XIV

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O poeta rebelde é só mais uma marionete de mais um sistema como tantas outras marionetes de tantos outros sistemas

Os símios atiram fezes
Nós atiramos poemas

E é a mesma merda
Tumultua tudo suja tudo
Mas não resolve nada nada nada
Dos nossos problemas

Da poesia enlatada
A palavra entalada cresce
Floresce o palavrão
BUCETA
Esse lindo nome
Em vão

Não vou no entanto fingir-me santo e para geral espanto declamo uma oração pai nosso filho falho espírito manco anjo caolho do caralho olhai por nós
Que
Rogamos
Por voz…

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