𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑

'•° chapter: 02

• 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑 •

oi oi
Segundo capítulo, mores.
BOA LEITURA

°°°

Eu acordo na manhã seguinte mais cansada do que de costume. Julie acordou duas vezes durante a noite, o que não acontece com frequência, mas depois que seus dentinhos começaram nascer, ela tem ficado bem enjoadinha e, ao tentar fazê-la dormir novamente levou tempo demais, me fazendo passar parte da noite acordada.

Eu olho as horas, ainda é cedo para sair da cama após a noite cansativa, principalmente quando a pequena ainda está dormindo. Acredito que nem Camila tenha saído para o trabalho ainda. Então, eu decido tentar dormir novamente, mas não tenho sucesso, já que batidas fortes no andar de baixo me impede. Eu levanto indo até a janela e lá está ele.

A porra do meu vizinho.

Cole está com um martelo na mão e volta a bater em uma tábua com toda força que existe naquele braço grande e musculoso. Mas porque tão cedo?

- Mas que merda. - Esbravejo fechando a janela novamente.

Eu volto para a cama, mas as batidas não param. Julie se mexe no berço e eu torço mentalmente para que ela não acorde. As batidas continuam, agora mais altas e fortes do que antes.

- Filho da...

Eu saio do quarto e desço a escada como se estivesse pisando em brasa, seguindo para fora de casa, passando pela porta e indo até a casa ao lado, mais especificamente falando, para casa de Cole. Ele não me nota quando atravesso o gramado na frente da casa dele até a lateral da mesma, onde ele está junto ao monte de tralhas.
Eu me aproximo e a bagunça terrível formada ao seu redor parece ainda pior de perto.

Mas eu ignoro aquilo.

- Será que você pode parar com essa barulheira toda? - Digo fazendo ele se virar para mim.

Ele me olha da cabeça aos pés, por um instante me fazendo odiar a forma como ele me olha, mas aí eu meu dou conta que devo está descabelada por ter acabado de sair da cama e ainda estou com um short minúsculo e uma blusa fina demais para está fora de casa. Eu cruzo os braços sobre o peito, e só então ele me olha nos olhos.

- Eu te acordei? Acordei a bebê? - Ele olha em direção a minha casa.

- Ela não acordou, ainda. Mas ela acordou varias vezes durante a noite e eu estou cansada. - Digo um pouco irritada. - E eu adoraria poder descansar enquanto ela não acorda, mas com você batendo nisso aí, é impossível.

Eu tento olhar o que ele está fazendo, mas ele não se move na minha frente, apenas me observa, atenciosamente demais. Eu avalio a rua, e está totalmente deserta, eu agradeço mentalmente. O que iriam pensar ao me ver a essa hora da manhã junto ao homem mais galinha do condomínio? E vestida desse jeito?

- Eu não quis acordar você. - Ele me avalia outra vez. - Gostei do seu pijama, aliás.

- Estava demorando, né?

- Ah, então você esperava um elogio assim que chegou, é? - Ele provoca.

- A última coisa que eu preciso para começar o dia é de um elogio seu, Sprouse. - Digo com um falso sorriso. - Mas começaria o dia muito bem se parasse de bater.

Nós nos encaramos por um instante, e eu acabo ficando um pouco sem graça por isso, principalmente pela forma como estou vestida. Eu desvio o olhar do dele e me afasto para mais um vez tentar ver o que ele está fazendo e não tenho sucesso, já que só vejo várias tábuas, pregos, fita métrica e algumas ferramentas.