Existir

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Já havia se perguntando o que seria existência? Ou o que te faz ter força para seguir em frente?
Em livros, Existência é a qualidade de tudo o que é real ou existe, e é também a base de todas as outras coisas.
Mas, e para si? O que seria a existência?
Há realmente algo ou alguém que te faz ter uma súbita vontade de existir ou viver?

— Seu idiota. Só está indo se alistar para ter vida boa! — Falei para o moreno, que andava ao meu lado

— Eu que não vou ir me suicidar como você. — Kirstein falou com um sorriso convencido.

Meus olhos rolaram enquanto o garoto zombava de minha cara.

Jean Kirstein; tinha o cabelo curto e castanho claro, com as laterais e as costas aparadas mais curtas; tornando-os um tom mais escuro. Ele tem olhos castanho-claros pequenos e intensos.

Nos conhecemos há tempos, desde que sua mãe resolveu levar pães para minha casa, em forma de recepção e presente. Naquela época, havia recém completado três anos e sua mãe nos visitou, oferecendo pães, que tinham recém saídos do forno.
Temos diferença de idade, não muito, mas mesmo assim temos. Um ano era o que separava nossas idades. Entre nós, Jean era o mais novo, comigo sendo um ano mais velha.

Jean tem uma personalidade contundente. Ele não se restringe quando se trata de falar o que pensa, mesmo quando sabe que não seria sábio fazê-lo ou quando isso poderia gerar conflito. Jean também é pragmático; tem forte aversão a se expor a situações perigosas e sempre admitiu abertamente, desde que se alistou, que seu desejo é ingressar na Divisão da Polícia Militar e ter uma vida fácil e segura.

Consideravelmente meticuloso, já que era assim desde que aprendeu a falar.

Totalmente diferente dele, minha realidade e personalidade eram diferentes, nunca fui mimada e não tive todos os privilégios de ser acolhida pela minha mãe assim como ele, era até de se invejar ver sua relação incrível que tinha. Minha mãe nunca de fato demonstrou se importar comigo, ela era eferma. Sofre de problemas mentais e em sua saúde. No entanto, não sabíamos o que era sua doença, afinal, não tínhamos muitos recursos para isso, não que passássemos necessidades, mas os próprios responsáveis pela saúde não sabiam bem o que era.

— No que está pensando? — Kirstein chamou a minha atenção.

— Talvez não verei minha mãe novamente. Eu nem me despedi direito...

Só agora realmente havia percebido estar imersa em pensamentos.

Ele sabia como as coisas eram em casa. Jean não era muito bom em conselhos sobre coisas do tipo, porém, o silêncio dele fazia com que se sentisse confortável e bem acolhida.

— Acho que você está tão nervosa e perdida nos próprios pensamentos, que nem percebeu ter passado da porta de entrada. — Parei olhando em volta, percebendo estar a poucos metros de distância.

Olhei para trás e pude ver Jean rindo. Soltando um pequeno riso nasal fui em sua direção. Jean passou um de seus braços em volta de meu pescoço.

Com esse tal ato, virei minha cabeça e o encarei sem entender, levantando uma das sobrancelhas.

— Você realmente quer entrar para o reconhecimento? — olhei para ele — Espero que depois desses três anos você mude de idéia.

Ri e neguei com a cabeça.

— Eu não vou mudar de idéia. É o que eu quero.

— Morrer? Se for, só se jogue da muralha.

Com indignação, um pequeno soco foi desferido em seu antebraço.

𝗔𝗳𝗿𝗮𝗶𝗱; Reiner BraunOnde histórias criam vida. Descubra agora