Prólogo - Quase morte

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Sabe aquele momento que antecede o choro e você começa a ver as cores se misturando? Amélia esta experimentado esse momento, e um filme passa na sua cabeça de que tudo isso poderia ser evitado se ela não tivesse saído de casa naquele maldito dia! Ela pensou que já estava acostumada com esse momento, mais no instante em que a primeira lágrima caiu do seu rosto ela sentiu vergonha. Vergonha por estar chorando, vergonha por ter achado que dessa vez iria dar certo, vergonha de ter imaginado um final feliz pra si mesma quando ela sabia que isso nunca ia acontecer.

Dessa vez no entanto algo estava diferente, ela não sabia para onde deveria ir, pra que braços deveria correr e se afogar em lágrimas. Em menos de cinco meses a vida dela tinha virado de cabeça pra baixo e ela não sabia mais como desvirar.

Sua mãe tinha morrido a alguns messes atrás, seu pai estava vivendo a base de bebidas e a única pessoa que parecia ser sua âncora de salvação tinha traído sua confiança!

Uma menina, de 16 anos andando sem rumo por uma ponte, não tinha amigos, não verdadeiros. Seu pai provavelmente estava bêbado em algum bar da cidade gastando o resto de dinheiro que tinha.

Amélia foi até a beira da ponte e olhou para baixo. E se pulasse? Ela pensou. Uma morte lenta e dolorosa Não pior que a da sua mãe.

Ela foi pro outro lado da barra que a enpediade pular de uma vez, as lágrimas ainda caindo de seu rosto e o vento balançando seu vestido preto. Amélia fitou a água por alguns minutos pensando qual seria a sensação de sentir a água entrando em seus pulmões, a vida se esvaindo de seu corpo e ver tudo virando um preto igual seu vestido.

Quantas vezes ja tinha ido ali antes de Austin? Ela nunca conseguiria seguir em frente, não depois de hoje, mesmo se perguntando como seu pai ficaria sem ela, se ele se daria conta de que ela sumiu, e como ficaria Austin ao saber que ele talvez sem querer apertou o botão auto destrutivo nela esta noite. Por alguns minutos Amélia realmente acho que eles conseguiram ser felizes juntos, mais agora ela via que em todos os finais sempre um deles, ou até mesmo os dois, saiam machucados. Porque eles eram uma granada, e assim que um explodir iria levar o outro!

Será que encontraria sua mãe? Não, definitivamente não. Amélia não acreditava que existia um lugar para ir depois da morte, mais ela gostava de fingir que sim, que sua mãe estava num lugar melhor agora. Mais ela sabia que mesmo se existisse, ela não chegaria lá para encontrar a mãe.

E foi com esses pensamentos que ela soltou a barra e caiu!

Esse momento ela nomeou de "Quase morte" e era libertador, não ia ter que se preocupar com mais nada, não teria que chorar mais pela morte de sua mãe ou por idiotas igual Austin. Enquanto ela caiu percebeu que sentiu um sentimento que a tempo não sentia e quase nem o percebeu.

A paz!

Era irônico como ela poderia sentir paz quando estava prestes a morrer. Como se tudo a sua volta não importasse, sua mente finalmente estava tranquila.

Ela não se debateu quando começou a afundar na água, nem gritou e tentou voltar a superfície. Ela só fechou os olhos sentindo a água salgada entrar pelo pulmão e pelo nariz, ela sentia uma dor forte no peito mais não se mexeu. A água fria a envolveu igual sua mãe fazia com ela quando tinha pesadelos, ficavam abraçadas até Amélia dormir. Mais dessa fez ela não queria acordar! Ela ficou ali, ouvindo os batimentos do seu coração diminuírem a cada segundo, se sentia tão leve, e então pouco a pouco as batidas do seu coração foram ficando mais fracas!

 Mais dessa fez ela não queria acordar! Ela ficou ali, ouvindo os batimentos do seu coração diminuírem a cada segundo, se sentia tão leve, e então pouco a pouco as batidas do seu coração foram ficando mais fracas!

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OII LEITORES! 💖

Como vocês estão porque eu péssima e ainda gripada.
(Terminado em 13/01/22 as 18:16)
(Publicado em 14/01/22 as 00:30)

Gente por favor se tiver algum erro de ortografia me falem para que eu possa arrumar enquanto antes!
Aceito críticas construtivas.

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