Decisão

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"Fala logo, Margarida!"- Maria Joaquina estava nervosa.
"Realmente estou grávida!"- A mesma abaixou a cabeça.
"Parabéns, Margarida!"- Cirilo estendeu a mão, mas Margarida estava viajando.
"O que aconteceu, Margarida?"- Cirilo encostou na amiga, e percebeu que a mesma estava gelada.- "Margarida!"- Ela olhou para ele assustada.
"Não acredito que estou grávida!"
"Não fique assim assustada, o Jorge vai adorar ter mais um filho."
"O Jorge não pode saber da gravidez!"- Margarida falou assustada.
"Por que não?"
"Porque não, Cirilo!"- Maria Joaquina olhou para ele com raiva.
"Estranho!"- Cirilo olhou para Maria Joaquina.
"É que vou fazer uma surpresa para o Jorge, mas no momento certo, peço para que não comente nada!"- Margarida mostrou um sorriso sem graça.
"Tudo bem!"- Cirilo deu de ombros.
"Vamos, Margarida!"- Maria Joaquina pegou na mão da amiga.
"Sim."- As duas foram saindo da sala do Cirilo, Maria Joaquina ia rebolando só para provocar, e deixou o Rivera babando.
"Que avião!"- Ele ficou rindo de seu pensamento.- "Tenho que falar com o Paulo!"- Ele saiu da sua sala fechando a porta.
Enquanto isso, no carro de Maria Joaquina, Margarida estava com seus olhos cheios de lágrimas.
"Fica calma, Margarida!"
"O que vou fazer, Maria Joaquina?"- Ela soluçava.
"Não sei, mas talvez você pudesse esconder a verdade!"- Margarida olhou para ela surpresa.
"Estou grávida, esse filho é do Jaime, não dá para esconder!"
"Fala que o filho é dele!"
"E o Jaime?"- Margarida passava a mão no rosto desesperada.
"Então conte a verdade!"- A sugestão da Maria Joaquina, fez Margarida olhar para a paisagem, sem nenhuma empolgação.- "Não sei como te ajudar!"
"Não esquenta, a culpa não é sua, vou resolver isso sozinha!"- Maria Joaquina deixou a Margarida na mansão, como estava tarde foi para sua casa.
Na mansão de Margarida e Jorge, Margarida estava no seu quarto, pensando como resolver a situação do buraco, onde ela mesma se meteu.
"O que vai acontecer?"- Margarida acariciou sua barriga.- "Será que conto pro seu pai a verdade, ou mantenho meu casamento?"- As lágrimas caíam.
"Senhora!"- Margarida se assustou.
"Que susto, Irene!"- A mesma colocou a mão no peito.
"Desculpa!"- Falou a ajudante assustada.- "O patrão está te chamando no escritório!"
"Já estou indo!"- A senhora saiu, e fez Margarida respirar fundo, e ir até o Jorge.- "Oi, Jorge!"
"Te chamei aqui para comemorarmos!"- Ele pegou uma taça de champanhe.
"O que?"
"Lembra que você me pediu, para eu conseguir um lugar, onde você e Maria Joaquina pudesse lançar novos talentos da moda."- Margarida olhou para ele surpresa.- "Aqui está o papel da transferência, pois vai ficar no seu nome."
"Obrigada, Jorge! Mas só ceder esse espaço já está bom, não precisa colocar no meu nome."- Ela ficou sem jeito.
"Claro que precisa, Margarida! Você é minha esposa, e se posso te dar o melhor, eu farei!"- Margarida começou a tremer, assim tendo uma falta de ar.
"Jorge!"- Ela falou respirando fundo, e as lágrimas caíam.
"O que houve, Margarida?"- Ele foi até ela, então se sentou em cima da mesa, e pegou a mão da esposa.
"Eu te amo, Jorge!"
"Eu também, Margarida!"
"Me beije, por favor!"- Ela pediu, e foi correspondida pelo marido.
Jorge tirou a blusa dela, então a pegou no colo, e foi tirando ela para o quarto, logo entrou a beijando, colocou com cuidado na cama, e penetrou com cuidado.
"Continua, Jorge!"- Margarida disse entre os gemidos.
Ele a beijava durante a penetração, enquanto sentia o prazer, logo os dois chegaram ao êxtase.
Depois de fazer isso, Jorge deitou na cama cansado, enquanto Margarida olhava distraidamente para o teto.
"Sinto muito, Jaime!"- Disse com uma decisão tomada.
Enquanto isso, no outro lado do bairro, Cirilo ia até a casa de Paulo, pois tinha um assunto sério para se resolver, ele tocou a campainha, e esperou ser atendido.
"Cirilo, o que faz aqui?"- Alicia perguntou curiosa.
"Vim falar com o Paulo… Ele está?"
"Aconteceu alguma coisa?"
"É um assunto meio que particular!"- Cirilo falou sem graça.
"Tudo bem, vou chamá-lo!"- Alicia estranhou, mas foi até o quarto.
"Quem é Alicia?"
"É o Cirilo, e parece que ele está com um assunto particular."
"Vou lá ver!"- Paulo se levantou rapidamente, e foi até a sala.- " Fala aí, chocolate!"
"Oi, Paulo!"- Os dois se cumprimentaram.- "Desculpa te interromper a essa hora, mas tenho um assunto importante pra falar."
"Traiu a quiquina?"
"Não, por que todo mundo acha que faria isso com ela?"
"Porque ela continua ainda muito chata!"- Paulo falou caçoando.
"Pega leve, mas o que vim falar aqui é sobre a professora Helena, mas ninguém pode saber muito menos as mulheres."
"Não entendi!"
"No hospital, fui fazer check-up na professora Helena, quando entrei via a professora Suzana lá dentro, não era horário de visita, e a conversa estava tensa."- Paulo ficou sério.
"No que pensou?"
"Talvez, a professora Suzana tenha haver com acidente da professora Helena, e com sumiço do professor Renê e a filha da professora."
"É uma acusação séria, pois não acho que a Suzana ia conseguir essa façanha  sozinha."
"Ela pode ter pedido ajuda!"
"Quem?"
"Larissa!"- Paulo ficou surpreso.
"Podemos fazer uma coisa para verificar essa história melhor."
"O que?"
"Podemos colocar um segurança disfarçado, quando a professora Suzana entrar saberemos de real a intenção dela.-"
"Estou de acordo!"- Cirilo respondeu preocupado.
"O mais importante é não falar com ninguém, Cirilo!"
"Vou ficar quieto!"
Nisso foram chegando na casa, Sam, Ruby e John, então os Rivera 's ficaram surpresos com a presença do pai.
"Pai, o que faz aqui?"- Ruby perguntou confusa.
"Vim falar rapidinho com o Paulo!"- Respondeu sorrindo.
"Por que?"- Sam ficou curioso.
"Quantas curiosidades, gente!"- Os outros dois sorriram.- "E vocês dois que fazem aqui?"
"É que eu e John fomos procurar a Ellen e o Sammy, então deixamos Ellen em casa, depois John, e ia chamar o motorista daqui."
"Não precisam, vou levar vocês!"
"Tá bom!"
"Então vamos?"- Cirilo se levantou.
"Sim!"- Os dois concordaram.
"Estou indo, Paulo!"
"Valeu, Cirilo!"
"Tchau, John!"
"Tchau, tio Cirilo!"
"Valeu, Sam!"
"Valeu, John e tio Paulo!"
"Tchau!"
Ruby se despediu de Paulo, e saiu, então deixou John suspirou, sendo percebido por Paulo.
"Filho, esquece ela!"
"Não consigo, mesmo que eu tente!"- Paulo abraçou ele.
"Tem tantas garotas que gostam de você."
"Só que amo a Ruby, o senhor sabe que é isso?"
"Já tive a sua idade filho, e digo para ter paciência."
"Por que?"
"Por experiência de um amigo meu, ela não vai ser uma garota fácil."
"Enfrento qualquer coisa para ficar com ela!"
"Tá bom!"- Paulo sorriu.- "Agora vamos ir jantar"
"Sim!"
Na mansão Medsen Rivera, Cirilo ia chegando junto com os filhos, os três estavam sorrindo.
"Papai!"- Lissa que estava fazendo dever de casa com a mãe.
"Oi, minha pequena!"- Cirilo a pegou no colo, então a beijou na testa dela.
"Que bom você chegou, estou fazendo o dever com a mamãe!"
"Estou vendo… E está fazendo tudo direitinho?"
"Estou... não é mamãe?"
"Sim, filha!"- Maria Joaquina sorriu, e olhou para Cirilo. Sam e Ruby viram a encarada de seus pais, apenas suspeitaram.
"Vem ver, papai!"- A menina pegou na mão do Cirilo, e levou ao lado de Maria Joaquina, que ficou um pouco tensa.- "Não vai cumprimentar a mamãe?"
"Se ela deixar!"- Cirilo sorriu para provocá-la.
"Claro, filha!"- Maria Joaquina mordeu os lábios só para devolver a provocação, então Cirilo suspirou. Cirilo colocou a mão no rosto dela, que fechou os olhos sentindo os arrepios que aqueles desdo tinham causado. Então ele deu um beijo demorado nela, sendo assistidos pelos filhos que sorriram.- "Idiota!"- Ela falou no ouvido dele.
Cirilo se levantou, enquanto Maria Joaquina lhe olhava, pois ainda tremia pelo toque dele.
"Posso falar rapidinho com a mãe de vocês?"
"Sim, pai!"- Ruby veio até Lissa, então puxou na mão da irmã, e subiram.
"O que você quer?"- Maria Joaquina cruzou os braços.
"Você me ama, Maria Joaquina?"
"Amo!"
"Então qual é o motivo dessa separação?"
"Não é separação, só um tempo para aliviar essa tensão, nós dois estávamos nos culpando por tudo, por causa da desconfiança… Olha para nosso casamento, e ver se está tudo bem, Cirilo?"
"Poderíamos resolver isso juntos."
"As gritos? Para machucar os nossos filhos? Não, obrigada, mas prefiro ser xingada, do que ver assustado por causa de nós."
"Quanto tempo?"
"O tempo que for necessário!"- Ele se aproximou dela.
"Por que me faz sofrer desse jeito?"
"Acha que está sendo fácil para mim?"+ a respiração dos dois era alta.
"Se não está sendo fácil, por que faz?"
"Já te expliquei!"
"Não sente falta dos meus beijos, dos meus abraços, das massagens, e dormimos de conchinha!"
"Cirilo!"
"Não teima, Maria Joaquina!"
"Não!"- Ela virou de costas.
"Tá bom, vou pegar o resto da minha roupa!"
"Tudo bem!"- As lágrimas nos olhos dela caíam.
Cirilo subiu e pegou o resto que faltava, então desceu, e falou.
"Só vou te pedir uma coisa."
"O que?"- Maria Joaquina falou limpando os olhos.
"Converse com Ruby."
"Por que?"
"Sobre o John!"
"Ela não gosta dele, Cirilo… O que você quer que faça!"
"Talvez, eu entenda sobre a rejeição que ele passa!"
"Eles não são nós dois, mas mesmo assim a gente, tem total direito de descobrir o amor sozinhos."- Cirilo balançou a cabeça negativamente.
"Nossa conversa terminou aqui, e vamos fazer o máximo para não nos encontramos, e só me procure por uma decisão."- Ele saiu. Maria Joaquina sentou-se no sofá, e ficou pensando no seu futuro.
"Cadê o meu pai?"- Lissa perguntou com o braços cruzados
"Ele foi para apartamento!"
"Como assim?"
"Pedimos tempo um do outro, para podermos pensar melhor!"
"E a nossa família, mamãe?"- Ela falou chorando- "Quando vou ver meu pai?"
"Todo dia, quando você quiser vê-lo."
"Mas ele não vai está aqui!"
"Ele vai vir todo dia ver vocês, só não vai dormir aqui."
"A senhora vai deixá-lo sozinho?"
"Filha, entendi!"
"Não quero!- Ela se levantou subindo as escadas.
"Pelo menos vem comer alguma coisa?"
"Não!"- Maria Joaquina apenas a olhou.
"Eu sabia que isso iria acontecer!"- Ruby balançou a cabeça negativamente.

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