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(5) melting like a ice cream

Oioi queridos leitores <3
#OSSatzu será nossa tag no twitter, pra quem quiser :)
A playlist ta no meu perfil aq, cada capítulo tem a frase de uma música :)  Essa é Melting - Kali uchis.
Não esqueçam de comentar plsss
Boa leitura

Empurro a porta, o quarto bem arrumado e limpo indica que Jihyo era alguém organizada, ou talvez ela tivesse uma empregada o tempo todo. Eu paro no closet, abrindo-o.

Duvidava muito que Jihyo tivesse algo para eu usar ali, suas roupas eram feias e simples demais para uma festa.

— Que nojo, acho que tinha alguma bebida junto com os gelos. —  Reclamo, descendo de meus saltos. — Jihyo podia só ter gritado.

— Ela gritou. — Tzuyu disse, eu não a olhei, mas escutei sua jaqueta de couro velho caindo ao chão.

Eu não tinha escutado Jihyo falar nada, na verdade, estava tudo silencioso até demais para uma festa.

— Se você escutou, por que não me largou? — Eu virei meu rosto em sua direção, ainda de costas. Tzuyu já estava de sutiã, virei novamente pra frente.

Ela não respondeu. Mas eu consigo a ver sobre o espelho na minha frente, olhando as roupas de Jihyo do outro lado.

— A culpa é sua. — Eu afirmo, ela não me soltou, e agora estávamos aqui.

— Como se você me desse alternativas... — Ela grunhe, olhando para mim.

Agarro a barra do meu vestido e puxo, deslizando para fora do meu corpo.  Eu a observo olhando sobre as roupas, mas percebo que o closet de Jihyo era separado em ocasiões, então Tzuyu não acharia nada para ela ali, que não fosse roupa de ficar em casa. Na minha esquerda, uma camisa branca de alguma banda de rock estava empilhada sobre algumas outras e eu lembro de Mina me obrigando a vestir uma para ir pro lado dos caipiras.

— Só me deixa em paz. — Ela me diz, como se estivesse cansada.

Mas a fúria está em seus olhos, sei que ela ainda está chateada. Faço uma pausa a analisando, a confusão se infiltrando em mim. Sei que mereci sua raiva. Eu também ficaria furiosa. E eu honestamente não quero acabar com sua chance de uma bolsa pelo futebol.

Fecho meus olhos lembrando de como ela foi uma idiota em falar sobre como minha vida seria, ou como meus pais me odeiam, e como meu pai não liga realmente pra mim. Ela me tocou no único ponto que me machuca. Cerro meus dentes me olhando no espelho, minha maquiagem borrada, meu cabelo com frizz e duro de algum tipo de nojeira que tinha naquela bebida. Isso era culpa dela também.

Eu levo minhas mãos até a parte de trás do meu sutiã e desabotouo, jogando-o no chão. Agora todos iriam me ver feia e falar de mim pela escola. Talvez isso seja um pouco ridículo, mas era só isso que eu tinha, se eu não fosse a garota bonita, eu não era mais nada.

Eu a olho, ela desabotoa sua calça a escorregando sobre suas pernas, deixando que suas coxas torneadas ficassem livres para os meus olhos, eu quase tremo com calafrios se espalhando pelo meu corpo. Ela passa a mão por seus cabelos tentando secar de alguma forma os fios soltos da sua nuca, seus anéis e os piercings da orelha refletam a luz sobre o espelho e eu desvio meu olhar para mim.

Minha barriga borbulha silenciosamente fazendo acompanhamento para minha respiração quase pausada, meus mamilos endurecem e eu sinto meu corpo tão quente como se estivesse com febre. E meu remédio, era Chou Tzuyu.

Ela ainda não está olhando pra mim, e isso me faz sentir patética, enquanto estou quase desmaiando por ela, ela nem ao menos me olha só de calcinha em suas costas.