os meus sentimentos em chamas Acho que sou uma má mentirosa"
Bad liar - Selena Gomez
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Taehyung ignorou as mensagens e chamadas de todas as pessoas que tentaram se comunicar consigo no dia anterior, passou boa parte de seu dia chorando e quando Jinho chegou em casa mascarou aquela tristeza dizendo que havia tido um dia ruim no trabalho, e precisava descansar. Mentir era dolorido como nunca antes, principalmente porque precisava criar pequenas mentirinhas que sustentavam uma mentira maior, formando uma bola de neve que tentava segurar com as próprias mãos sem as queimar, e era mais difícil do que pensava fazer tudo isso com um sorriso no rosto.
Se sentia um péssimo mentiroso...
Desde que se descobriu a coisa que mais fazia era esconder, se escondia dos pais, do irmão, dos poucos amigos que tinha, e até de si mesmo, em uma tentativa errática de tornar invalido aquilo que crescia em seu interior como uma bomba prestes a explodir.
E mesmo depois de se entender e se aceitar como o homem que era continuava a esconder de todos os olhares atentos e indiscretos as partes que tinha vergonha ou que julgava não serem agradáveis o suficiente.
Uma delas era seu medo.
Quem lhe via assim, seguro e decidido, enfrentando os olhares nojentos que recebia em cada lugar que parava, não podia imaginar quanto medo sentia todos os dias ao sair de casa.
Mas Jinho pode, ele viu.
Não estava em um bom momento quando conheceu o mais velho, tinha acabado de resolver os problemas da terceira mudança em menos de um ano, finalmente havia conseguido marcar a cirurgia que tanto almejava, isso o fazia lembrar da sua família, da pressão que eles faziam em seu corpo desde sempre, quase desistiu apenas de pensar nos olhares que receberia da mãe, porque sequer conseguia projetar a reação do pai em relação a isso, para completar a sucessão de acontecimentos ruins havia se tornado o maior assunto da faculdade, alunos de outros cursos iam até o prédio de ciências naturais apenas para vê-lo, como se apenas sua existência servisse como atração de circo para todos aqueles filhos da puta, aos poucos percebeu que dentro de uma sociedade cisnormativa seu corpo e a sua própria existência nunca seriam privadas, não enquanto continuasse dando a cara tapa.
