Alerta de mudança

Algo de errado.

U

ma semana se passou. Quase não tive progresso, Sophie Carter não deu as caras ainda, acho que meu trabalho vai acabar sendo uma releitura do Gasparzinho ou que nem aquela música " A voz do anjo sussurrou no meu ouvido...", mas vou manter minha paz. Peter ainda não está colaborando muito, mas paciência, já descobrir que ele é fissurado em programas culinários. Isso é um progresso, mesmo que pouco. Mas, agora sei como iniciar a minha abordagem com ele. Kate ainda está na disputa acirrada com seu vizinho, essa semana ela estava vestida que nem aquele pessoal "paz e amor". Cada uma viu. Joy, continua sendo Joy, pregando peças uma atrás de outra no senhor resmungão e exalando positividade e alegria por onde passa.

O que quase me mata estando aqui é a saudade de casa. Cada ligação para minha mãe e para o Carlos é ao mesmo momento muito boa por me fazer senti mais próxima deles mesmo a km de distância, mas também é dolorosa por me deixar extremamente ciente que eu estou tão longe de casa. Dizer que eu me acostumei morando sozinha é uma mentira, de vez em quando me pego chegando em casa e procurando algum deles para contar algo estranho mais uma coisa sem noção que eu fiz. Mas é ai que a realidade vem e me acerta em cheio, porque eles não estão aqui. Às vezes é solitário, confesso, mesmo tendo a Joy e as outras pessoas que chegaram na minha vida, ainda é solitário. Talvez, eu me acostume com dias uma hora ou outra.

Hoje é exatamente um dia assim. Parece que qualquer coisa que eu olhe reflete meu estado melancólico. A fim de distrair minha mente, decidi passar a manhã na cafeteria, uma vez que as aulas do torno matutino foram dispensadas. Então, eu segui para lá por volta das oito e meia da manhã. Como se esperava, por conta do horário a cafeteria estava cheia, então tive que me sentar nos banquinhos do balcão. Peguei meu notebook e comecei a fazer as pesquisas necessárias para as alas do período da tarde, tudo estavam de acordo com o normal da minha rotina, até meu pedido chegar.

Talvez se pergunte o que tinha de errado, bom vamos lá. O cappuccino estava lá e o bolo também, as duas coisas que eu sempre peço. Mas, essa manhã tinha duas coisas diferentes. Tinha um cupcake enfeitado com uma carinha sorridente de glacê e os disseres do post it, estavam particularmente diferentes:      

Meu cérebro entrou em um colapso, por mais que eu tratasse os posts its como uma coisa apenas minha, no fundo eu achava que eram apenas papéis genéricos. Tipo, uma versão repaginada dos ditados dos biscoitos da sorte. Então, eu comecei a me questionar se isso não era apenas fruto da minha mente solitária. Ainda balançada pelo recado, sorri e balancei a cabeça negativamente, completamente desacreditada.

Após sair desse momento irracional, olhei de novo o cupcake e o bilhete. Então, ergui minha cabeça e comecei a caçar quem poderia ter entregado o meu pedido ou escrito o post it. Uma vez, que eu não percebi nada antes do pedido chegar, já que estava submersa no meu próprio mundo enquanto pesquisava. Olhando ao redor, o café estava uma loucura, funcionários indo e vindo apressados, clientes chegando a todos momento enquanto outras saiam. Uma correria, uma sinfonia de ações em que me encontrava a procura de apenas um autor de uma dessas ações. Impossível, já que havia tantas probabilidades. Sou tirada da minha busca com o alarme do meu celular tocando, indicando que deveria me encaminhar para a universidade, e tentar conversar como meu professor e resolver a questão da vida de Gasparzinho.

Mesmo contra minha vontade, levantei me, paguei a conta e fui embora. Deixando para trás um olhar questionador e investigativo antes de me distanciar de vez da porta da cafeteria e seguir para meu próximo compromisso.

Eitaa Chiaraa, será que você era mesmo alguém tão não perceptível assim? 

hmmmm, cheirinho que coisa boa pelo ar!! 

Capítulo 2/2 prometido!

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bjinhoooos da tia Marta!!!