O Envelope

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Passaram duas semanas desde que Maria Joaquina pediu um tempo ao Cirilo, com recentemente ele se afastou dela, mas se manteve ao máximo na vida dos filhos. Essa distância não afetou somente os dois, mas também a vida dos filhos, principalmente de Lissa que mudou muito seu comportamento.
Ela estava sentada na escola lendo um livro sozinha, quando se aproximou algumas dela.
"Olhe só, Lorena… A chatinha da Lissa chorando!"
"O que você quer, Andressa?"- Lissa se levantou com raiva.
"Está irritada por quê?"
"Não é da sua conta…"
"Deve ser porque os pais dela vivem como cão e gato, quase se separando."- A Lorena sorriu.
"Não fale da minha família, pois vou ter um enorme prazer de calar a boca de vocês!"
"Como você é agressiva, seus pais não te deram educação?"- Andressa fez cara de nojo.
"Sim, mas não aprendi muito!"- As meninas deram língua para ela.- "Como vocês são infantis, agora saem daqui."
"Se você quiser, vem aqui, e nos tirem."
"Com muito prazer!"- Lissa puxo de Andressa que começou a gritar.
"ME SOLTA SUA SELVAGEM! ME SOLTA SUA SELVAGEM!"- As lágrimas nos olhos de Lissa corriam, junto estava toda sua raiva pelo que sentia naquele momento. Andressa tentava se soltar, mas não conseguia.
"Solta ela, Lissa!"- Disse Lorena desesperada, nisso criou um círculo entre as crianças mais novas, quando chegou o novo porteiro, e Carmen para separar as duas.
"Meninas, parem!"- Carmen segurou a Lissa, enquanto o novo porteiro ficava entre as duas.- "Posso saber por quê estão brigando?"
"Não!"- Lissa puxou a sua mão, e saiu dali do pátio correndo, sentou-se afastada de todos chorando.
"Lissa!"
"ME DEIXEM!"- Ela respondeu com raiva.
"Sou eu, Castiel!"
"Não importa, quero ficar sozinha!"
"Nós dois somos melhores amigos!"
"Mas quero ficar sozinha!"
"Tá bom!"- O garoto saiu.
Nisso o tempo passou, quando tocou o sinal, para irem a sala de aula, Ruby parou a irmã.
"Precisamos conversar!"
"Não quero!"- Lissa cruzou os braços.
"Você não tem querer, sou sua irmã mais velha!"
"Isso não significa que é ser a minha mãe."
"Quero saber por que você brigou? Nunca foi disso."
"Eu senti vontade."- Ela foi saindo, mas Ruby a segurou de novo.
"Espere!"
"Não posso, vou chegar atrasada na sala de aula, e não quero levar bronca da professora!"- Lissa saiu de perto da irmã.
"Conseguiu falar com ela?"- Sam parou atrás de Ruby.
"Ela é muito cabeça dura às vezes!"- Sam começou a rir.- "Do que está rindo?"
"Até parece que você não é assim, né."- Ele continuou rindo.
"Cala a boca, garoto! Em vez de ficar aí rindo, deveria acalmar ela, pois se continuar assim a mesma pode ser expulsa."
"Não se preocupe, eu sei falar com ela."
"Ótimo!"- Ruby saiu andando, deixando Sammy para trás, que balançou a cabeça negativamente.
Enquanto isso, no hospital, a professora Helena ia receber altas, já que ela estava sem nenhuma sequelas do acidente, Cirilo estava no quarto dela desligando todos aparelhos.
"Nem acredito que vou poder sair daqui!"
"A senhora está totalmente recuperada.
"Que bom, assim vou poder ir atrás da minha família."
"Professora Helena, a senhora sabe, onde eles estão?"- Cirilo lhe olhou seria.
"Não…"- Professora Helena respondeu nervosa.
"Tem certeza? As buscas serão muito mais rápidas, e a senhora terá eles mais rápido de você."
"Não faço a menor ideia onde estão."
"Tá bom!"- Cirilo apenas suspirou.
"Como vou voltar para casa?"- Ela ficou olhando para as suas coisas.
"Não se preocupe, o Jaime está ali fora, junto com a Valéria e Maria Joaquina para te acompanhar até sua casa.
"Obrigada!"- Helena deu um abraço no Cirilo
"De nada!"- Cirilo sorriu.- "Agora, vamos?"
"Sim."- Os dois foram até recepção.
"Professora Helena, que bom ver a senhora assim tão bem!"- Valéria correu, e abraçou sua ex professora.
"É verdade!"- Maria Joaquina.
"Você tem um excelente médico como marido, Maria Joaquina!"- As palavras da professora Helena, deixou os dois tensos.- "Disse alguma coisa errada?"
"Não, professora… O Cirilo realmente é um excelente médico!"- Ele sorriu, Jaime e Valéria se olharam.
"Vamos?"- Jaime.
"Claro, Jaime! Mais uma vez obrigada, Cirilo!"- A professora Helena cumprimentou mais uma vez o rivera, e foi para casa.
Já era o intervalo na escola, Ruby estava sentada pensando na reação da irmã mais nova, mas ao perceber alguém chegando.
"Me deixa, John!"- Ela falou revirando os olhos.
"Por que está aqui sozinha?"
"Não é…- Ela não terminou de falar.
"É da minha conta, se eu quero saber!"
"Como você é insistente!"- A mesma bufou.
"Seus xingamentos me incomodam mais como antigamente, agora vejo que faz isso para não se aproximar, e não confessar que me ama."
"É o que? Eu amando você? Se enxerga.."- Ela começou a ri nervosa.
"Posso provar que você me ama?"
"Duvido…"- Ela disse séria, quando John se aproximou, colocou a mão no rosto dela, e a beijou. Ruby tentou se separar, mas não conseguiu resistir, John colocou a mão na cintura dela, enquanto Ruby no rosto dele.
"Viu como você me ama!"- Ele sorriu entre os beijos.
"Cala a boca!"- Ela sussurrou.
"Eu te amo, garota!"- Ele continuou a beijando.- "Por que não me dar uma chance?"
"Não!"- Ela se afastou dele.
"Pelo menos escondidos?"
"Não!"- Ela se levantou, então saiu.
No outro lado do pátio, Sam foi até Lissa que estava saindo da sala da diretora.
"Tomou alguma advertência?"
"Sim, amanhã só vou poder entrar com a presença da mamãe ou do papai."- A mesma bufou.
"Vem aqui comigo!"- Ele levou até a guarda de educação física.
"O que estamos fazendo aqui?"
"Está vendo esse saco de pancada?"
"Sim… E daí?"- Ela não entendeu.
"Da um soco aqui com toda a sua força!"- A garota não entendeu, mas fez o que irmão pediu.
"Não entendi!"- Ela falou olhando para sua mão.
"O que sentiu quando deu do saco de pancada?"
"Um pouco mais leve!"
"Agora desconte neste saco toda a sua raiva que está sentindo."
"Por que?"
"Faz que estou falando, Lissa!"
"Tá bom!"- Lissa começou a dar vários soco, um atrás do outro, com isso as lágrimas nos olhos dela foram saindo, até que não conseguiu mais.
"Agora me conta o que está sentindo!"
"Por que os nossos pais têm que se separar?"
"Eles deram só um tempo, não é para sempre."
"Eles nunca foram assim, por que agora?"
"Os dois sempre foram assim, Lissa… Eles sempre brigaram por ciúmes um do outro, talvez essa distância termine logo com a desconfiava."
"Você sabe ver as pessoas chamando a sua família de imoral, por causa das brigas dos dois?"- Ela chorou abraçada no irmão.
"Não ligue para que eles dizem, e digo que a nossa família é melhor do que muitas"
"Só quero que eles fiquem juntos de novo!"
"Eu sei, maninha!"- Nisso chegou Ruby.
"Conseguiu acalmar a ferinha?"- Falou rindo.
"Não enche, Ruby!"- Lissa falou séria, enquanto Sam ficou olhando para a mais velha.
"O que foi?"
"Andou beijando alguém?"- Ele perguntou rindo.
"Do-do-que-que está fa-falando?"
"Seu batom está borrado!"- Lissa apontou.
"Aquele idiota me paga!"
"Pensei que não gostava do John!"- Sam caçou.
"Ele que me beijou, e não te interessa!"- O sinal tocou, e eles foram para sala de aula.
O tempo passou, Jaime, Valéria e Maria Joaquina chegaram na casa da professora Helena.
"Fiquem a vontade!"- Ela entrou, e viu a casa toda vazia.
"Nós iremos encontrá-los, professora!"
"É o que mais quero, Jaime!"- Ela abaixou a cabeça triste. Os três ali presentes deram todo apoio para a professora Helena.
No outro lado da cidade, na casa de Marcelina e Mario, Marianne conversava com sua irmã Vitória.
"Não acredito que Sammy pediu para ficar comigo, e depois ter ficado com a Ellen!"
"Mas foi você mesma que falou não!"
"Não era para ele levar a sério!"
"Desisti dele, Marianne! Você sabe que Ellen sempre foi apaixonada por ele."- Marianne revirou os olhos.
"Eu sei, mas também gosto dele."- Ela respirou fundo.
"Vamos mudar de assunto?"
"Tá bom!"
"Está chegando o aniversário da mamãe, que tal fazermos uma festa surpresa para ela?"
"Será que ela vai querer? Pois a mesma está sem empolgação nenhuma, por causa da filha da diretora Helena."
"Não precisa ser algo grandioso, só para não passar em branco."
"Primeiro falaremos com o papai, caso ele aceite, não vejo nenhum problema."
"Tá bom!"
As horas se passaram depois de ser deixada em casa, a professora Helena estava pesquisando na internet, uma forma de investigação, para encontrar sua família. Ela estava mexendo distraída no computador, quando sentiu uma mão atrás dela.
"Fica quieta, se não vou cortar a garganta da sua filha!"
"Gonzales e Gonzalito?"
"Tem boa memória, professora Helena!"
"O que vocês querem?"- Helena falou com medo.
"Como você é traíra, Helena!"- Suzana entrou no quarto.
"Do que está falando?"
"Você foi rapidinho contando para seus aluninhos sobre mim, mas não pensou que iria saber de tudo."
"Eu não falei nada!"- Helena tremia.
"Então me explique os seguranças disfarçados, que ficaram durante a semana disfarçados na frente da porta do quarto, quando estava no hospital?"
"Talvez, o Cirilo tenha se tocado, já que você entrou daquela maneira no quarto."
"Cala a boca, sua maldita!"- Suzana deu um tapa no rosto de Helena.
"Ficou louca!"
"Avise para o seu aluninhos, que casamento dele já está por um fio, talvez ele não queira que piore."
"Por que faz isso, Suzana?"
"Eu só quero o Renê, mas os seus alunos tem mania de se meter onde não deve, e bancar os super heróis."
"Não acredito que existem pessoas assim como você."
"Tome cuidado com as palavras, Helena! Quero ver você de boca fechada!"- Suzana apontou para os outros dois, então saíram de casa.
Enquanto isso… Davi estava na sua empresa, ele estava revisando alguns documentos, quando recebeu uma ligação, e olhou.
"Não acredito!"- Ele viu que era a Larissa, pensou em não atender, mas lembrou das ameaças dela.- "O que foi, Larissa?"
"Davi, você ficou de me ajudar a ter o Cirilo para mim!"
"Sim!"- Ele falou a contragosto.
"Ótimo!"- Larissa sorriu.- "Quero saber como anda a relação deles?"
"Maria Joaquina pediu um tempo para o Cirilo!"- Larissa faltou soltar fogos.
"Caraca que demais, quando pensou em me contar isso?"
"Não acho que estou fazendo o certo!"
"Também acho que não, mas você também não tem escola, melhor seu amigo comigo, do que você sem a Valéria!"- Larissa sorria.
"Você é uma cobra!"
"E você um traíra!"- Ela desligou o telefone na cara dele.
"Meu Deus, que um dia o Cirilo e a Maria Joaquina possam me perdoar!"
Com a notícia que Davi, Larissa estava soltando fogos, então ela decidiu ir ao encontro da rival.
"Vou acabar com você patricinha dos infernos!"- Larissa saiu de casa em direção a casa da Medsen.
Tempo depois, Maria Joaquina ia chegando do trabalho, quando saiu do carro, viu Larissa para de braços cruzados.
"Não mereço isso!"- Maria Joaquina foi até a rival.- "O que você quer?"
"Acabar com você de todas as formas possíveis, não sabe como eu te odeio, Maria Joaquina?"
"Seus sentimentos por mim eu não ligo, só quero ver você longe de mim e da minha família."
"Fiquei sabendo que deixou o caminho livre, para que eu e meu amante possamos ficar juntos!"
"Você é doente, garota… Merece urgentemente se tratar.
"Estou falando do Cirilo, já fizemos tantas coisas, enquanto ele dizia está trabalhando duro, deve ser porquê como algo trabalhado… Sabe?"
"Você não deixa de inventar?"- Maria Joaquina falou com ciúmes.
"Não estou inventando, sabes quando terminou com ele, o mesmo veio diretamente para os meus braços, e me fudeu com força até não aguentarmos mais."- Maria Joaquina se aproximou dela, e lhe deu um tapa no rosto.- "Agora que está livre, posso dar o amor que ele precisa, e o nosso filho também."
"Filho?"
"O Cirilo não te contou que temos um filho, com a idade igual da Lissa, parece até que é a cópia do Cirilo!"- Larissa entregou os envelopes.
"O que é isso?"- Maria Joaquina pegou o objeto sem entender.
"A prova que você foi chifrada o tempo todo, enquanto eu saboreie aquele chocolate negro durantes esses anos todos."- Larissa saiu, e deixou a Maria Joaquina com muita raiva.

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