Episódio 04: O verdadeiro Hudson - Parte 2 ( Henry x Hudson)

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_ Ufa! Essa foi por pouco. _ o assistente de super herói comentou. _ Ela quase nos pegou.

_ Topa sair comigo? _ convidou o nova-iorquino de forma aleatória.

_ Como assim? _ Henry arqueou uma sobrancelha com clara confusão.

_ Se você quer ir comigo em um lugar? Não é tão difícil de entender não. É?

_ Eu sei... eu só... _ o mais velho queria dizer não, mas olhando para os olhinhos de cachorro pidão do loirinho, não teve como negar. _ Ahh, tá. Vamos. Seja lá onde você quer me levar.

_ Eba! Vem comigo! _ o nova-iorquino caminhava para fora da sede como se nada tivesse acontecido, enquanto o swellviano o seguia, olhando para os lados, preocupado que alguém tivesse percebido algo.

_ Onde nós vamos, Hudson?

_ É uma surpresa. Só vem comigo. _ ele riu.

O riso de Hudson, para alguns, poderia ser considerado irritante, inconveniente e estranho, mas para Henry, era apenas fofo.

Analisando bem, era a única forma de expressão que ele demonstrava, ainda que fosse sempre a mesma.

Se estava feliz, ele ria.

Se estava triste, ele ria.

Se estava nervoso, ele ria.

Se estava constrangido, ele ria também.

Se não sabia o que dizer, ele ria.

No entanto, eram tipos de risada diferentes, ainda que a diferença fosse quase imperceptível.

Talvez o verdadeiro Hudson sempre houvesse estado ali, só que ninguém nunca havia se dado o trabalho de percebê-lo, de dar atenção a ele, a seus problemas e suas peculiaridades, preferindo apenas considerá-lo uma pessoa burra e desumanizá-lo, restringindo-o aquilo.

Talvez as pessoas apenas quisessem se aproveitar de sua ingenuidade para conseguir o que queriam dele, sem que precisassem dar nada em troca, pois ele sempre se sacrificara por seus amigos, fazendo aquilo que ninguém queria fazer, enquanto cada um estava apenas cuidando dos próprios interesses e ocupados demais para perceber que, por baixo daquele riso constante e palavras sem sentido, havia um ser humano que precisava deles.

Em outras palavras, ele estava ali para todo mundo, mas ninguém estava ali para ele.

E, ainda naquela noite, Henry Hart descobriria isso...

Os dois foram caminhando até chegar a uma rua escura e o outro parar em frente ao que parecia ser uma casa abandonada, por conta do breu que estava.

Henry continuou seguindo o amigo, que retirou uma chave do bolso com chaveiro com um buldogue de gravata e a usou para abrir um cadeado.

Subiu as escadas, dizendo para que o outro o seguisse em meio à escuridão até que, de repente, o nova-iorquino caiu em um buraco.

Henry ouviu seu grito que, às vezes parecia ser de pavor e, às vezes, parecia ser de alegria.

_Hudson, você tá bem? _ perguntou, indo atrás dele com nervosismo.

Não ouviu nenhuma resposta e preocupou-se, jogando-se dentro do mesmo buraco que descobriu ser, na verdade, um escorrega que dava em uma piscina de bolinhas coloridas.

_ Ai. _ o loirinho reclamou quando o maior caiu em cima dele.

_ Hudson, você tá bem? O que é isso? A gente tá em uma piscina de bolinhas? _ ele olhava em volta, incrédulo.

Henry Danger - MultiversoOnde histórias criam vida. Descubra agora