Maktub

30

Semanas depois...

Micaela

Apago o cigarro em um cinzeiro, tinha adotado esse maldito novo habito. Entro pro quarto e vejo L7 saindo do banho, ia com ele para o seu show. Como é bom ter aquela bela visão todos os dias.

—Ja ta pronta?—Pergunta desconfiado.

—Eu sim, tava esperando você.—Me sento na cama pra calçar meus saltos.

Ele não responde. Eu estava com os pensamentos conturbados em relação a nós, não sei se devo continuar com ele sem soar arrogante.

É muito complicado, todo dia ele mostra como me ama e eu também o faço, do meu jeito, mas depois daquilo não sei se devo confiar nele cegamente ainda.

—Você podia pelo menos fingir que quer estar aqui.—Me viro o olhando enquanto vestia a camiseta.

—Não vou te responder, ja falamos sobre.—Me levanto indo até a penteadeira.

—Facil dai.—Fala mais baixo.

Olho pra ele ja irritada, estava pondo minhas argolas na orelha.

—Lennon, você quer mesmo falar sobre isso agora?—Ele me olha.

—Sim.—Reviro os olhos e me olho no reflexo do espelho.—Não adianta fingir que ta tudo bem, Micaela, da pra ver na tua cara que tu não ta gostando!

S

uspiro e olho pra ele.

—Eu não sei mais o que pensar referente a você.—Falo e ele junta as sombrancelhas.

—Tu ainda ta pensando naquele câo que aprontaram pra mim?—Ignoro procurando um colar.—Em Porra?!—Grita batendo no armario me assuntando.

Me levanto e saio do quarto normalmente, pego uma carteira de cigarro e coloco na minha bolsa. Arrumo meu cabelo e cruzo os braços esperando ele perto da porta.

Ele sai do quarto e pega umas coisas na bancada da cozinha, me olha e eu desvio.

Nem meu pai grita comigo, imagina ele então. Eu prefiro me manter em silêncio do que falar tudo que penso na sua cara, sei bem que vou me arrepender depois.

Ele abre a porta de casa sem falar nada, descemos até a parte da frente do prédio aonde sua equipe o esperava. Cumprimento todos ali, sentei em um dos bancos e L7 logo se sentou ao meu lado.

—Nunca mais grita comigo.—Falo sem olha-lo.

—Desculpa.—O encaro.

—Pensei que a gente ja tinha superado isso.—Falo.

Ele segura minha mão e beija minha cabeça.

—Não se toca mais nisso.—Assinto.

Beijo sua boca macia, ele aprofunda o beijo e passa sua mão pela minha perna.

—Vocês não estão no quarto.—Caique fala.

Olhamos pra ele.

—Sai dai irmão.—L7 fala e eu bato no seu braço.—Doeu.—Me olha.

Falo nada e ele beija meu rosto me apertando.