Capítulo 1.

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Hayley

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Hayley

— Pronto, a última caixa! — Disse papai eufórico limpando uma gota de suor que escorria de sua testa para seu nariz, ele se abaixou e colocou a caixa no chão perto do monte que havia empilhado ali.

— Sério? Ótimo, não aguento mais ficar aqui fora, a vizinhança toda parece estar nos odiando.

Enquanto meu pai ajudava os dois caras a descarregar a mudança do caminhão, alguns vizinhos nos olhavam às escondidas, uma tentativa em vão, pois, eu tinha percebido que éramos observados, excluindo a vizinha da frente, uma senhora que nos olhava em pé na sua varanda.

— Que isso querida? São só os vizinhos querendo nos conhecer, em cidades pequenas as pessoas são sempre gentis.

Sorriu e acenou para a senhora, mas a atitude dela não foi muito como ele esperava, a mulher o encarou com frieza, meio desconfiada.

Papai arqueou a sobrancelha esquerda, surpreso com a atitude rude da senhora, olhou para as outras casas da rua e esticou os braços para cima se alongando.

— Talvez ela nos traga uma torta de boas-vindas — Afirmou irônico.

Eu invejava sua animação.

Fomos então para dentro conhecer nosso novo lar, ele abriu a enorme porta branca e me esperou na entrada do hall com um sorriso gigantesco, como se tivesse ganhado na loteria, quando passei pela abertura ele me fez reverências. A casa por dentro tinha um tom pastel e o teto tinha lindas molduras de gesso.

— Bem-vinda ao novo lar Hayley! — Me ofereceu um sorriso entusiasmado ao que analisava à sua frente a escada larga, com um corrimão de madeira.

— Obrigada! — Agradeci sorridente, o chão em preto e branco abaixo de mim, parecia um grande tabuleiro de xadrez. Virei para ele e como se ainda tivesse oito anos, abaixei agradecendo como se fosse uma princesa segurando na barra do vestido, um sorriso paternal adornou seus lábios.

Um pouco patético para minha idade, eu tinha que admitir...

Na parede à minha direita havia um espelho enorme, uma pequena mesa logo abaixo estava enfeitada com alguns de nossos quadros já bem-dispostos. Minha mãe estava ali há tão pouco tempo, mas fez questão de abrir a caixa onde estavam nossos quadros e os álbuns da família e escolheu os que mais gostava para enfeitar a mesa.

Subi as escadas deixando para trás meu pai que praguejava algo ininteligível, enquanto olhava para seus sapatos sujos, lá em cima havia um corredor não muito grande com quatro portas para os nossos respectivos quartos, os dormitórios eram dispostos de dois a cada lado, o meu com certeza seria o último da esquerda, não liguei muito sobre a escolha dos quartos, pois, queria ficar com o sótão, mas minha mãe não deixou, achou a ideia muito desagradável, disse que era como se ela e Sebastian me fizessem de prisioneira, ou estivessem me escondendo.

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