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Terminei a tatuagem do Cabelinho, depois de sofrer muito, pelo menos pagou emu almoço. Eles foram pra sei la onde gravar sei la o que, não entendi nada.

Unica coisa que eu entendi é que vamos no Paris 6 hoje, chique.

Tava tatuando um cara, tinha entre 35 à 40 anos. Tava tatuando na sua costela uma rosa broxa, enfim alegria. Sinto sua mão na minha perna, engulo a seco.

—Perdeu algo?—Questiono e ele mantém a mão.

—Você é gostosinha.—Aperta minha coxa.

Foi assediar logo eu que sou movida no ódio. Ligo a maquininha e preciono na barriga dele e deixo sangrar, ele salta gritando de dor.

—Sau vadia loca!—Grita que nem um loco

—Some do meu estudio, se não eu chamo a policia porra!—Grito mais alto.

Ele pega a camisa e sai batendo a porta. Respiro fundo e engulo o choro. Desconto minha raiva e derrubo tudo da minha bancada no chão.

Eu não sei chorar, meu pai me ensinou que só os fracos choram. Nem respeitada no meu ambiente de trabalho eu sou.

Merda.

Pego meu celular tremendo de ódio. Vejo que havia mensagem do L7.

"Lseven: To ai em 5 minutos, gatinha."

Jogo meu celular contra a parede no ódio. Respiro fundo, eu tava cega de ódio de tudo. Isso que é ter crise de raiva.

Não adianta.

Suspiro. Pego uma cerveja na geladeira abro e dou um gole grande. Me apoio no balcão do caixa e bebo mais. Minhas mãos tremiam, eu não conseguia me controlar.

Algumas lágrimas escorrem pela minha bochecha, limpo rapidamente. Bebo a cerveja.

Vejo a porta abrir e logo vejo Lennon, olha as coisas no chão. Vem até mim.

—O que aconteceu?—Pergunta assustado.

—Um velho nojento me assediou.—Falo com raiva.

—Calma.—Me abraça forte.

Meus musculos relaxam com seu abraço. Beija minha cabeça e me olha. Apaz que ele me transmite é surpreendente.

—Amanhã eu te ajudo a arrumar aqui, pode ser?—Assinto.—Vamo la pra tua casa.

—Deixa eu pegar meu celular.—Saio de perto de ele pego meu celular do chão..

Vejo que estava funcionando ainda. Coloco no bolso e pego minha mochila. Lennon estava na porta me aguardando. Saimos juntos e fomos no seu carro.

—Quer mesmo jantar fora?—Pergunta.

—Vamos. Não foi nada demais, isso passa.—Sorri fraco.

Era bom estar ali com ele.

MaktubOnde histórias criam vida. Descubra agora