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"Cheguei a você sem esperança
Você me deu mais que uma mão pra segurar
Me segurou antes que eu caísse
Me diga que eu estou segura, você me tem agora
|Take Me Home, Jess Glynne|

Faith Hall
      
ANTES:

                   03 de maio de 2004.


      Eu sou apaixonada pelo Dimitri Scott. Ele era um sonho de garoto.

Dimitri e eu estudamos juntos desde o jardim de infância e sempre tive uma enorme queda por ele. Era o segundo garoto que eu sentia alguma coisa e era uma coisa boa. Porque o primeiro era o Rhydian e eu o odeio. Mas Dimitri não. Eu gosto muito dele, tipo ao quadrado.

Somente no último ano do fundamental que ele me notou, em oito anos estudando juntos. E ele me convidou para ir ao cinema. Seria tudo. E naquele momento, desejei ter uma amiga para compartilhar aquilo. Mas de quebra eu tinha o Gray que valia mais que uma garota.

Saí da escola e parei o meu trajeto ao sentir uma mão no meu braço. Me virei, dando de cara com Dimitri. Ele sorriu tímido e eu senti as minhas bochechas arderem.

— Tudo certo para hoje, né?

Balancei a cabeça concordando, rapidamente.

Falar se tornou difícil. Mas forcei meu cérebro a produzir uma resposta audível.

— Claro!

— Quer que meu pai te busque na sua casa?

— Não precisa, o meu irmão vai me levar.

Ele acabou concordando e ficou me olhando. Minhas bochechas doíam, era capaz que estavam vermelhas. Eu jurei de pés juntos que ele me beijaria. Mas isso não aconteceu porque alguém estragou o clima.

— O que tá acontecendo aqui? — o ruivo aguado perguntou, carrancudo.

Rolei os olhos e o ignorei.

— Até mais tarde, Dimitri.

Ele acenou e eu saí, deixando o ruivo para trás.

— Como assim até mais tarde?

Não respondi, apenas entrei no carro e me sentei no meio do banco traseiro. Segundos depois Rhydian entrou, batendo à porta com força. Meu irmão o olhou.

— Agora desce e pega a porra da porta que você deixou cair.

— Não enche!

Parece que alguém tinha dormido com a bunda descoberta. Ignoramos aquele pequeno show e Gray saiu da escola, seguindo para a nossa casa. Seguimos em um silêncio harmonioso até o ruivo aguado interromper, com sua voz extremante irritante.

— Você sabia que a algodão vai sair com um garoto hoje à noite? — perguntou para Gray, totalmente indignado.

Meu irmão me olhou pelo retrovisor.

FALLING FOR LOVE #1Onde histórias criam vida. Descubra agora