It's Been Five Years (And Our Love Is Still Strong)

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Osamu consegue ouvir com perfeição o barulho característico do pássaro que sai de sua pequena gaiola para indicar o horário exato no relógio. Ao olhar para o relógio de cuco acobreado e enfeitado com diversas folhas de outono em suas laterais, posicionado perfeitamente acima de uma mesinha cheia de plantas, Osamu vê que são oito da noite.

A melodia do pássaro é breve, não demora muito para que ele se recolha e só volte daqui a uma hora. A passagem de tempo surpreende Osamu, mas não o faz mudar seu ritmo de trabalho na cozinha; o jantar, para ele, deve ser feito no tempo certo. Sem pressa ou correria. Tempo certo.

Para hoje, Osamu decidiu ir com o simples: Omurice com alguns sushis de pepino e camarão. Não havia sobremesa, não era necessário. Osamu sabia que Suna estava em algum tipo de dieta especial em que a ingestão de calorias açucaradas havia sido extremamente proibida.

Suna, é claro, não ficou muito feliz com a restrição. Ultimamente, a única coisa em que o bloqueador do meio sabia fazer era choramingar pela saudade do gosto do daifuku que Osamu fez para ele antes da dieta ser estabelecida.

Osamu sempre cuidou muito bem de Suna, sempre, então ele não cedeu aos choramingos de seu namorado e ficou firme em sua decisão de não lhe dar nenhum tipo de açúcar. Ele até mesmo havia convencido Komori a ficar de olho nos deslizes de Suna, apenas como uma precaução a mais.

Ao olhar novamente para o relógio, Osamu vê que já são oito e dez. O pássaro silenciosamente calmo em sua casinha. O cuco que Suna havia conseguido no amigo secreto dos EJP Raijin. No começo, Osamu achava o barulho irritante, assustando-o toda vez. Mas agora, ele diria que o som é quase reconfortante; é quase estranho não ouvi-lo diariamente.

Suna havia feito um local especial somente para aquele cuco. Acima de suas preciosas plantas no qual Shinsuke havia lhe dado de presente. Osamu achava que elas não passariam de uma semana, mas Suna havia lhe surpreendido com sua eventual habilidade de cuidar de plantas.

Hoje, elas estão verdes e compridas. Irradiando saúde e primavera.

Plantas precisam de atenção constante, assim como o amor. É o que se passa pela cabeça de Osamu quando ele se vira novamente para o prato que está montando. Shinsuke havia lhe ensinado isso uma vez, e Osamu nunca havia esquecido.

Vendo as plantas em cima da mesa, Osamu não consegue evitar pensar que ele e Suna são exatamente como elas. No começo, Osamu acreditava que o que eles tinham iria morrer eventualmente. Mas agora, com todos os cuidados essenciais desde que ficaram juntos, os dois estavam firmes, brilhantes e irradiando vida. Sem a mínima chance que isso fosse destruído por qualquer coisa que fosse.

Eles estão bem, eles estão felizes. A cada novo dia, cada vez que Osamu abre seus olhos, seu coração lhe diz que será um bom dia. Que acordar ao lado de Suna deixará cada parte de seu corpo brilhando de felicidade.

Osamu não se esqueceu de sua promessa: Fazer Suna feliz. Todos os dias, Osamu se empenha em dar diversos motivos para que Suna possa sorrir. Que possa sentir o sabor da felicidade incessante.

É tudo que ele sempre desejou.

Mesmo depois de cinco anos em que eles finalmente ficaram juntos, Osamu ainda se empenha em dar seu melhor. A cada novo dia, é uma repetição de seus atos de afeição do dia anterior. A coisa que Osamu menos quer é que Suna se esqueça qual a sensação de se sentir amado.

Oito e vinte. Cinco anos. Ao lado de Suna, o tempo sempre passou rapidamente; como em um piscar de olhos. Havia tanto que os dois haviam passado juntos que Osamu precisava de um armazenamento extra em seu cérebro somente para o que ele e Suna haviam vivido em tão pouco tempo.

I Keep Dancing On My OwnOnde histórias criam vida. Descubra agora