(3) are you lost enough? have another drink, get lost in us

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Mina estacionou o carro ao lado de outros carros que tinham ali. Estava tudo muito escuro no meio deles, afinal, estávamos na praia do lado pobre da cidade.

— Que roupa é essa? — Ela me pergunta, me olhando de cima abaixo.

— Nada muito simples para não parecer pobre mas também nada muito caro pra não ser roubada!

Mina me encara por alguns segundos e decide me ignorar.

— Okay, vista isso! — Ela me jogou uma bolsa que estava no banco de trás do carro.

— O que é isso? — Eu pego uma camiseta de uma banda de rock que eu não conhecia e uma calça jeans velha e rasgada de Mina.

— Roupas de gente!

— Ah não Minari, eu não visto isso de forma alguma! — Eu protesto. Ela só podia estar brincando.

— Sana, você está com uma roupa que talvez custe mais caro que os carros deles.

— Não é verdade, estou usando um Versace. — Eu olho para as minhas roupas. Meu conjunto deve ter custado no máximo 15 mil, ninguém compra um carro por 15 mil.

— Se você descer assim, vão rir de você, e eu vou rir junto. — Mina disse mais uma vez, me lançando um olhar desafiador. — Além do mais, estamos na praia.

Eu bufei. Mas comecei a tirar o casaco. Eu olhei para a camiseta de banda que ela estava me obrigando a vestir.

— Que banda é essa? Eu sou feminista.

— Desde quando isso?

— Desde quando eu vi um documentário sobre o feminismo! — Ela revira seus olhos.

Eu coloco a blusa, mas observo melhor a calça. — Não vou usar isto, onde você comprou? Em um brechó de esquina?

— Sim. — Eu a olho surpresa, não consigo segurar minha boca que se abre. E jogo rápido a calça nojenta pro banco de trás. — E anda logo, Sana.

Abro minha mochila e pego a calça cargo Pants da Louis Vuittoun que eu usava para fazer algo confortável. Empurro minha saia para baixo com dificuldade pelo carro de Mina não ser tão espaçoso.

— Não acredito que você vai usar uma calça de 10 mil reais na praia...

— Foram 8. — Eu respondo com simplicidade. — Quando você começou a andar com os pobres?

Mina me encara como se eu tivesse ofendido a mãe dela. Bom, talvez eu tenha, pois sua mãe era uma antes de casar com meu tio.

— Olha. Já que estamos aqui, você pode manter isso em segredo? — Ela me olha. — E não seja... Você.

Eu paro meus movimentos com calma e me sento melhor para ouvi-la, deveria ficar ofendida com suas palavras, mas eu entendia o que ela queria dizer. Era a primeira vez que uma de nós faz algo assim, de pedir segredo, ou contar algo. Eu gostei. E gostei que ela me chamou para sair, isso era legal.

— Sim. O que foi?

— Não conte para Jennie, Somi ou Jeongyeon. — Mina coloca seu cabelo para trás da orelha. — Ou qualquer um do lado Norte.

— Fique tranquila. Eu não irei. — Eu ri. Não era como se eu fosse fazer isso.

— É sério Sana. — Mina tocou na minha mão. — Estamos no lado deles agora, não seja como nós somos do nosso lado. Aqui não é nosso território. Devemos respeito.

Eu apenas concordei com a cabeça, ela estava certa. Nós saímos do carro e ela entrelaçou seu braço no meu.

— Quando você começou a vir? — Eu pergunto e ela me olha.

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