(aviso) Bela árvore venenosa

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N/a: respostando o capítulo para avisar que estou dando uma pausa, nao se preocupem com o quanto irá demorar, prometo um curto tempo para novos capítulos. Espero que me entendam, já que estou ocupada demais essa semana e a próxima, só não imaginava que seria tanto assim.
Vejo vocês em no máximo duas semanas, um grande abraço e se cuidem ;)

A manhã era calma. O céu nublado indicava que talvez pouco mais tarde uma chuva cairia. O ar estava agradável, combinando perfeitamente com o clima em questão.

Enquanto andava observará todo o ambiente em volta. Não me recordava muito bem de como eram as ruas de minha antiga moradia. Ruas formadas por um imenso caminho de pedras o que fazia serem irregulares e um tanto difícil de caminhar. As casas, realmente não mudaram tanto quanto pensará que estariam. Continuam como eram. Pequenas, mas o tamanho ideal para uma família morar. Haviam flores, lírios para ser exata, que enfeitaram o lugar. Alguns ainda floresciam, outros eram apenas o broto, já os que estavam completamente abertos chamavam atenção.

Eram lindos. As pétalas lilás sempre eram bem chamativas. Traziam de certa forma, um ambiente amigável e doce. Era sorte que essa parte do distrito não tenha sido parcialmente destruída.

Talvez a decisão que tomei não tenha sido tão racional. Afinal, nem sabia como a mulher reagiria ao vê-la em sua porta.
Mas já estava quase chegando ao meu destino, então faria.

Não importava quantas ofensas fossem escutadas ali hoje, ou o quanto de alvoroço haverá. Só queria poder se despedir de uma maneira amigável de minha mãe, algo que não consegui há anos atrás.
Não esperava que ela fosse gentil ou pacífica, sabia de quem eu estaria visitando e não espero menos que isso.

A frente, no final da rua estreita, estava a casa, a minha antiga moradia, meu antigo lar.
A casa era pequena, feita extamente para duas pessoas conviverem. Não me surpreendi ao ver que as janelas estavam abertas deixando todo o odor de cigarro sair. Ela estava em casa.

Estremeci. Parando frente a porta, pronta para dar pequenas e suaves batidas a espera de uma carranca nada contente em me ver. Podia notar minhas mãos gélidas por conta da tensão. Minha respiração não estava como o de costume, havia começado a ficar falha, meu coração disparava de forma ansiosa.

Medo? Era medo que sentia? Essa seria a descrição certa para o que estava sentindo?

Minha mão direita agora estava cerrada, encostada na madeira antiga da porta esperando para que algo em mim reagisse e tomasse coragem. Então fiz.
Três batidas foram feitas por mim. Tão lentas que poderia jurar que ela não havia escutado.
Mas escutou.

A porta foi semiaberta, revelando minha figura materna com o semblante confuso.

- Você, quem seria? - Questionou indiferente. Quase ri diante disso, ela não havia mudado em nada.

- Talvez a última pessoa que você queira ver. - Respondi levando as mãos ao bolso, na tentativa de esconder o nervosismo.

A mulher ainda permanecia confusa. Minha aparência estava diferente de antes quando sai, confesso. Mas ainda assim, não reconheceria quem ela deu á luz?

- Se não parar de ridicularizar com minha cara deixarei você falando sozinha. - Parecia nervosa. Eu havia escolhido as palavras erradas para direcionar a mais velha - Novamente, quem é você?

Ela já estava impaciente em ver que eu não estava respondendo quem realmente era.

Por um momento me vi recuando, pensando na possibilidade de dizer que foi engano e simplesmente ir embora, partindo e a deixando ali sem sequer dizer algo. Mas não podia, não era o certo.

𝗔𝗳𝗿𝗮𝗶𝗱; Reiner BraunOnde histórias criam vida. Descubra agora