Jantar

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Não tem nada pra comer por aqui. – ela reclamou, abrindo o armário que Negan havia indicado. – O que você vai fazer com..  nada?! – ela perguntou, e ele bufou do cômodo ao lado.

- Tem sim. – ele respondeu alto, e ela cerrou o olhar um pouco mais para o armário, como se, de alguma forma misteriosa, aparecerem a sua frente.

- Não, não tem nenhum alimento por aqui. – ela respondeu, as mãos repousadas sobre as portas do6 armário. Vendo que parecia haver muito tempo que não havia nada naquela casa.

- Então podemos virar canibais, porque se a comida anda sumindo assim, será o único jeito! – ele respondeu do outro lado, os sons de seus passos se tornando um pouco mais audíveis, e ela ergueu o corpo, se afastando brevemente do armário, ainda o olhando.

- Bem, não há nada aqui, então acho que pode me comer então! – ela reclamou, cruzando os braços, e demorou até que ela percebesse quele silêncio estranho, os sons dos passos já não ecoavam mais e ela girou o corpo, sentindo o olhar as suas costas, apenas para vê-lo parado entre a passagem dos cômodos.

- Se você quiser, eu posso. – ele disse, sua voz mais uma vez suave e quente, onde ela podia diferenciar perfeitamente seu fácil e letal tom maldoso, um sorriso aparecendo em seus lábios a média que a expressão envergonhada tomava o rosto de Elly. – Vai ser um completo prazer. – ele completou, e ela entreabriu os lábios, antes de balançar a cabeça, como se tentasse buscar as palavras mais uma vez.

- Eu to com fome, Negan. – ela informou, antes de indicar com a cabeça o armário, e ele exalou uma risada divertida, antes de voltar a andar, e parou ao lado dela, encarando o armário, e bufou, antes de fechar as portas, e abrir as portas da bancada atrás deles, e exibir uma caixa com alimentos frescos.

- Eu disse que tinha feito “compras” hoje cedo. – ele respondeu, e ela suspirou inclinando o corpo pra trás brevemente.

- Tudo bem. – ela resmungou, antes de se recostar sobre o balcão. – Me mostre do que é capaz, Negan. – ela pediu, e ele ergueu o olhar para ela, antes de dar um sorriso curto de canto.

- Não fode! – ela quase xingou, o olhar perdido dobre qualquer lugar da mesa, o garfo ainda erguido enquanto mastigava lentamente, ouvindo a risada baixa e rouca de Negan. – Não, não mesmo! – ela ergueu o olhar para ele. – Isso é muito bom! – ela respondeu, e ele tinha os braços cruzados na outra cadeira, a olhando enquanto mantinha o sorriso no rosto.

- Eu sempre gostei muito de cozinhar. – Negan esclareceu, e ela balançou a cabeça negativamente, antes de deixar a mão cair sobre o prato, inclinando corpo brevemente para frente.

- Você sabe que se você fizer isso para as pessoas, ninguém mais vai te odiar, não é? – ela perguntou, e ele tombou a cabeça brevemente, antes de tornar seu sorriso largo em um curto e pensativo, descendo o olhar para seu prato enquanto levava a mão sobre o garfo.

- Eu queria que fosse fácil assim. – ele deu de ombros, antes de cortar um pedaço de seu filé ao vinho especial, e a olhar.

- Cara, você deve ter feito algo muito ruim pra isso aqui não curar as desavenças. – ela disse, antes de colocar mais um pouco daquele arroz completamente diferente do que ela já havia provado, temperado com alguns cogumelos e a salada de ruibarbo temperada com pimenta preta, e então ele deu de ombros, ainda a olhando, o sorriso dos lábios dela se contraiu brevemente. – Foi tão ruim assim? – ela perguntou e levou o garfo aos lábios, ele ergueu uma sobrancelha.

- É, eu não me perdoaria. – ele assumiu, antes de levar seu garfo até os lábios, e ela recostou brevemente sobre a cadeira, como se tivesse algum tipo de receio, as palavras estivessem muito curiosas para serem ditas, mas tivessem algum medo.

O Peso dos Seus PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora