O Chalé: Prologo | Capitulo 1: O Evento

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Nota do Autor:

O chalé é um projeto incrível no qual é narrada a história de um grupo de amigos pré-universitários, em sua ultima viagem de verão antes de espalharem pelo país em diferentes universidades. Com uma pitada de suspense é um romance divertido e ás vezes clichê. E como toda boa história muitas explicações só podem ser encontradas nas entrelinhas, por estarem subjetivas no texto. A história é composta por capítulos curtos que vou escrevendo a cada semana, pretendo que em algum momento eles se tornem mais interativos, levando em conta as opiniões dos leitores nos comentários aqui e nas redes sociais. Então caso queiram participar com suas opiniões sobre a história basta comentar logo abaixo do capitulo da semana. Bem vindo a nossa série literária!

Não posso deixar de agradecer a todos que me apoiam e incentivam. Especialmente a minha irmã  que sempre esteve ao meu lado. Anjo da guarda Kelly, você é indispensável em minha vida.  A minha amiga Thaiana que é uma das maiores alegria dos meus dias, e minhas queridas amigas Ana Marques, Thayane, Maria Eduarda, que leem e dão suas relevantes opiniões a tudo que escrevo. E ao melhores Mauricio e Tabata

Dedico a história a meu eterno amigo Henry Scarpa "In Memoriam"

Prologo

A escuridão é uma das maiores causas de temor desde era das cavernas, não importa em quanto tenhamos evoluído e quantas novas tecnologias surgem, sempre em algum lugar do globo há alguém temendo o que não pode ver na escuridão. O medo causado pelo escuro não é propriamente da falta de luz, mas do que pode haver escondido em meio a ela. E sendo um dos sentimentos mais primitivos da humanidade, todos tem algum nível de medo.

Diante de qualquer escuridão e livre de qualquer sensação de medo, naquele momento. Um grupo de amigos chegando ao fim da adolescência acordou cedo para fazer a ultima viagem de verão antes de tomaram seus rumos para as universidades que frequentariam. A turma era composta por quatro garotas, Alice, Emily, Tiffany e Maria Eduarda, e cinco garotos, Matheus, Ricardo, Jonatas, Henry, Caio. A maior parte era composta por namorados (Alice e Matheus, Emily e Ricardo, Tiffany e Henry, Maria Eduarda e Jonatas), apenas Caio não tinha uma namorada para convidar para a viagem. Eles iriam para um chalé no alto de uma montanha a mais de duzentos quilômetros de qualquer cidade em todas as direções. Queriam passar uma semana entre amigos se divertindo muito, apenas nadando no lago Mannica pegando muito sol. Matheus tinha achado o anuncio do lugar em um site de aluguel de casas para temporadas, e apesar do post não ter nenhum comentário bom ou ruim, eles se agradaram muito das fotos do chalé e do lago de águas límpidas. Então mesmo sem muitas informações eles fizeram o deposito do valor da estadia de uma semana, em nome de um senhor Linderberg Florêncio e dias depois receberam a chave por Sedex, o que foi bom no sentido de não terem de percorrer mais de trezentos quilômetros para buscar a bendita chave. A viagem estava marcada para vinte e cinco de janeiro e duraria até dois de fevereiro.

O Evento

O dia amanheceu claro e quente, mesmo sendo apenas seis da manhã quando finalmente conseguiram reunir todos na velha Kombi sem ar condicionado do tio de Caio. Entretanto eles não estavam preocupados em passar três horas se conseguissem manter uma boa velocidade, dentro do veiculo quente, o clima ali era de total diversão e boa vontade. Jonatas sendo o único devidamente habilitado foi o motorista da viagem. Maria Eduarda empunhou seu violão e todos foram cantando enquanto ela o dedilhava com maestria. Eles pegaram um engarrafamento depois de duas horas na estrada, devido a uma batida de frente entre um caminhão de concreto e uma Variant 96 que vinha na contra mão, aparentemente todos os quatro ocupantes do veiculo menor não sobreviveram. Alice pode notar que eles tinham apenas alguns anos a mais que eles. Um policial e estava orientando o motorista a pegarem um desvio um pouco a frente, segundo ele só acrescentaria um pouco mais de dois quilômetros na viagem e eles sairiam do congestionamento imediatamente, Jonatas prestou muita atenção nas orientações para não perder a pequena entrada para a estrada secundaria, mas chegando lá não teve problemas, pois havia um agente rodoviário sinalizando o local. A estrada tinha alguns trechos de asfalto bem ruim, seguido de um ótimo trecho, mas em todos os três quilômetros que percorreram até voltar para a rodovia principal, avistaram apenas uma pequena vila com cinco casas baixas e quase sem movimento de pessoas. Na saída a secundaria tinha um auto posto Runner Smart e as garotas insistiram que parar para usar o banheiro e comprar água gelada, afinal por causa da hora que passaram no engarrafamento, eles tinham quase acabado com o estoque de água que haviam trazido e as duas garrafa que restaram estavam muito quentes. Jonatas aceitou a sugestão assim poderiam completar o tanque e ele teria um tempo para esticar as pernas um pouco, a direção da Kombi era imensamente mais difícil que a do Fiat Bravo 08. Ele entregou a chave do veiculo para o único frentista do posto e pediu que completasse o tanque, e foi se juntar aos amigos na loja de conveniência. A atendente era uma garota que devia ter a mesma idade que eles, mas notavelmente estava entediada demais para levantar a cabeça para ver os novos clientes. Maria Eduarda pediu a chave do banheiro feminino e ela mexeu embaixo do balcão de onde tirou uma pequena chave pendurada em um enorme pedaço de madeira com as palavras "WC FEM", e entrou a garota, e só então ela olhou para a o grupo de clientes que percorria os corredores da loja. E ficou claro para Alice que ela se interessou por Matheus que estava no corredor de doces escolhendo entre se levava confeitos de chocolate Buffers ou Mr & Mr, então a garota se aproximou do namorado e deu um beijo rápido nele, e voltou para junto das amigas para escolher salgadinhos. O frentista entrou entregou a chave para Jonatas e disse para atendente para cobrar quarenta pratas de gasolina. Assim que todas as garotas foram ao banheiro eles pagaram a conta de saíram da loja deixando a atendente voltar à atenção para a revista sobre a vida de ricos e famosos. Passavam das nove horas da manhã, e se nada mais atrapalhassem antes do meio dia eles já podiam estar mergulhando no lago e comendo algo além de salgadinhos e confeitos de chocolate Buffers. Assim que saíram do posto Tiffany lamentou que lá não vendesse alguma fruta, salgadinhos definitivamente não estavam na dieta dela. Um pouco depois ela ficou grata em ver um enorme outdoor que anunciava que mais a frente havia um supermercado do mesmo grupo empresariam do Auto Posto. Vinte Minutos depois ela e as garota entraram no pequeno supermercado Runner Smart para fazer compras para a estadia no chalé. Os garotos já tinham tido a cota deles de compras de alimentos e ficaram fazendo arremessos de basquete na meta da quadra maltratada ao lado do supermercado, parecia que fazia uma eternidade que ninguém utilizava o local, o que era compreensível já que não havia qualquer casa ou fabrica no raio de centenas de quilômetros. Eles tinham mesmo ficado surpresos com o fato de ter um supermercado tão isolado da civilização. O Mercado contava com três caixas bem informatizados, mas apenas um estava funcionando naquela manhã, e tanto a caixa quanto os outros cinco funcionários do supermercado foram muito simpáticos com as garotas, em contraste com o atendimento seco e ruim que eles tiveram no auto posto. A operadora de caixa disse a elas que toda a rede de supermercados e postos de gasolinas da Runner Smart ficava no percurso de rodovias, então não era exatamente estranho que aquela unidade fosse tão afastada, e que os funcionários das duas unidades do grupo eram trazidos pelo ônibus da empresa, que também vinha busca-los às dezessete horas. Assim que elas deixaram a loja os garotos se juntaram a elas se seguiram a caminho do chalé. Eles tinham todas as indicações de como chegar ao local, e mapas tirados da internet, então logo estavam na estrada de terra que levava montanha acima. Jonatas dirigindo com cautela pra não forçar muito a Kombi, o que deixaria eles realmente isolados daquele lugar em meio a uma floresta densa de arvores gigantes. A Estrada levava diretamente ao Chalé Linderberg não tinha como se perder, ou mesmo se enganar de local, visto que não havia outra construção habitável por ali, apenas algumas ruinas que no passado deviam ter sido casarões e dois outros chalés. Quando chegaram diante do enorme portão de madeira, Henry saltou do carro com as chaves em punho e sem esforço conseguiu abrir o cadeado. E a Kombi entrou devagar em uma alameda mal cuidada, que terminava no chalé branco.

O Chalé  [ Concluida]Onde histórias criam vida. Descubra agora