Maktub

27

Eu segui minha vida normalmente, por mais que L7 tentou me mandar mensagem, eu ignorei. To trabalhando o dobro só pra me distrair de toda essa merda.

Foi um erro meu ficar com o Victor, mas fodase também. Eu simplesmente to pouco me fodendo pra tudo.

Havia terminado um trbalaho e tava fazendo uma pausa. Estava olhando o meu instagram, levanto meu olhar pra porta e vejo L7 ali na frente.

Bufo e me levanto. Vou até lá e saio pra ver o que ele queria.

—Aqui é meu local de trabalho, pode fazer o favor de sair daqui.—Falo.

—O Cabelinho falo de vocês.—Fala olhando baixo.

—Estamos quites.—Dou de ombros abrindo a porta pra entrar.

—Mas eu não fiquei com ninguém!—Gesticula falando ja alto.

—Abaixa o tom.—Falo seria.—Segue tua vida que eu sigo a minha.

Tento fechar a porta pra entrar, mas ele segura e entra comigo. Engulo seco com medo dele, parecia furioso.

—Você acha que tudo o que eu tento fazer por você é bobagem? Se eu não te amasse nunca teria feito nada disso por você!—Aponta na minha cara.—Eu jamais teria coragem de te trair, por que eu só amo você!—Fala alto com os olhos lacrimejando.

Suspiro.

—Então quer me dizer que te doparam?—Falo em deboche.

—É isso porra! Foi isso que ela fez!—Fala.—Micaela, ela me deu bebida batizada, eu fiquei tonto e apaguei!

Começo a me convencer do que ele havia dito, fazia um certo sentido. Cruzo os braços e suspiro olhando pra baixo.

—Beleza.—Falo e o olho.

Vejo ele cair no choro. Eu tava sendo forte neste momento, me partia o coração vendo ele chorar.

—Pelo amor de Deus, eu não quero te perder.—Me abraça com força.

Fico sem reação, mas retribuo logo após. Era um situação complicada demais e que não sabia como resolver. Me afasto e peço para que ele se sente pra tomar uma água, senta em uma poltrona lá. Entro para a mini cozinha que havia, enxo meu unico copo com água e levo a ele.

Seus olhos estavam inchados e vermelhos, ja tinha chorado antes, era perceptível.

—Fui no teu ap e falaram que tu não ta mais morando lá.—Comenta.

—Me expulsaram.—Coço a nuca e ri sem jeito.

Arrasto uma cadeira pra perto.

—Ta aonde?—Me olha.

Me sento na cadeira giratória e olho pra ele.

—Ah...—Dou de ombros.

—Aonde?

—Aqui cara, to tentando alugar um ap, mas ta tudo caro.—Falo por fim.

Ele me olha como se eu tivesse feito algo extremamente errado.

—Quanto tempo?

—Sei la...—Dou de ombros.—Talvez um mês.

Me olha chateado.

—Beleza.—Ele ri ironico.—To metendo o pé, se nem pra pedir ajuda pro teu namorado tu fez, então pensa....

—Ex, ex namorado.—Sorri falsa.

Me manda dedo e vai saindo dali. Babaca.