nunca mais me deixarei partir.

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apenas um desabafo.
aos treze anos eu senti o gosto da dor e desde então ela me acompanha.
aos quatorze encontrei abrigo nas lâminas
e aos quinze desejei morrer sem antes ter vivido as coisas boas da vida.
aos dezesseis fui chamada de vagabunda.
aos dezessete senti a dor da perda, mesmo que essa pessoa ainda está viva em algum lugar.
aos dezoito tive meu coração partido.
aos dezenove me vi sem caminho, mas foi aos vinte que encontrei abrigo em mim.
eu me encontrei e nunca mais me perdi, mesmo que em alguns dias deseje partir.
mas, depois de tudo isso, me encontrei e nunca mais me deixei ir.

eu e esse meu coração Onde histórias criam vida. Descubra agora