'•° chapter: 15

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• 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑 •

Olá, pessoas.

BOA LEITURINHA 😘


°°°


Sair do quarto após saber o que tinha se passado ali dentro minutos atrás foi quase impossível. Sabendo como Lili estava se sentindo, como eu estou me sentindo com tudo isso, coisa que eu jamais pensei sentir em relação a alguém. Uma raiva imensa tomou conta de mim, me fazendo respirar fundo após fechar a porta do quarto. Pensar em Amy dando um tapa em Lili me fazia querer retribuir o feito, mostrar que nunca devia ter encostado nela e que Lili tem alguém que possa protegê-la, mas eu não podia fazer minhas vontades por diversas razões.

Eu voltei até o jardim, tentando não demonstrar a família de Lili como eu estava me sentindo. Precisei mentir para Tess a respeito de Lili não se juntar ao demais, a irmã quis ir até o andar de cima, dizendo que iria arrastar Lili do quarto a força, mas claro que eu não deixei, usei a desculpa que a própria Lili propôs. Foi o suficiente para fazer Tess ficar no lugar dela, mas não muito conformada.

A cada minuto eu conferia a hora, e não sabia ao certo se devia voltar para quarto e poder ficar com Lili, tentar de alguma forma fazê-la se sentir melhor, aconchegando seu corpo no meu, não seria uma má ideia, pelo menos não como está passando em minha mente agora, mas não sabia se Julie já havia dormindo. Os meus pensamentos foram para longe e a ideia de deixar o jardim também, já que nas vezes que tentei me despedir, fui impedido por Daniel e Alan, que insistiam para que eu ficasse mais um pouco.

Meia hora após isso se passou, meia hora ouvindo histórias que mais pareciam ter durado horas e horas.
E eu só pensava em Lili, em como queria está deitado naquela cama com ela, nem que fosse só a observando como na noite passada, ou beijando ela. Os pensamentos do corpo de Lili, dos seus lábios nos meus, de sua mãos pequenas em minha pele, me fizeram insistir em mais uma tentativa de sair dali, então eu fingi um bocejo, após tomar um gole já cerveja posta para mim, que inclusive, já amargava de tão quente. Quando Alan e Daniel tentaram me impedir outra vez, eu fiquei de pé.

- Desculpa, mas eu vou subir, estou caindo de sono. - Minto.

- Mas ainda tá cedinho, cara. - Alan disse. - Fica só até acabarmos as cervejas.

- É, só faltam algumas no cooler. - Daniel apoia o genro.

- Não, não. Vocês terão que aproveitar elas por mim. - Digo já me afastando. - Boa noite, nos vemos amanhã. Tchau cunhadinha.

- Tchau, cunhadinho. Fala para Lili que amanhã ela me paga.

Ela sorri e eu devolvo o sorriso antes de lhe dá as costas e seguir na direção da casa.

O primeiro cômodo da casa está vazio, mas o comodo a frente onde tem algumas cadeiras e uma decoração impecável, não. Amy está sentada em uma poltrona, com as mãos apoiadas nos braços arredondados do estofado, parece pensativa. Quando seu olhar encontra o meu, eu seguro a vontade de ir até ela é soltar umas verdades na cara dela, mas não iria valer a pena, então apenas desvio o olhar e sigo em direção a escada indo para o andar de cima.

Eu abro a porta do quarto vagarosamente, apesar de falar que eu gostaria de que Lili não tivesse dormindo quando voltasse, não sei se ela se manteve acordada por todo esse tempo, então precisava fazer silêncio, por ela e pela bebê.

Ao entrar no cômodo, ele está totalmente escuro, no bercinho Julie dorme tranquilamente e na cama, apena um monte embaixo do edredom me diz que Lili faz o mesmo. Eu esbravejo baixo, gostaria que ela não tivesse dormindo e que não tivesse me deixado na vontade mais uma vez. Vontade essa que eu mal sabia decifrar qual era. Eu sigo para o banheiro para tomar um banho e tirar o hálito de cerveja da boca, quando volto para o quarto, pego no armário uma cueca e shorts da forma mais silenciosa possível e os vestindo por baixo da toalha, e após guarda-la no banheiro, eu volto deitando na cama vagarosamente.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora