Capítulo 23 - Sempre há exceções

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RAFAELLA

Primeiro dia longe do meu filho depois de tudo que aconteceu, é tão difícil deixa-lo assim. Odeio admitir, mas Bianca o trata muito bem e ele adora ela, então me sinto um pouco mais aliviada por saber que meu filho está em boas mãos. Pego meu celular e disco o número de casa.

- Alô. – Bianca atende rápido.

- Sou eu Rafa.

- Pelo amor de Deus Rafa estamos bem! Já é a quinta vez que tu liga mulher.

- Eu só quero saber dele. – Falo de forma simples.

- Rafa ele está bem, eu sei que é difícil, mas relaxa.

- Ta bom então, fico mais tranquila. – me dou por vencida. – Não esquece o...

- Tchau Rafaella. – ela desliga na minha cara. Respiro fundo, eu ainda mato essa mulher.

Gizelly foi buscar Marcela no aeroporto hoje, ela sempre foi uma grande amiga nossa. Volto a revisar os processos em minha mesa e depois de um bom tempo revisando tudo, vejo que em um dos papéis está faltando uma assinatura. Me levanto e vou até Luana.

- Bom dia dona Rafaella – me cumprimenta assim que me vê.

- Bom dia Luana. – retribuo o comprimento sorrindo. – Lu você por acaso sabe quem cuidou deste processo? Eu perguntaria a Gi mas ela não está.

- Deixe eu ver. – Entrego o papel a ela. – Sei sim. – Ela me olha um pouco receosa.

- Eu precisava da assinatura da pessoa, poderia me falar de quem é? – Pergunto.

- É uma advogada nova, creio que a senhora não conhece, mas eu posso pedir para ela ir até sua sala se quiser.

- Não precisa, eu vou até lá assim aproveito e já vejo quem é a moça. Só me diga qual a sala.

- Claro.

Assim que Luana me indica a sala da tal advogada, vou até a mesma e bato na porta,  logo uma voz feminina manda um "entre" abafado. Assim que adentro a sala, a mulher me encara dos pés a cabeça e posso jurar que seu olhar não é um dos mais confiáveis.

- Bom dia. – Falo me aproximando da sua mesa e ela se levanta. – Me chamo Rafaella Kalimann, líder da área de advocacia, você deve ser nova aqui, prazer. – Estendo minha mão que ela pega dando um pequeno sorriso.

- Fernanda Keulla, o prazer é todo meu. 

Eu reconheço a voz dela na mesma hora, é ela, a biscate! Ela franze o cenho seguido de uma expressão de dor, então percebo que estou apertando a mão dela com mais força que o necessário.

- Fernanda... – Sussurro seu nome e logo solto sua mão.

- Algum problema? – Ela pergunta olhando a folha em minha mão.

- Você não assinou. – coloco a folha em sua mesa.

- Oh sinto muito. – Ela diz pegando a folha. – Eu devia estar ocupada, e acabei deixando passar.

- Sim ocupada. Ocupada pensando na Gizelly? – não consigo segurar minha boca.

Fernanda me olha e lança um sorriso de lado debochado, em seguida assina o documento e me entrega.

- Direta você. – fala com um sorriso sínico dessa vez.

- Sempre. – dou de ombros.

- Bom, já que é pra ser direta eu estava sim ocupada com a Gizelly mas não no pensamento – ela dá um pequeno passo em minha direção. – Estava ocupada com ela gozando dentro de mim e olha, não sei se te dou os pêsames ou parabéns por deixar uma mulher como aquela livre, leve e solta – Ela fala abrindo um sorriso vitorioso.

Mentiras (Adaptação - Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora