TW: Drogas e bebidas alcoólicas
Atsumu já batia o pé de ansiedade na frente da entrada do jardim do campus. Acho que ele já tinha checado o seu celular diversas vezes só pra ver se Sakusa iria mandar alguma confirmação ou algo assim, mas nada, ele estava começando a achar que o número de celular que ele o enviou estava errado e que ele mandou mensagem pra uma senhora ou algo do tipo.
Cansado de ficar preocupado com o horário, começou a olhar o jardim, ele era incrivelmente bonito. As cercas vivas e os arbustos cercavam a área florida das mais variadas cores no meio do campus de concreto, no meio da tão movimentada Tokyo. O cheiro fresco das flores e folhas provavelmente foi o melhor cheiro que ele sentiu em semanas e admite que o lembrou muito de sua casa e da roseira que sua mãe havia plantado antes de falecer e como ele cuidava dela religiosamente. Ele ficou pensando se seu pai estava cuidando bem da planta.
Um galho se quebrando o tirou de seus devaneios e Atsumu virou bruscamente, assustado, em direção ao barulho: Era Sakusa. Ele estava com uma calça jeans azul clara, moletom e tênis brancos como se tivesse acabado de sair da fábrica, o seu cabelo encaracolado preto era a única coisa mais escura naquele conjunto, que constratava muito bem junto de seus olhos cor de noite.
- Oi, já achei que não viria. - Disse Atsumu para quebrar o gelo que mal havia se instalado, rindo de nervoso.
- Oi. - Sakusa respondeu seco, Atsumu tinha esquecido de como a sua voz soava.
Ele já conseguia sentir as suas mãos suando e então perguntou:
- Vamos entrar? Tem um banco ali perto daquela árvore, podemos sentar lá.
Sakusa apenas concordou com a cabeça e eles entraram em silêncio e se sentaram embaixo de uma árvore linda repleta de flores amarelas. Quando sentaram, o silêncio continuou a reinar, a única coisa que se escutava eram os pássaros, o vento e um barulho suave do pequeno lago artificial que tinha a alguns metros de distância. Com medo, ele olhou para Sakusa, ele estava com medo dele estar olhando de volta mas se deparou com o menino olhando para cima, observando sem pressa as flores e suas pételas que as vezes caiam. Atsumu estava admirado, aquela cena provavelmente ficaria na sua cabeça para sempre.
Atsumu abriu a boca para falar alguma coisa bem banal mas foi cortado por Sakusa:
- Por que me chamou para vir até aqui? - Perguntou ele sem nem virar o rosto para Atsumu que estava extremamente confuso.
- Eu... É, eu te chamei por... por q-- —Ele tentou terminar mas foi cortado de novo em meio a frase embananada dele.
- Você me chamou para um encontro? - Sakusa perguntou de novo já se voltando pra ele e olhando no fundo de seus olhos cor de mel. Pelo jeito o seu bilhete não ficou tão amigável quanto ele tinha achado.
- Não! - Respondeu já vermelho de vergonha. - Eu só queria conversar mesmo... Tem problema?
Sakusa suspirou e olhou novamente para as flores acima dele.
- Não, está tudo bem... Mas deve ter algum motivo além de só conversar.
Atsumu estava petrificado, não tinha muito para onde correr e tentou repassar em sua cabeça todas as possíveis desculpas que ele podia ter dado — Droga, ele era tão bom em inventar mentiras brancas para manter a compostura mas havia algo naquele menino que quebrava as suas pernas. Ele decidiu falar a verdade:
- Bem, ok, existe sim um motivo. - Falou suspirando e olhando para as suas mãos. - Lembra no corredor depois da festa? Bem, eu meio que não lembro de nada e isso estava... está, na verdade, me assombrando. - Sakusa o olhou novamente. - Você é uma pessoa que me intriga, desde que te vi no interclasses e fiquei com medo de ter falado besteira por que eu estava muito bêbado. - Decidiu olhar para cima de novo e se encontrou com os olhos de Sakusa, totalmente inesprexivos mas extremamente focados fazendo Atsumu ficar ainda mais envergonhado. - Mas... Mas eu queria era fazer amizade, você me parece alguém legal... - E terminou olhando para o jardim completamente roxo de vergonha.
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Escrevi Sobre Você
FanficA falta de palavras normalmente afasta as pessoas, porém despertou curiosidade em Atsumu. Nas páginas do seu diário improvisado ele descreve momentos em que uma nova fase se inicia em sua vida. Em meio a festas, álcool, beijos, trabalhos e muito est...