Um lugar, duas pessoas

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[Narrado em terceira pessoa]

Não demorou muito para os dois companheiros estarem em uma área vasta na floresta, não havia nenhum tipo de árvore e era iluminada apenas pela lua.

Quando os três, [Nome], Reiner e Bertholdt, queriam fugir de suas responsabilidades iam para o local, longe das pessoas. Era o lugar deles.

O louro abaixou um tanto, o suficiente para que a garota descesse sem se machucar. Assim fez, desceu de suas costas, pousando no chão em segurança.
A garota se sentou na grama, se acomodando em seguida.
Braun ajeitava a postura, enquanto olhava a garota de costas.

Os cabelos medianos e pretos de [Nome] balançavam de forma delicada, acompanhando o vento.

- Não foi tão ruim - se pronunciou, levando o olhar até o ceu - Ser carregada por você. - Concluiu.

O mais forte soltou um riso nasal enquanto se sentava ao lado da garota, deitando na grama em seguida.
Ficaram em silêncio por um longo tempo. [Nome] ainda não entendia o porque de Reiner vir até o lado de fora tarde da noite.

O olhava curiosa, tentando desvendar o que os traziam ali.

- Algumas coisas andam me incomodando - Disse o mais forte. A morena olhou para ele, observando um Reiner nada forte e destemido, mas sim um Reiner desleixado, talvez frágil - Queria sair um pouco pra' ver se me mantinha ocupado, sabe?

Não direcionou o olhar nenhuma vez para a garota. O sentimento de culpa e desonra não o permitia praticar tal ação.

- O que te incomoda, Braun? - Indagou curiosa, passando os braços em torno de suas pernas por causa do vento frio, olhando para frente em seguida.

Ao seu lado, ela pôde escutar um suspiro deixado pela boca de Reiner.

- Erros que cometi. - Se remexeu ainda deitado - Ações que me arrependo. Isso me perturba.

Pensou nas certas palavras para o confortá-lo. Sempre teve o pensamento de que era péssima em situações como essa.

- Todos erramos, certo? - o olhou novamente, vendo o louro na mesma posição - Somos humanos, cheios de defeitos e coisas que fizemos nas quais nos arrependemos.

Braun não disse uma palavra. Continuou olhando o imenso céu decorado por estrelas.

- Eu sei... Mas os meus são graves. - Em nenhum momento o louro direcionou o olhar para ela, mas [Nome] podia notar sua feição de culpa.

- Eu não sei quais são seus erros, não sei o porque de você sentir culpa, mas, não se deixe levar muito por isso.

Novamente o silêncio tomou conta do lugar. Havia apenas o barulho de grilos e o vento batendo contra as folhas de árvores.

- Foi no passado, não é? - Questionou, recebendo um murmuro em concordância do louro - Então por que não deixa o que aconteceu no passado?

Finalmente a olhou.
Seus olhos se encontraram por frações de segundos, até [Nome] desviar o olhar para baixo.
Reiner voltou a admirar o céu estrelado, nunca olhou tanto para lá quanto hoje - Eu não posso. - Respondeu - Não posso fugir do que fiz.

Mesmo estando curiosa em saber o que tanto perturbava a mente do garoto, preferia não ir mais a fundo, parecia ser algo delicado para Braun.

- Também já fiz coisas que me arrependo. - [Nome] pronunciou tentando deixa Reiner menos pensativo.

Agora curioso, ele se virou, olhando [Nome] ainda com as mãos em volta de suas pernas.

- E o que você fez? - A questionou.

𝗔𝗳𝗿𝗮𝗶𝗱; Reiner BraunOnde histórias criam vida. Descubra agora