Mentiras (Adaptação - Girafa)

Capítulo 22 - Efeitos

RAFAELLA

Acordo e abro meus olhos lentamente, sorrio sabendo que meu filho está no quarto ao lado, é tão bom ver ele bem, por mais que ainda não esteja recuperado totalmente, ele está de volta.

(Flashback)

Acordo com fortes dores na barriga, me levanto devagar para não acordar Gizelly pois a mesma dorme tão tranquilamente.  Ultimamente tenho sentido muitas dores, a data de ganhar nosso Gabriel está chegando, sorrio com o nome, pois Gizelly que escolheu. Saio do quarto e vou até a cozinha, tomo um copo d’água e retorno, mas assim que eu chego na porta sinto uma dor mais forte e me curvo, levando as mãos a barriga.

- Gizelly! – A chamo mas ela nem se mexe na cama. – Gizelly! – chamo de novo e nada, pego fôlego por conta da dor e sinto minhas pernas molhadas, ainda bem que estou de camisola. – Gizelly! - grito mais alto.

- Oi... o que... – Ela acorda confusa. – Rafa? – Ela me olha espantada. – Você fez xixi nas calças? – E começa a rir. – Eu sei que é difícil, mas tanto assim?

- Eu juro que se você rir de novo, eu arranco esses seus lábios perfeitos! – Falo séria. – A bolsa estourou! Está na hora.

- Oh meu Deus! – Ela praticamente pula da cama, corre e coloca uma roupa descente.- O que eu faço agora? – Ela me fita confusa.

- Agora você pega as bolsas que estão no quarto do nosso filho. – Falo revirando os olhos.

- Isso, eu já sabia. – ela coça a nuca e sorri de lado.

- Agora Gizelly!!!

Ela sai correndo do quarto. Aproveito para ligar para o meu médico e logo em seguida ela volta com duas bolsas.

- Pronto! – Ela diz balançando as bolsas. – Vamos para o hospital!

Ela me ajuda a descer as escadas, segurando as bolsas todas em uma mão só.

- Nosso filho vai nascer Rafa. – Ela fala alegre. – Espera. – Ela me olha espantada. – Nosso filho vai nascer? NOSSO FILHO VAI NASCER!

Gizelly corre para a cozinha e eu vou o mais rápido possível atrás dela, e a encontro colocando açúcar em um copo com água.

- Gizelly? – Pergunto. – O que você está fazendo?

- Minha vó sempre me falava que água com açúcar acalmava. – Ela falou, mexendo o copo.

- Mas eu não preciso me acal...

Paro a frase assim que ela vira o copo e despeja todo o líquido garganta abaixo, seguido de uma careta.

- Agora vamos! – fala colocando o copo na pia.

****

- Cadê a droga do médico? – grito para uma enfermeira mesmo sabendo que ela não tem culpa, mas as dores estão insuportáveis.

- Ele já vem amor, se acalma. – Gizelly fala ao meu lado acariciando meus cabelos.

- Eu não preciso me acalmar, eu preciso tirar essa criança de dentro de mim! Aaaaaaa - dou mais um grito, até que vejo o médico entrando no quarto finalmente.

****

- Vamos lá Rafaella você está quase! – O doutor fala me ajudando a respirar de forma correta, me incentivando a fazer mais força.