Nada a se fazer

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Olá meus xuxus.

Passando aqui bem rapidinho para desejar um feliz 2022 pra vocês, e principalmente para agradecer por terem feito meu 2021 um ano incrível. Sério, é uma honra poder escrever para vocês e muito obrigada por me proporcionarem isso. 

Cada comentário e surto fazem do meu dia mais feliz, e minha escrita se torna mais alegre por causa de vocês. Espero poder desfrutar um ano incrível na companhia de cada um aqui. Amo vocês.

Sem mais delongas, porque hoje tá daquele jeitão.

Boa leitura :)
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 Certa vez, Erwin disse-me que não deveria temer a felicidade. Que deveria recebê-la e abraçá-la como um grande merecedor da mesma, permitir-me ser agraciado pelo sol que brilha contra minha face, ignorando por completo a escuridão que se esgueira pelas frestas.

O destino irônico como sempre, provou que as palavras de Smith, nada valiam. Pois em segundos ele mostrou o quão traiçoeira a felicidade pode ser, como basta um momento, uma notícia, ou uma singela carta, para tudo desmoronar.

Gostaria de mandá-lo para o inferno, fazê-lo levar a maldita carta de volta, destruir as linhas de hierarquia e ordená-lo que fizesse engolir o envelope, quem quer que ousou escrever tais absurdos. Mas, permaneci estático, alheio a minha própria realidade, afastei-me de meu Comandante virando-me alguns passos depois.

O escritório tornou-se pequeno demais para meus pensamentos e claustrofóbico perante minha agonia, fui à grande janela em busca de algum alento, mas o mesmo não chegou até mim. O tremor em minhas mãos é incontrolável e tudo parece se mover há uma velocidade grande demais para se processar. Minhas mãos estão espalmadas contra o peitoril da janela, minha cabeça pende para baixo e os fios de meu cabelo pinicam meus olhos.

Por que as coisas sempre têm de acontecer dessa maneira? Parece uma piada terrivelmente ruim, a forma como o destino tece maldosas tramas, em uma eterna guerra contra minha paz.

Ártemis de volta há uma missão... Não uma qualquer, mas com certeza que durará meses, afastada de qualquer apoio ou proteção. Longe de mim, novamente. Quatro malditos anos não foram o bastante?

A voz de Ártemis e Erwin soa distante, abafada aos meus ouvidos, mesmo que ainda estejamos no mesmo cômodo. Talvez seja uma maneira de minha mente afastar-me da realidade, se não ouvi-los, não é real. Mas o som da porta fechando-se é seco e rangido, rígido demais para se ignorar por completo. Contudo não é o som que é capaz de aclarar minha mente, trazendo-me de volta ao presente, e sim o toque, as delicadas mãos abraçando-me por trás.

- Levi... - a voz soou trêmula enquanto seus dedos finos agarram-se à minha camisa. Mesmo com os olhos baixos, minha mão moveu-se por instinto, agarrando a mesma sob meu peito - Olhe pra mim - o som de sua voz é como uma melodia, delicada.

Como dizer a ela que não posso olhá-la ainda, que não posso colocar meus olhos sobre ela, tendo a iminência de sua ausência perseguindo-me. Temendo com minha alma, o dia que minhas íris irão buscá-la e o vazio encontrarão.

- Diga que não irá - meus dedos agarram-se aos seus como uma súplica através do toque - Você pode não é? Dizer não... Mande todos para o inferno e diga que não irá a lugar algum. - o silêncio perdurou enquanto sentia seu rosto pressionado contra minhas costas. 

- Não posso - sua cabeça moveu-se em negação e senti lágrimas molharem o linho sob meu corpo - Não é tão simples assim...-Não deveria ser assim... - as palavras saíram roucas de minha garganta como uma maldição - Lynne você... Não posso perdê-la uma segunda vez - consternado viro meu corpo voltando meu rosto para o seu.

Titan's Blood - Levi Ackerman x ocOnde histórias criam vida. Descubra agora