Os Mistérios

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Davi pegou a foto rapidamente, foi até o banheiro, jogou todas elas na privada, e deu descarga.
"Se a Valéria visse as fotos!"- Ele pensou.
"Posso entrar, Davi?"- Valéria perguntou mais uma
"Ah, pode entrar sim, está tudo tranquilo!"- Ele falou. Valéria e a filha entraram em casa, e acabaram avistando o nervosismo dele.
"Aconteceu alguma coisa?"
"Não, por que?"- Davi tremia.
"Ué, Davi, nosso apartamento foi assaltado."- Valéria olhou desconfiada.
"É, mas eles não levaram nada!"
"Tem certeza, pai?"- Mônica disse indo até seu quarto.
"Eu olhei todos os cômodos!"
"Então tá!"- Mônica respondeu.
"Mesmo assim, amanhã vou até a delegacia prestar queixa."- Davi.
"Sim!"- Valeria apenas concordou.
Davi foi arrumar a maçaneta da porta, Valéria e Mônica foram para o quarto. Enquanto isso, no hospital, a professora Helena estava no quarto, ela ficou lembrando da visita da Suzana.
"Como a Suzana teve capacidade de fazer isso comigo?"- Ela falou para ela mesma.- "Não posso ficar aqui parada, eu tenho que achar minha família."- Ela olhou para os lados, e tentou se levantar.- "Agora, é hora, vou sair daqui!"- Quando se levantou da cama, Helena acabou desequilibrando, e acabou caindo no chão, consequentemente fez um enorme estrago.- "Aí! Aí! Aí!- Ela reclamou de muita dor. Os enfermeiros vieram ver o que aconteceu, então viram a professora Helena no chão.
"Professora Helena!"- Ajudaram a colocar a mulher de volta na cama.- "Como a senhora caiu?"
"Tentei me levantar, mas acabei caindo!"
"Não pode se levantar, a sua perna ainda está machucada, além de sobre medicamentos, não conseguiria ir muito longe."
"Eu preciso ver a minha filha, e o meu marido!"- Ela falou desesperada.
"A sua filha e o seu marido não foram encontrados."
"Então preciso sair daqui, para encontrá-los."
"Amanhã vou pedir para entrarem em contato com a polícia, assim solicitar a busca de desaparecidos."
"Não podem fazer isso?"- A professora Helena ficou com medo da Suzana machucar a sua filha.
"Mas a senhora não está preocupada com eles?"
"É, mas prefiro que seja feito à minha maneira."
"Olha, a melhor maneira de resolver essa situação, só pode ser comunicando a polícia!"
"Tá bom! Mas espero que não seja agora, preciso pensar um pouco!
"Tá bom!"- Os enfermeira colocaram os medicamentos
As horas se passaram, já era segunda-feira, a semana estava começando para todos. Na delegacia, Davi, Valéria e Mônica foram prestar queixas sobre a invasão do dia anterior.
"Foi isso que aconteceu, juiz!"- Davi pronunciou-se nervoso.
"Mas eles não levaram nada?"
"Não!"
"Estranho…"- O delegado começou andar de um lado para outro.- "Eles não colocaram nada?"
"Por que pergunta isso?"
"Geralmente, quando criminosos invadem uma casa, é pra roubar ou colocar alguma ameaça, tem certeza que não repararam nada de errado na casa de vocês?"
"Já dissemos que não!"- Davi se alterou.
"Que isso, Davi?"- Valéria ficou olhando desconfiada para ela.
"Não é nada, Valeria!"
"Calma, senhor Davi!"- Delegado.- "Estamos aqui para ajudar."
"Desculpa, delegado!"- Davi ficou um pouco mais calmo.
"Tudo bem… Vou iniciar uma investigação, para averiguar melhor o crime!"
"Tá bom, delegado!"- Valéria.
"Então, vamos embora, mãe!"- Mônica foi a primeira a se levantar.
Enquanto isso, na mansão Rivera Medsen, Cirilo estava tomando café da manhã, quando a Maria Joaquina apareceu, e falou:
"Bom dia!"- Cirilo se levantou.
"Bom dia!"- Ele foi passando por ela, mas logo falou.- "Quando chegar hoje do hospital, vou pegar as minhas coisas, e ir para o apartamento que aluguei."- Maria Joaquina segurou o braço dele.
"Como?"
"Não vejo nenhuma razão para ficar, se não estamos mais juntos."
"O que vai fazer com os nossos filhos?"
"Vou conversar com eles, mas não vou ficar aqui!"
"Cirilo, só pedir um tempo, não para você ir embora."
"Como você mesma disse, a nossa convivência junto está sendo um fracasso, e um tempo é um tempo, então será melhor assim."- Ele foi para o quarto.
Horas depois, na casa da Alicia, Valeria estava conversando com a dona da casa, e ela falava sobre a noite anterior.
"Mulher, quando cheguei vi a porta aberta fiquei com tanto medo, mas pelo menos não aconteceu nada de mais."
"Eu imagino, Valéria! Mas tem certeza que não levaram nada?"
"Reparei nas minhas coisas, e não senti falta de nada!"
"E o Davi?"
"Não sei, mas ele está tão estranho, que até chegou grita com delegado!- Valéria fez Alicia.
"Será que ele está naqueles dias?"- As duas sorriram.
"Achei estranho!"
"Melhor não colocar coisas na mente."
"Verdade!"
Enquanto isso, na escola, Sam estava sentado junto com a turma, e ao lado da sua irmã.
"Contamos a verdade para eles?"- Ruby não entendeu.
"Está falando do que?
"Sobre conversa do nosso que ouvi no bar!"
"É claro que não, já arruinou o casamento dos nossos pais... vai querer acabar o tia Valéria com tio Davi? Isso destruiria a Mônica."
"Olha só, você está pensando nos outros, e não só em você!"- Ele riu dela.
"Pelo menos, tenho cérebros!"
"Do que adianta, se a senhorita não usa!"- Ruby bateu nele.
"Fala direito comigo!"- Sam ficou se protegendo.
"Parem de brigar!"- Lissa falou seria, então Ruby cruzou os braços.
"O que vocês estavam falando?"- Mônica.
"Como assim?"- Ruby
"Cheios de segredinhos!"- Eduardo.
"Nós somos irmãos, caso não tenha percebido!"- Ruby.
"É que descobri uma coisa."
"Sammy!"- Ruby fez careta pro garoto.
"O que descobriu?"
"Tem mais uma pessoa que está agindo contra os nossos pais!"
"Quem?"- John.
"Uma tal de Larissa!"
"Eu já ouvi falar desse nome!"- Marianne.
"Onde?"- Ruby.
"Minha mãe falou alguma coisa, dessa mulher ter convidado seu pai quando criança, e ter dançando com ela."
"Será que meu pai traiu essa mulher com a minha mãe?"- Sam ficou com dúvida.- "Para ela querer se vingar…"
"Isso é interessante, então temos que continuar investigando."- John sentenciou, quando sinal tocou, eles foram para sala de aula.
Enquanto isso, no hospital, Cirilo já se encontrava no quarto de Helena, ele fazia todo procedimento que um médico tinha de fazer, quando terminou foi falar com sua ex professora.
"Fiquei sabendo que a senhora tentou se levantar!"
"Eu queria ir ao banheiro!"
"Sei que a senhora tentou ir atrás do professor Renê e sua filha, mas nessas circunstâncias não tem como fazer isso."- Cirilo deu uma bronca em sua ex professora.
"Sim, por que não me falou que minha família tinha sumido?"
"Não quis te preocupar a senhora... Mas quem contou isso para a senhora?"- A pergunta do Cirilo deixou Helena assustada.
"A enfermeira!"
"Não faz sentido, se você tentou antes deles entrarem aqui!"
"Desculpa, Cirilo! Eu não posso falar…- Helena abaixou a cabeça.
"Tudo bem!"- Cirilo olhou desconfiado.
As horas se passaram, na mansão Medsen, Maria Joaquina conversava com a mãe.
"Meu casamento está por um fio, mãe!"
"Por que, filha?"- Clara ficou preocupada.
"Eu e Cirilo estamos sempre brigando, então pedi um tempo a ele."
"Pensei que o amava!"
"A senhora não sabe o quanto, mas um pouco de espaço pode fazer bem."
"Filha, seja sincera com sua mãe, não tem outra pessoa?"
"Não, mãe! Nunca vou deixar de amá-lo, ninguém vai tirar esse sentimento."
"Então para que tempo?"
"Preciso pensar, como eu disse, um tempo fará bem."
"Se você acha que isso está certo, então não vou opinar."
"Só queria desabafar com a senhora!"
"Entendo!"- Clara abraçou a filha.- "Sempre que precisar da sua mãe, estarei aqui."
"Obrigada, mãe!"- Maria Joaquina sorriu para sua mãe.
No final da tarde, Davi estava no seu escritório, vendo as papeladas, para o procedimento de uma que ia ter na cidade, quando seu celular tocou, e ele atendeu.
"Alô!"
"Muito esperto, Davi!"- Falou a pessoa rindo.
"Quem está falando? Do que estão falando?- Davi levantou da cadeira.
"Muito esperto jogar as fotos na privada, para a esposa não ver... Mas será que isso é suficiente, Davi?"
"O que você quer?"- Ele gritou nervoso.
"Quero que me encontre no endereço em que vou te enviar!"- A pessoa desligou, e Davi ficou com medo.
"Droga!"- Davi deu um soco na mesa.
Na mansão, Cavalieri Garcia, Jorge e Margarida estavam na sala com seu filho.
"Filho, como está indo no colégio?"- Jorge perguntou.
"Eu e a Lissa somos os melhores da classe!"
"Puxou o paizão aqui!"- Jorge sorriu.
"Espero que não seja orgulhoso, o quanto!"
"Eu sei que você adora!"- Jorge beijou o rosto da Margarida.
"Convencido!"- Margarida.
"Vocês não sabem, mas acho que o pessoal do primeiro está armando alguma coisa."
"Por que?"- Margarida ficou curiosa.
"Eles estão sempre falando coisas do passado dos pais, mas não sei porque!"
"Sério?"- Jorge ficou desconfiado.
"Sim, mas não sei o que é, pois sempre mudam quando chegamos perto."
"Hum!"
Margarida olhou para Jorge, mas não disse nada.
Enquanto isso, no local marcado, Davi chegava para seu encontro, entrou num restaurante chique, e se sentou, portanto ficou esperando.
"Cheguei, Davi!"- O rapaz ficou surpreso, com quem viu a sua frente.

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