the fires of spring (larry au) portuguese version

f o u r t e e n

"Eu disse Patagonia, e retratei
uma península, grande o suficiente
um par de cadeiras em volta
a oscilar em maré alta. Eu pensava

em nós no frio sem fôlego, de frente
ao horizonte redondo como uma moeda, um laço
no berço de um gato amarrado por gaivotas ao pôr sol. Eu planejava esperar

até que as ondas se acalmassem
para dormir, até os últimos suspiros de apego,
crescendo preocupado no silêncio,
tinha remado sem parar em um pequeno coracle*, até

aqueles pássaros inquietos, as mãos do ator negligente
caiu em seu colo,
até que você se virou, enfim, para mim.

Quando falei da Patagônia, eu quis dizer
céus azuis no vazio. Eu quis dizer
anos. Eu quis dizer todos eles com você."

Patagonia de Kate Clanchy

✴❇✴

"Eu quero ser tão magro que ninguém nunca diga nada sobre mim novamente."

"Por quê? Você é perfeito." Harry diz com carinho.

Louis gosta de pensar que todo mundo tem esses momentos. O momento em que os sentimentos ficam a flor da pele e tudo cai sobre você de uma vez. Para Louis, naquele momento, tudo estava em cima dele.

Ele sabe que ele tem sorte de ter Harry. Não há nenhuma maneira dele esquecer. Mas, de repente, Louis percebe o quão sortudo é. Harry esta aqui, dizendo coisas agradáveis ​​enquanto Louis apenas senta lá e reclama.

Harry diz que ele é perfeito, simples assim.

"Como você pode dizer isso como se fosse tão simples?" Louis pergunta.

Harry dá de ombros. "Por que é."

Justo.

Eles estão sentados na cama de Harry às duas da manhã. Poppy está no pé da cama após os três terem uma guerra de travesseiros, e Louis aconchegou-se contra o lado esquerdo de Harry.

O quarto de Harry é provavelmente um dos lugares favoritos de Louis. Ele tinha luzes de Natal alinhados no teto de seu quarto. Tinha fotos que havia tirado em sua câmera vintage em literalmente todo o quarto. Era pequeno, com apenas uma cama de casal, um pequeno armário, uma escrivaninha e uma estante. A estante foi acumula com inúmeros livros de poemas e cadernos de canções que Harry tinha escrito ou livros que Louis tinha recomendado. Estava tão cheia com livros que alguns estavam atolados em cima dos outros e alguns até foram espalhados pelo chão.

"Qual é o seu poema favorito?" Louis pergunta baixinho, beliscando o lado esquerdo do quadril de Harry.

Harry pensa por um momento. "Talvez seja Flores à beira do mar de William Carlos Williams."

“Você pode recitar para mim?”

“Quando sobre a nítida, florida orla da
pastagem, o oceano invisível e salgado
ergue a sua forma - chicória e margaridas
atadas, soltas, quase não parecem flores
mas somente cor e movimento - ou talvez a
forma - do desassossego, enquanto
fechado em círculo o mar se move tranquilamente como uma planta sobre o caule”

Tudo fica quieto por um momento.

"Talvez no Natal eu lhe der um livro de poemas sobre flores." Louis diz.

Harry ri e traz Louis para mais perto. "Eu gostaria."

"Eu quero escrever uma canção."

"Ah, é?"