𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑

'•° chapter: 12

• 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑 •

BOA LEITURA

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COLE

Passar a tarde com a bebê de início pareceu uma péssima ideia, já que eu não costumava cuidar de crianças ou passar tanto tempo com uma assim.

Ir a casa de Lili e pegá-la no colo por alguns minutos, é uma coisa, mas passar uma tarde inteira cuidando da pequena? Por sorte, Julie não é trabalhosa, e por ter passado parte do tempo dormindo, eu não tive muito problema com ela, foi até tranquilo.

O meu problema foi não conseguir tirar Lili da cabeça, um minuto se quer.

Eu sabia que toda nossa proximidade poderia ser um problema a enfrentar no futuro, já que as coisas estavam seguindo um caminho diferente do planejado. Que Lili chamava a minha atenção isso já era óbvio, mas agora com tudo que venho sentindo...

E o último beijo.

Julie solta um gritinho me trazendo de volta a realidade. Ela acordou minutos atrás quando, sem querer, derrubei um livro de cima da mesinha ao lado da cama, mas acabei deixando ela no lugar já que ela não chegou a chorar. Eu sigo até ela e a tiro do berço, e quando ela sacode as perninhas pequenas, recebo isso como uma aprovação dela.

— Vamos dá uma voltinha? — Digo encarando seu rostinho inchado. — Você deve está com fome, né? Vamos fazer uma mamadeira então.

Eu saio do quarto com a pequena nos braços, em busca da mulher que Lili comentou sobre ter mostrado a ela como Julie gosta da mamadeira e lhe pedindo para fazer uma quando ela acordasse, eu particularmente preferi não arriscar em fazê-la, apesar de cozinhar bem, com certeza a mamadeira não sairia como a bebê gosta.

Eu mal alcanço a escada quando uma voz chama minha atenção, e eu não precisei me virar para saber de quem se tratava.

— Onde está indo? — Amy perguntou se aproximando com a cara fechada.

— Não se preocupe, não irei fugir com sua... com a Julie, eu só estou indo fazer a mamadeira dela. — Digo apenas e lhe dou as costas. Mesmo que tenha sido um pouco rude, não me importei.

Ela volta a falar.

— Lili é mesmo muito irresponsável por deixar a menina assim e ir passar a tarde toda fazendo, sabe lá o que. — Ela diz com uma indiferença imensa.

Eu poderia apenas dá as costas e ignorar essa mulher e sair para fazer o que tenho que fazer, mas ouvir a forma como ela se refere a própria neta e a própria filha me deixa extremamente furioso a ponto de não conseguir fingir que não a ouvi.

— Se você ao menos se importasse com sua filha, saberia que ela acompanhou sua outra filha para provar o vestido do casamento. — Ela parece não se importar. — E Lili não é irresponsável. Ela iria levar Julie, mas eu me ofereci para ficar com ela.

— Esse... — Ela inclina a cabeça na direção da bebê. — ...não foi o brinde que você imaginou ganhar ao se relacionar com uma mulher, não é? — Eu não a respondo. — Não acha que poderia encontrar coisa melhor?

— Você está me zoando, não está? Como pode falar isso? Como pode se referir a sua própria neta como se ela fosse um objeto? — Ela exibe um expressão neutra. — A senhora consegue ser bem desnecessária quando quer.