"Nossos sonhos roubados levaram nossas, nossas infâncias
Não mudou nada ainda, agora estamos crescidos
Ainda somos jovens, ainda temos nossos modos
irracionais
Em uma fase atemporal, chutando pedras"
|Family (feat. Kygo), The Chainsmoker|Faith Hall
Eu amava a confeitaria. Não só ela, mas tudo que envolvia preparar algo comestível.
No segundo trimestre na faculdade de Gastronomia, encontrei um emprego na minha área. Era uma confeitaria no centro. O salário era bom, o horário condizia com a minha vida e eu gostava. Gostava de ajudar na cozinha, gostava de atender os clientes e até mesmo ficar no caixa. Éramos cinco funcionários e não tínhamos tarefas fixas. Um dia eu estava no caixa, no outro na cozinha e no seguinte, eu poderia estar lavando os banheiros. Eu amava trabalhar ali, porque eram pessoas agradáveis e ninguém ficava de inferninho ou tentando pisar um no outro.
A única coisa que eu não gostava era da esposa do dono. A mulher siliconada e de nariz empinado, era metida a gritar e humilhar os funcionários. Comigo ela nunca fez isso e com o meu temperamento explosivo, eu acho que gritaria no mesmo tom. Fui criada com o meu irmão e mesmo ele sendo um inconsequente, Grayson sempre me disse para não aceitar menos do que eu mereço. E eu não aceitaria ela gritar comigo, porque eu gritaria de volta.
Todos os funcionários tinham medo dela, menos eu. Eu fiquei ansiosa por cometer um deslize e fazer ela gritar comigo, pra eu colocar ela em seu lugar. Ninguém ali, absolutamente ninguém, tinha coragem de retrucar as humilhações. E eu achava isso um saco. Eu não me metia ou defendia alguém ali. Porque, apesar de convivermos num ambiente de trabalho harmonioso, não éramos amigos. Mas se fosse a Sandy ali, eu até sairia na porrada. E apesar dos pesares, eu gostava do meu emprego. Porque ali, era um início do ambiente que eu escolhi para trabalhar.
— Faith, a mesa cinco tá ocupada — Jen gritou, na porta da cozinha.
Ela era o que eu considerava colega de trabalho. Porque ela sabia da minha paixão pela cozinha e quando não tínhamos clientes, eu ficava na cozinha e ajudava o chef a preparar aquelas delícias. E Jen sempre me chamava quando algum cliente entrava. Hoje eu estava como garçonete e ela como caixa.
Limpei um pouco de farinha do meu uniforme e segui para fora. Lancei um sorriso para Jen, agradecendo-a e peguei meu bloco de notas. Segui para a mesa cinco e quase rolei os olhos.
— Bom dia, algodão — abriu o maior sorriso de todos.
Ignorei e foquei nas outras pessoas ali.
— Bom dia, Fai — Damon, o meu preferido me lançou um sorriso.
Eu gostava dos integrantes da banda de Gray — com exceção ao ruivo aguado —, eles sempre foram legais comigo e quando eu passei um tempo sendo vocalista da Evermoon, criamos uma amizade maneira.
Simmon era o perfeito tipo gentil, engraçado, cavalheiro e companheiro. Ele sempre se preocupava em saber como eu estava e sempre me fazia sorrir com seu jeito. Simmon era o estereótipo romântico incurável e acreditava em amor verdadeiro e eterno. Eu gostava dele e confiava que a mulher que ganhasse ele, não precisaria de mais nada na vida.
O Damon, aquele ali era incrível. Damon era mais reservado, observador e sistemático. Abria a boca só em momentos necessários e gostava de soltar piadinhas ou falas sarcásticas. Ele era o estilo cruel com um passado conturbado e ele nunca, absolutamente nunca, comentava sobre o que aconteceu em sua vida. Eu gostava dele, tipo muito. Porque apesar de gostar de Simmon, Damon tinha um lado que ele mostrou apenas para mim.
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FALLING FOR LOVE #1
RomanceFaith Hall e Rhydian Sullivan se odeiam desde sempre. O sentimento de ódio nasceu na infância, aos doze anos. Rhydian vivia para irritar Faith. Ele fazia tudo que um garoto levado poderia fazer com uma garotinha de dez anos. Aos dezessete, Rhydian...