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"Se você estiver revirando na cama e simplesmente não
conseguir adormecer
Eu cantarei uma canção ao seu lado
E se você esquecer o quanto você significa para mim
Todos os dias eu vou te lembrar
Oh
Descobrimos do que somos feitos
Quando somos chamados para ajudar nossos amigos em necessidade"
|Count On Me, Bruno Mars|

Faith Hall

Quando chegamos na casa de campo, a primeira coisa que fiz ao descer do carro, foi olhar para o enorme lago. Algumas lembranças insistentes apareceram, me fazendo lembrar dos momentos felizes que passei nesta casa, na infância. Lembrei de Gray e eu correndo perto do lago, do meu pai me segurando dentro do lago, eram inúmeras memórias felizes.

O sol estava se pondo e emitia um reflexo bonito sobre a água escura. Respirei fundo e olhei ao redor, procurando nada em especial. Olhei para Grayson e encontrei seus olhos em mim, com certeza ele pensava nas mesmas coisas que eu, porque me lançou um sorriso triste e, pude ter certeza que tinha culpa no seu sorriso. Não retribuí o sorriso, apenas desviei o olhar para qualquer lugar.

Abri o porta-malas e peguei as minhas malas com roupas, os meninos tinham aberto a casa, então entrei, subindo as escadas e entrei no último quarto do corredor. A casa não era grande, era aconchegante e confortável. Construída em madeiras negras e telhados de barro, móveis antigos e rústicos, do jeito que meu pai gosta. Era composta por três quartos, dois banheiros, uma cozinha enorme, em compensação aos outros cômodos e uma sala com televisão.

Suspirei fundo, apreciando o cheiro de madeira e roupas de cama limpas, porque meu pai era fanático por limpeza e mantinha alguém para cuidar da casa. E me joguei na cama de casal que rangeu quando meu corpo chocou-se nela. Fechei os olhos, confortável demais naquela cama.

Meio segundo depois, a minha paz acabou quando a minha melhor amiga entrou no quarto, carregando uma mochila enorme para três dias na casa de campo.

— Você acredita que o crápula do seu irmão nem me ajudou a carregar minha mala super pesada?

— Acredito — murmurei, pensando longe. Gray e Sandy desde que se conheceram, começaram a implicar como duas crianças no jardim de infância. — Todo esse ódio pode virar amor.

Ela esbugalhou os olhos, como se eu tivesse dito que descobri a fórmula do Kit-Kat.

— Eca! — jogou sua mochila no chão sem dó alguma, causando um estrondo. Em seguida, se jogou na cama. — Eu gosto de homens másculos e o seu irmão não passa de um otário frescurento.

Abri um sorriso e antes de responder, como se fosse um ato divino, Grayson apareceu na soleira da porta.

— Engraçado — ele disse, sorrindo. — Não me lembro de ser um otário enquanto enfiava meu pau em você.

Fiz uma careta de nojo e constrangimento pela escolha de palavras. Grayson e Sandy tinham muito em comum, uma dessas coisas era a boca suja. Uma simples frase na boca deles, viravam um pano de chão, de tão sujo que eram.

Minha amiga sorriu e apoiou a cabeça na mão para olhar o meu irmão.

— Acontece, querido Gray que, quando estamos no alto do prazer, não conseguimos pensar na realidade.

Ele abriu um sorriso, nada ofendido.

— Quando você se enfiar na minha cama mais tarde, eu vou te fazer lembrar desses insultos.

— Com esse pau pequeno, você...

— Ok, ok — me levantei da cama, totalmente constrangida. — Vou dar uma volta.

FALLING FOR LOVE #1Onde histórias criam vida. Descubra agora