Férias (parte 2)

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Catra acordou ainda no sofá com o peso de Adora sobre si. Já estava claro, e não havia mais ninguém no cômodo, os cobertores e travesseiros já não estavam mais ali. 

Tentou recuperar sua consciência mas seus sentidos ainda estavam totalmente dispersos.

Coçou os olhos com a mão livre, visualizando Adora ainda adormecida. Por segundos ficou preocupada de que todos viram que as duas tinham dormido juntas naquela posição, mas quem se importa com o que eles acham?

Catra tinha tido uma noite maravilhosa, e ainda tinha acordado com a visão mais perfeita de todos os tempos.
Antes de apreciar a visão de Adora adormecida em seus braços, escutou uma conversa baixo vindo da cozinha.

— Eu ainda não quero você dormindo com Skarlet.


Catra ouviu a voz de Helena, firme.


— Mas porque não? - Glimmer ainda insistia


— A noite foi feita pra dormir, não ficar namorando!


— Dona Helena, com todo respeito, você acha que as pessoas só transam a noite? - A voz de Serena se fez presente no ambiente - Porque se for isso..


— Garotas.. - Helena repreendeu


— Bem, de toda maneira ainda vai ter nós no quarto, elas com certeza não vão ir longe. - Garantiu, defendendo Glimmer


Uau, Serena! QUEM DIRIA!


Serena continuou a falar — Se alguém me deixar de vela no meio da madrugada eu levanto e espanco as duas. Sem dó, nem piedade. - o tom de sua voz foi ameaçador e raivoso.


Ah.. Deixa pra lá, Serena ainda é Serena.

— O que vocês acham que eu vou fazer com a mão machucada? Sério!


Ouve um som de cuspe, que Catra identificou Helena, que supostamente jogou o café pra toda a cozinha, e agora tossia, sem ar.


— ... Perdi a fome, vou subir. - Serena saiu pela sala


— Rosa minha querida, eu adoro você e sua "animação".. Mas.. Deixa a Tia Lena comer em paz? - Helena expulsou.


Segurei a risada ao imaginar Scorpia com todo aquele tamanho sendo bottom.


"Bottom"? Meu deus!


Eu nunca devia ter concordado em ler aquelas fanfics de Kpop da Glimmer.. Agora eu aprendi a falar esses termos terríveis.

 
Vamos lá Cat, tamanho não é documento, e você sabe muito bem que não se deve titular as pessoas de bottom e top.

Adora tinha um sono pesado, pois mesmo com aquela conversa constrangedora na cozinha ela sequer deu sinais de que acordaria.
Tomou coragem e se moveu com cuidado para que a loira não acordasse, tarefa que foi um fracasso total. Adora agarrou a cintura de Catra e passou uma das pernas por cima da garota, a agarrando como uma criança com seu ursinho de pelúcia.
Catra nunca foi do tipo tímida, mas aquele gesto fez com que ficasse com seu rosto em chamas, e o calor da vergonha apenas aumentou quando Adora encaixou seu rosto exatamente na curva de seu pescoço suspirando relaxada ainda em seus sonhos.


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


Catra respirou fundo, agarrou todo ódio dentro de seu corpo, e forçou uma cotovelada em Adora.
Forte o suficiente para a loira acordar no susto de imediato e empurrar Catra pro chão no mesmo instante, sentando.

Faça-me (Catradora)Onde histórias criam vida. Descubra agora