O Herdeiro Bastardo

191 12 1
                                    

O jovem entrava pela porteira com seus trajes simples pro velório de um grande fazendeiro, o senhor Álvares era dono e senhor de toda aquela região, não tinha ninguém que ele não mandasse nem mulher que ele quisesse e não tinha sexo.

Dentro de casa Severiano estava ao lado de sua mãe e a jovem esposa que não lhe largava um instante, aquele clima estranho, triste e melancólico não lhe fazia muito bem, principalmente em sua gravidez.

- Aguente firme menina, tem que está ao lado do seu marido, sua filha não precisa de você agora me entendeu? _ falou duramente e olhou severamente pra Consuelo.

- Mas senhora... _ tocou o ventre e se afastou indo até a cozinha e parou na porta cansada.

Ela já não aguentava e segurou seu ventre, encostou na parede e respirou fundo sentindo aquele clima ainda mais pesado, seu marido não ajudava em nada na

- Senhora se sente bem? _ o rapaz tocava seu ventre e sentia os chutes do bebê.

- Minha nossa ele nunca ficou assim, que passa? _ suspirou e viu ele a olhando com curiosidade _ você quem é?

- Frederico Rivero _ falou bem perto da barriga dela e o bebê foi ficando menos agitado _ é um prazer lhe conhecer bebê, mas tem que ajudar sua mãe agora.

Ele foi tirando as mãos lentamente e a olhou com aquele olhar sem vergonha e se encostou na parede, passou a mão nos cabelos e sorriu pra ela, uma mulher tão bonita era difícil de se achar naquelas terras, Consuelo era uma linda loira que não passava dos vinte com certeza e ele perto de completar dezoito já era o galã da região.

- O que faz aqui? Quem é esse moleque? _ o homem era grande e grosseiro como seu pai _ tem que ficar ao meu lado!

- Eu sou.... _ antes de terminar de falar o homem foi embora _ grosseiro, não nega no sangue que tem.

Ele abaixou a cabeça e foi até a cozinha encontrando Vicenta e correndo até ela lhe abraçando, os dois tinham uma conexão antes mesmo dele nascer, segredos familiares que nunca nem ninguém saberia além dela e o homem que estava sendo velado na sala.

- Eu recebi o seu recado, mas não entendo porque eu vim pra cá? _ teve os botões fechados da camisa e o cabelo penteado por ela.

- Senhor Álvarez era seu padrinho, lhe tinha apreço menino _ puxou ele pra mesa e lhe serviu um café e um pedaço de bolo _ tem que mostrar respeito.

- Respeito? O velho era um sem vergonha _ bateu na mesa e a encarou com raiva, mas logo se arrependeu e abaixou a cabeça _ me desculpe Vicenta.

- Você é muito melhor que ele, não se deixe enganar _ fez ele olhar em seus olhos _ Frederico Rivero seu futuro vai ser grandioso.

- Mamãe o patrão está chamando a senhora _ Raquel parou e olhou o rapaz de olhos verdes penetrantes e suspirou desviando seus olhos dos dele _ e onde está as taças que foram da mãe do patrão?

- Eu vou indo, as taças estão no depósito, chame um dos peões pra ir com você _ enxugou a testa do suor, ela era um morena de belas curvas e olhos cor de mel que deixava qualquer homem babando.

- Deixa que eu vou com ela Vicenta, um peão pode se passar com ela e não quero isso _ levantou e olhou a mulher sorrindo.

- Tudo bem, vá com ele e tomem cuidado _ saiu quase correndo.

MI DULCE FIERAOnde histórias criam vida. Descubra agora