Capítulo 05

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Quando aceitei para mim mesma que gostava de Steve Rogers, não sabia que chegaria exatamente no ponto em que nos encontrávamos agora

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Quando aceitei para mim mesma que gostava de Steve Rogers, não sabia que chegaria exatamente no ponto em que nos encontrávamos agora. Sentados ao lado de fora de uma pizzaria em frente a praia, podíamos ouvir o barulho das ondas do mar enquanto mantínhamos a conversa iniciada no carro. 

Às vezes, só começava a falar sem parar sobre algum dos vários livros que já tinha lido, ou outro assunto aleatório, e Steve ficava em silencio me observando. Com a cabeça levemente inclinada e um sorriso no rosto, ele me olhava como se eu fosse a pessoa mais interessante do mundo, como se ele fosse extremamente sortudo por estar comigo ali. 

— Primeira obsessão — pergunto a ele antes de dar mais uma mordida na minha pizza.

Estávamos tentando nos conhecer melhor e um assunto sempre acabava puxando o outro, fazendo com que os momentos de silencio constrangedor não existissem. Muito pelo contrário. Quando ficávamos em silencio, era sempre porque nos encontrávamos perdidos admirando um ao outro. Conversar com ele era muito mais fácil do que imaginei, tínhamos muito em comum e ao mesmo tempo podíamos ser completamente diferentes. 

— Star Wars — ele responde — Eu e minha mãe somos completamente obcecados por Star Wars, a ponto de usarmos fantasias combinando no primeiro Halloween que saí para pegar doces. 

— Isso é completamente adorável. Por favor, me diga que tem fotos — junto minhas mãos como se estivesse implorando e isso o faz rir. 

— Sim, posso te mostrar depois, mas agora é sua vez. Qual foi a primeira grande obsessão de Natasha Romanoff? 

— Acho que livros em geral e filmes também, vou ao cinema o tempo todo e tenho uma coleção de ingressos. Por mais cafona que possa parecer. — e isso gerou mais um debate sobre outras coisas que faziam parte das nossas listas de favoritos. 

Estar ali com Steve fazia com que os pensamentos escapassem do meu controle. Minha mente, geralmente tao racional, começava a imaginar como seria se momentos como o de agora passassem a ser algo corriqueiro. Como seria abraçá-lo após os jogos, como fiz hoje, comemorar cada vitória e consolá-lo nas derrota. Como seria contar para ele sobre meus surtos literários e cinematográficos. Como seria beijá-lo — vinha me perguntando isso com muito mais fervor desde o momento na biblioteca. 

Percebi que existia uma parte de mim — e era uma parte gigantesca — que desejava, ou melhor, ansiava por fazer cada uma dessas coisas. Queria saber como era fazer parte do mundo de Steve Rogers e como seria tê-lo no meu. Foi neste segundo, em que me peguei imaginando tudo isso acontecendo, que percebi que não só gostava dele, mas estava me apaixonando.

— Maior sonho da sua vida — é a vez dele de pedir que lhe conte alguma coisa.

— Ir para a faculdade de medicina e servir durante alguns anos no Médicos Sem Fronteiras — revelo e encaro minhas próprias mãos conforme seu rosto assume uma expressão de surpresa. A verdade é que não contava isso para muita gente, somente Clint e minha irmã sabiam disso, porém nem ao menos hesitei antes de falar para ele — É tao surpreendente assim?

Lover - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora