love of my life

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— Amor, pra onde estamos indo? — Minji perguntou no banco de passageiro.

— É surpresa, eu já disse — Yoohyeon respondeu suspirando, pois já não era a primeira vez que a namorada lhe perguntava.

— Tem certeza?

— Espera só mais um pouco, vida, Já estamos chegando — respondeu tirando a mão da marcha para entrelaçar com a da namorada.

Minji se conformou com a resposta e apenas voltou a olhar pela janela, pensando longe.

Desde que conheceu Yoohyeon ela já sabia que a amava, e queria ficar perto dela, e com o namoro esse sentimento se fortificou. Ela já não conseguia se imaginar longe da mais nova. Porém, como nem tudo são flores, as coisas estavam começando a ficar difíceis novamente e seus pais eram os principais culpados.

Desde sempre seus pais apoiaram a si a sua irmã, não se incomodando com as decisões que elas tomavam na vida, no entanto algo que era exceção a isso era o seu relacionamento. Por ser mais velha ela era sempre mais cobrada a amadurecer mais rápido e ser um exemplo para sua irmã. Por isso, quando seus pais se deram conta que Jimin já estava noiva e Minji ainda estava num "namorico" de escola eles não puderam ficar parados, fazendo de seu novo objetivo casar a filha mais velha.

Arrumar alguém disposto a casar com uma bela moça não era um grande desafio para os progenitores, que arrumaram tanto homens quanto mulheres que estivessem interessados na filha para apresentá-los, pois na cabeça deles a atual nora não queria um compromisso sério e duradouro com a filha.

Mas negar investidas não estava sendo eficiente, então Minji decidiu falar com os pais, o que não adiantou.

Ela ficou aborrecida, não por motivos próprios, porquê ela não se incomodava a negar cada ser que aparecia na sua frente, mas sim pela sua namorada. Ela percebia como Yoohyeon ficava chateada com isso, mesmo conversando e garantindo que nunca a largaria, Minji sabia que ela não conseguiria fazer vista grossa para sempre.

— Chegamos, vida — a motorista falou carinhosa tirando a mais velha dos pensamentos.

Ela olhou em volta e se admirou com o lindo restaurante em sua volta. Era feito de tijolos e coberto por uma folhagem, repleto de luzes amarelas penduradas e uma vista incrível da cidade.

— Que lugar incrível! — exclamou animada saindo do carro.

— Sabia que ia gostar — a outra disse, pegando a mão de sua namorada e guiando-a — vem, vamos entrar.

Minji foi sendo puxada enquanto admirava tudo à sua volta, nem percebeu quando a namorada falou com a atendente e elas foram guiadas mesa na parte externa, de frente para a linda vista.

— É a melhor surpresa do mundo, só queria saber o que estamos comemorando — Minji perguntou arqueando a sobrancelha.

Yoohyeon suspirou, sabendo que não poderia esconder nada por muito tempo.

— Bom, é que… Você sabe que eu te amo muito, não é? Tipo, eu realmente amo você e…

— Pare de enrolar antes que eu tenha um infarto, mulher!

— Bom, eu não estava pronta pra falar isso agora, mas tudo bem — ela suspirou tomando fôlego — parece simples demais, mas esta é a questão mais decisiva que já fiz a alguém. Eu quero uma vida ao seu lado, para sempre. Eu quero construir uma vida com você, sem me importar com seus pais ou qualquer coisa. Mesmo não estando pronta pra isso ainda, tudo o que mais desejo é fazer você feliz. Por isso eu te pergunto: casa comigo, Kim Minji?

A garota loira ficou estática, olhando para a caixinha de veludo nas mãos da namorada que tremia levemente. Ela encarou os olhos doces de Yoohyeon, que agora esboçava um semblante preocupado.

— Amor, eu te amo tanto — ela disse com lágrimas nos olhos, colocando suas mãos sobre as de Yoohyeon e fechando a caixinha — amo tanto que sei o que está acontecendo. Eu nunca vou querer me separar de você, ok? Nunquinha por nada nesse mundo. Não precisamos fazer nada disso agora porquê eu vou ser sempre sua, não importa o se formos namoradas, amigas ou casadas, meu coração é todo seu. Não precisamos nos forçar a adiantar as coisas.

Yoohyeon derramou algumas lágrimas, sorrindo sentindo-se aliviada. Ela se aproximou de Minji e a abraçou o mais forte que conseguiu, sendo correspondida da mesma forma.

— Você é o amor da minha vida.

Elas se separaram e sorriram felizes uma para outra. O aperto em Yoohyeon já não tinha espaço no seu coração, pois já estava tomado com a felicidade.

— Mas essas alianças não podem ser desperdiçadas — Minji disse abrindo a caixinha novamente.

Ela pegou a mão da namorada, retirando a velha aliança de namoro e substituindo por aquela simples e simbólica aliança. Yoohyeon fez o mesmo e sorriu boba, sentindo-se sortuda por ter a melhor namorada do mundo.

As duas garotas estavam perigosamente próximas, ouvindo apenas a chuva e a música calma ressoando pelo salão.

— Promessas são promessas, não é?

Ela riu leve e inclinou levemente a cabeça, roçando seus lábios nos dela, contornou com a língua sua boca, guardando aquele sentimento gostoso de frio na barriga.

Siyeon respirou profundamente, antecipando o beijo. Ela emoldurou o rosto dela com as duas mãos, acariciou os lábios entreabertos, admirada ao vê-la umedecer os lábios com a ponta da língua em um convite silencioso para que unisse suas bocas em um beijo.

Então, finalmente, os lábios se encontraram.

Ambas sentiram-se inebriadas de prazer e paixão em um único beijo, o primeiro beijo deles, o primeiro de uma série, Siyeon prometeu que sim. O beijo que traduziu sem todas as palavras o sentimento de emoção, fantasia e romance.

Tudo naquele beijo parecia certo. O gosto da champanhe de Siyeon misturado com o gosto leve e doce de Bora misturando-se. A mão cuidadosa da arquiteta que pressionava e delineava sutilmente a lateral do corpo da mulher em sua frente, cada vez mais juntando os corpos juntos. A mão da menor nos cabelos úmidos e negros como a noite. As pernas que praticamente se acariciavam nos locais certos causando leves arrepios em ambas.

Elas estavam quase provando que duas pessoas conseguiam sim ocupar o mesmo lugar quando infelizmente o beijo foi interrompido, o ar se fez necessário. Enquanto recuperava o oxigênio perdido, Siyeon depositava vários beijinhos no canto da boca, mordiscando, lambendo e Bora continuava com os olhos fechados, absorvendo todo aquele carinho completamente derretida nos braços da outra.

— Acho que devíamos ir — Embora disse, tentando convencer a si mesma da sua própria fala.

— Vamos, podemos ir ao meu apartamento. Espere um pouco até eu achar minha bolsa com a chave  — ela disse dando um último selinho e se afastando relutante, procurando entre as cadeiras de estava sentada torcendo para sua bolsa ter sido esquecida ali.

Enquanto Siyeon procurava, Bora pegava seu celular e seus saltos num canto da sala. Saiu discretamente com um peso no coração, mas esse era o combinado e ela não o quebraria.

Quando Siyeon achou a bolsa embaixo de uma das cadeiras, olhou em volta e chamou por Bora, porém logo conformou-se que tinha sido abandonada e foi para casa sozinha, mas não triste, pois não iria desistir fácil daquela baixinha com ideias esquisitamente fofas.

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⏰ Última atualização: Jan 24 ⏰

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