Fodidamente hipnotizante

46. Yara

Yara

Dois anos se passaram deste de quando sair daquela casa, quando chegamos no Pará foi muito difícil, pois não tínhamos casa e nem emprego

Ficamos morando na casa de uma semhora por 1 mês, até eu encontrar um emprego em um restaurante chique e arrumamos um apartamento pequeno mais aconchegante

E depois descobri que o dono do restaurante era o filho da senhora que se chamava Cida, dona Cida é um amor de Pessoa já tentou várias vezes fazer com que seu filho e eu ficássemos juntos, mas não rolou

O Leonardo é bom e bonito, mas não senti nada por ele, até nos beijamos algumas vezes não deu certo e hoje somos amigos

Meu nome agora é Flávia, mudamos de nomes e identidades

Já minha irmã se chama Eliza, também trabalha comigo atendendo as mesas

Na primeira vez que ela foi tentar fazer um arroz na cozinha ela quase que queimou a cozinha Toda vez que me lembro disso caio na gargalhada

E meu sobrinho, a coisa mais lindas do mundo, Ezequiel, que hoje faz 2 anos, não pra quieto nem um segundo parece muito com o pai dele

- Flávia vem aqui por favor - seu Rick me chama, ele entrou a pouco tempo no comando e não me deixa em paz nem um segundo se quer, o seu Leonardo foi viajar e deixou ele cuidado de algumas coisas

É cada olhada que ele me da que tenho medo, guardo minha caderneta no bolso e vou até a sala dele

- oi seu Rick

- oi Flávia, entre e feche a porta - pede - sente-se

- vai me demitir senhor? - pergunto já apavorada

- claro que não Flávia - sorri - só te chamei aqui porque queria te ver - dou um sorriso sem graça - você é tão linda - se levanta e passa a mão pelo meu rosto

- obrigada senhor - me mexo desconfortável

- eu tenho uma proposta para você - senta na sua cadeira novamente

- qual?

- que tal sair comigo um dia desses?

- senhor é..

- sim, eu sei que eu tenho 56 anos, mas idade não importa né?

- eu não sei, é que eu trabalho aqui a mais de um ano e nunca me envolvi assim com pessoas do trabalho

- olha só, eu vou te dar uns dias para pensar nisso, você não vai se arrepender

- tá bom - falo já saindo da sala dele, que homem ousado, já passou até a mão em mim quando estava na sala dele

- o que aquele velho safado queria com você de novo? - minha irmã pergunta

- me chamou para sair cê acredita?

- que velho nojento, será que ele não percebe que você não quer

- parece que não, agora vamos trabalhar se não vamos ser demitidas - ela sorri e vai atender os novos clientes

Chegamos em casa por volta da meia noite, acabadas por que hoje estava cheio

- oi, vocês chegaram - fala Estefânia a menina que cuida do Ezequiel

- como ele se comportou hoje? - minha irmã pergunta

- muito bem, agora já estou indo

- não quer dormir aqui hoje? - pergunto

- eu não, já dormi aqui ontem não quero incomodar

- você não incomoda em nada - fala minha irmã

- peraí que vou buscar seu dinheiro - falo a ela que assente, pego 600 reias e lhe entrego

- muito obrigada - fala com os olhos brilhando quando ver o dinheiro

- que nada - sorri para ela

- agora eu vou, estou com muito sono

- vou te levar na porta da sua casa - ela assente, como moramos no mesmo prédio não demora nada para voltar

Voltei para casa, tomei um banho e me sentei na sala, pensando no meu passado

- no que está pensando? - pegunta minha irmã com um pote de sorvete

- no passado

- tá falando do Thomas? - meu corpo chega se arrepiar com aquele nome

- não

- fala sério maninha, é claro que você ainda pensa nele

- sim sim eu penso nele e você pensa no Calebe - ele se levanta de repente

- eu não ele é passado

- passado do presente - sorrio - vai dizer que você ainda não sente nada por ele? Vendo ele na TV

- tá bom Yara, eu ainda o amo tá - bufa

- sabia

- Mas não quero ver ele nem pintado de Ouro, na verdade não quero ver nenhum homem, ele me magoou demais

- eu entendo

- e você também deveria parar de pensar no Thomas, ele é perigoso

- eu sei - ela me da um beijo na testa e vai se deitar

Sentada sozinha fico pensando no que o Thomas está fazendo agora nesse exato momento

Deve está com alguma mulher, certeza

Desculpe pelos erros