CAPITULO 11: O QUASE... FIM

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Jônatas passou boa parte dos dois dias que passou no hospital dormindo, e por isso coube a sua namorada dar a notícia para seus pais, ela teve que fazer isso rapidamente já que logo após eles deixarem a Vila da Boa Esperança as equipes de reportagens começarem a chegar para transmitirem a noticia da descoberta de um Serial Killer no interior de São Paulo. Logo todos os canais de TV estavam falando sobre Linderberg e sobre o grupo de jovens heróis que tinham arriscado a vida para leva-lo a justiça. Quando os pais deles chegaram no início da tarde, era quase impossível passar pelo saguão do hotel devido a quantidade de repórteres que lutavam por cada centímetro de chão tentando buscar notícias sobre o estado de saúde de Jônatas, e principalmente querendo uma entrevista com ele e seus amigos. Mas eles recusaram todos os pedidos de coletivas e entrevistas individuais. Mas os jornalistas tinham ótimas fontes dos detalhes sobre a operação que levou a captura de Linderberg, pois o delegado e seus assistentes tinham um enorme prazer em dar longas entrevistas falando sobre qualquer assunto que pudesse interessar aos repórteres, e mesmo quando não havia novidades na investigação, eles apareciam na televisão para dar notícias velhas. Perto do final do segundo dia os jovens envolvidos na historia já não suportavam mais assistir telejornais, ou mesmo ler os jornais impressos que traziam mil versões para o possível motivo o assassino fazer tais absurdos. O Prefeito de São João de Maraca ofereceu estadias para eles em um hotel da cidade, mas por conta dos muitos repórteres que os seguiam quando tentavam sair do hospital, eles ficaram mesmo alocados no hospital, de onde só saíram quando Jônatas recebeu alta e pode deixar o lugar. Eles passaram mais um dia na cidade com Tummin e seus irmãos, e partiram durante a noite para não serem incomodados pela multidão de curiosos e jornalistas.

Quando chegaram em São Paulo Eles notaram que essa história iria os seguir por um longo tempo. Tendo em vista que em frente a casa de cada um deles tinham mais jornalistas plantados, esperando por eles com suas câmeras em punho, espalhando flashes na tentativa na conseguir uma boa foto, mas os pais os protegiam entre eles. Os dias passaram e sempre que eles tentavam assistir algo na TV Aberta, não demorava muito para que surgisse a tela o delegado de São João de Maraca, com seu melhor sorriso e notícias repetidas.

Duas semanas se passaram e Tummin ligou para Henry para dizer que neste tempo a Polícia tinha conseguido encontrar ossos de quase cem vítimas, e que as buscas ainda estavam sendo feitas. Mas isso eles já sabiam, pois já tem tinham cansado de ouvir a notícia na TV e no rádio, então a novidade que Tummin deu foi o convite oficial da cidade para que eles retirassem a São João do Maraca, para receberem o título de Cidadãos honorários e a chave da cidade. Henry achou a iniciativa da prefeitura muito legal, mas disse que teria que falar com os amigos, e que não tinha certeza se Jônatas estaria bem para refazer essa viagem. O amigo disse que telefonava mais tarde, e Ele cuidou de transmitir a mensagem ao restante de sua turma. Ian, Maika e Tummin estavam sempre em contato com os amigos da capital, eram agora uma parte da turma de amigos que morava em outra cidade. Eles eram a fonte mais confiável de notícias sobre o que acontecia na Vila da Boa Esperança, e na propriedade Linderberg, já que as notícias dadas pela Polícia local aos telejornais às vezes pareciam conter muita fantasia em sua fórmula, e apresentavam muitos floreios. Como Ian sempre dizia o delegado tinha pegado gosto pela fama instantânea e não queria abrir mão disso tão cedo. Quando Henry contou para os amigos o que Tu min tinha lhe dito, eles acharam legal que pudessem retornar para lá, e rever os amigos que tinham feito em São João de Maraca, e não era só os irmãos, mas também alguns dos envolvidos na operação para a captura de Linderberg, e a namorada de Ian. O único receio deles era acabarem cercados de repórteres loucos para saberem a versão deles dos acontecimentos naquele chalé, e na Vila de Boa Esperança. Os pais deles deixaram que a decisão fosse deles, afinal eles já tinham postergado a ida a Universidade por quase dois meses, e não custaria nada levarem mais alguns dias para ir até lá e agradecer o carinho do prefeito e do povo de São João.

O Chalé  [ Concluida]Onde histórias criam vida. Descubra agora