—Nem fodendo tu vai pra lá sozinha.—Fala bravo.
—Quem vai me impedir?—Arqueio a sombeancelha colocando a mão na cintura.
—Eu to falando, Micaela, se tu for eu corro atrás.—Ri com deboche e volto a arrumar minha bolsa.—Mi, o que custa deixar eu ir junto quando eu consegui?—Fala mais calmo se sentando na cama.
Respiro fundo, eu só falei a ele que ia pra Buenos Aires, não o que iria fazer lá.
—Vida.—Seguro suas mãos.—Eu quero ir pra lá por que eu vou tirar o bebê enquanto tenho tempo. Eu sei que não é o que você quer, mas pensa em mim, vai ser eu quem terei de segurar uma criança indeseja por meses.—Falo olhando em seus olhos que ficaram neblinosos.
Ele coça a nuca e volta a me olhar.
—Se é o que você quer, jamais vou ser contra.—Fala fofo.
Passo a mão pela lateral do seu rosto, fecha os olhos e eu dou um selinho em seus lábios.
—Obrigado por entender.—Ele sorri.—Volto antes de de sábado.—Concluo.
—Passar o resto da semana sozinho.—Se joga pra trás.
—Ai meu deus.—Dou risada e subo em cima dele.—É quarta já, quando ver eu to aqui de novo.—Faz bico.
Seguro seu rosto e o beijo, o malandro aprofunda ja o beijo passando a mão pela minha bunda. Não resisto a ele, porra.
...
Depois de algumas horas de viagem cheguei na casa dos meus pais. Eles estaavam felizes em me ver, por mais que meu pai não entendesse o real motivo da minha visita e nem precisa saber.
Logo que liguei pra minha mãe ontem ela marcou na clínica, só eu e ela precisavamos saber disso.
Apeoveitei meu curto periodo aqui e resolvi sair com os amigos que deixei pra trás. Marquei com eles em um lote aonde íamos beber, fumar e ouvir musica, mais afastado do centro.
Eu fui uma das ultimas a chegar, estava de skate, sem contar que fazia frio.
(Em espanhol)
—Tão gostosinha e só usa essas roupa, toma no cu.—Reclama Paloma.
—Fodase.—Respondo tirando meus fones.—Credo vocês estão velhos.—Brinco.
—Ta bom, jovem.—Juan debocha.
Tirei um cigarro do meu maço colocando entre os lábios, o povo me olhou torto, dou de ombros e acendo.
—Não lembrava que você fumava.—Iago comenta bebendo.
—Agora fumo.—Me sento no meio fio.
—Por que tu veio pra cá?—Questiona Juanzito.
Dou de ombros tragando.
—O clima que não é.—Paloma responde.—Lá é bem calor, aonde você mora né?
—Pra caralho.—Respondo.
—Abandonou o namoradinho, Micaela?—Levanto meu olhar vendo meu ex namorado, Fernando.
—Quem convidou ele?—Questiona Paloma brava.
—Eu me autoconvidei.—Responde.
—Se autodesconvida e da o fora daqui.—Falo na boa.
Ele ri irônico.
—Olha, agora ela se defende.
—Claro, tu desgraço a vida dela.—Iago fala arritado.
—Na boa, irmão, tu não é bem vindo, vaza daqui.—Fala Juan peitando ele.
Me lança um olhar mortal e dá meia volta indo embora dali. Suspiro aliviada.
—Nossa, como eu amo essa cidade.—Falo.
Eles riem do meu comentario sarcastico.
Ficamos bebendo e conversando até escurecer bem. Ja estava meio tonta, meio não tava bem tonta ja, então o Iago que estava de carro me levou pra casa.
Entrei em casa esbarrando nas coisas, mas tentando não fazer barulho, pra não chamar atenção. Subo as escadas devagar e me jogo na minha cama.
Pego meu celular vendo umas milhares de mensagens do L7 e várias ligações. Fodase, vo dormir.

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Maktub
Fiksyen PeminatL7| Maktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". @Jovembeezy